CAPÍTULO-19

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Wann vai até a sala dos professores para pegar suas coisas e deixar a universidade em seguida.

- Professora – cumprimenta Ram adentrando a sala.

- Ram – corresponde forçando um leve sorriso.

- Saberia dizer se o banheiro está ocupado?

- Creio que não – fala encarando o homem – Você é o primeiro a entrar aqui depois de mim.

 - Obrigado – agradece se dirigindo ao banheiro que ficava ao lado.

Wann termina de organizar suas coisas, pondo a bolsa em seu ombro. Antes de começar a caminhada para fora da sala, observa a mesma ser invadida por Sinn que sequer a cumprimenta. A mulher ignora a ação da tutora, caminhando até a porta.

- Wann, espere! – exclama Sinn fazendo a mulher parar – Sei que quer ir embora, mas gostaria que olhasse isto antes de ir – fala estendendo uma foto polaroide.

A mulher reveza o olhar entre a tutora em sua frente e a porta da sala. Pausando por alguns instantes, puxa o ar e se aproxima da mulher que permanecia imóvel.

Wann encara a foto que era estendida pela tutora, antes de pegar a mesma. Estampado no papel fotográfico havia Sinn e uma outra mulher que beijava sua bochecha, o que deixou Wann ainda mais confusa.

- É minha esposa. Bom... Namorada, já que na Tailândia ainda não podemos... Você sabe – explica -  Não quero que ache que estou dando em cima de você, só estava tentando ser gentil.

- Mas...

- Ouvi sua conversa com N’Malee – retruca.

- Oh! Está explicado – fala devolvendo a foto – Fico feliz por ter compartilhado isto comigo – diz formando um leve sorriso.

- Queria que tranquilizasse N’Malee a meu respeito, e que se sentisse confortável caso queira conversar sobre isso tudo com alguém um dia. Digo, sobre gostar de garotas ou sobre ela ser sua aluna...

- Sinn! – exclama tampando a boca da mulher que se assusta com a situação.

- Por que você... – sussurra retirando a mão de Wann da própria boca – Oh! – murmura ao ouvir a descarga vinda do banheiro ao lado.

A porta do banheiro se abre, fazendo Ram sair lentamente do mesmo. O homem encara as tutoras que evitavam contato visual com o mesmo. Ram deixa um sorriso de canto surgir, pega suas pastas sobre a mesa, e deixa a sala em seguida. Assim que o tutor atravessa a porta, ambas as mulheres soltam um suspiro de alívio.

- Você acha que ele ouviu? – pergunta Sinn apreensiva.

- Eu não sei.

- Mil desculpas, Wann. Eu não sabia...

- Está tudo bem – interrompe – Eu também havia esquecido que ele estava lá dentro.

As tutoras se encaram por alguns segundos, antes de caírem na gargalhada com a situação.

- Sinn, posso fazer uma pergunta?

- É claro!

- Como sabia que estava apaixonada?

- Nunca se apaixonou, Wann? – indaga seguido de uma risada.

- Vai me ajudar ou rir de mim? – fala cruzando os braços.

- Desculpa, esquentadinha! – exclama erguendo as mãos em sinal de rendição – Bom... Tem os clássicos sinais – fala enumerando – Frio na barriga, sorrisos bobos, pensamentos constantes sobre a pessoa em questão, vontade de ter a pessoa mais próxima de si... E tem os mais íntimos.

7642 (GL)Onde histórias criam vida. Descubra agora