capítulo 2

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Narrador

Na sala de reunião, thranduil e seus conselheiros sentavam na volta de uma mesa e discutiam sobre oque tinham visto naquela aldeia, algo havia de ser feito antes que chegassem ate eles, o medo do povo era grande e o medo de thranduil era maior ainda

Todos naquela sala podiam escutar o choro vindo da enfermaria, a lembrança da dor que todos aqueles pobres inocentes sofreram, agora ela a elfa, chorando em um procedimento na sua orelha, o curandeiro tentava salvar sua orelha rasgada

Thranduil escutava choros da elfinha, estava de braços cruzados, louco para saber como o procedimento estava indo, pensava em como consertar tudo aquilo, trazer segurança para o seu povo

Escutou o choro cessar e logo o curandeiro entrou na sala da Reunião, thranduil olhou para o homem dando permissão para ele entrar

- majestade - curandeiro fez a reverência

- Acho que não percebeu que estamos no meio de uma reunião, diga oque precisa e saia-

- me desculpe senhor, é sobre a garota -o curandeiro já acostumado com o temperamento do rei apenas ignora a falta de educação

- não enrole  - meio sem paciência respondeu Thranduil

- a orelha da parte de cima já está apodrecendo, não dá para manter, vou ter que cortar, não temos a erva para aliviar a dor, mas temos que fazer isso.. estou autorizado? - perguntou sendo respeitoso

- faça - Thranduil tirou os olhos do homem olhando para a reunião novamente

O curandeiro fez a reverência para o rei e saiu da sala, assim a reunião voltou ao normal, eles mexiam no mapa da região, planejavam fazer barreiras e plantar mais árvores que protegeriam a aldeia, planejavam várias estratégias de evacuação, Thranduil riscou o mapa mostrando onde pretendia fazer as barreiras

Após uns minutos gritos foram escutados como nunca, thranduil fechou os olhos imaginando a dor que ela estava sofrendo, balançou a cabeça

- eu não aguento mais esse show, desde que ela chegou, não temos paz nem para a reunião! Esse brotinho de elfa irá ser um atraso em nossos planos - Aranwe conselheiro falou irritado

Quando aquilo chegou nos ouvidos de thranduil virou a cabeça devagar olhando para o senhor, todos olharam para ele, percebendo sua falta de respeito com a situação

O fato histórico era que, os elfos da floresta haviam renegado a monarquia, então se juntaram e foram para a floresta viver em paz, por isso a cultura deles eram enraizadas, pois não tiveram que se encaixar nos seguimentos do trono

- aranwe.. não diga isso- outro senhor tentou chamar sua atenção

- ela nem é uma de nós, é uma elfa selvagem da floresta, oque eles contribuem para o reino? Eles andam despidos pela mata, inalam ervas, ouvi dizer em festas de orgia na floresta, já viu como eles falam? As palavras trocadas fora de ordem- o Aranwe reclamou

O rei agora se levantou de sua cadeira e colocou as duas mãos em cima de mesa com seu rosto virado para Aranwe, o desrespeito era escandaloso, aqueles eram um povo importante, e suas crenças, e modo de vida não deviam ser discutidas

- não, não é uma de nós, mas ainda sim, tem o sangue elfico mais puro que o seu, enquanto você toma decisões em baixo de meu manto eles mantinham as nossas florestas vivas, parece que está mais interessado em orgias do que no bem-estar dos nossos semelhantes - a voz era calma e intimidadora

o conselheiro olhou para thranduil e escutou em silêncio, ficando bravo e se sentindo desrespeitado quando seu sangue "impuro" foi mencionado, não querendo arrumar briga com seu rei ele manteve agora o tom calmo

Favorita do rei - Thranduil Onde histórias criam vida. Descubra agora