Capítulo 3

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Narrador

Entorpecida pelos remédios que a mantinha sem dor, sentou na cama, percebeu ser outro dia, deprimida e cansada, era assim que estava, traumatizada pelas mortes que assistiu por aquele que havia a machucado, trazendo dentro de si uma tristeza sabendo que não pode ajudar a sua família que foi morta aquele dia, levantou da cama colocando os pés no chão sentindo o gelado do chão contra seus pés

Percebeu que agora vestia uma camisola branca longa, era como se o frio que a fazer tremer, não penetrasse seu corpo, pois atordoada pelos sentimentos de culpa e tristeza, não sentia mais nada do que estar dentro de um poço de tristeza silencioso

Caminhou pelo local, tentando entender tudo, como tinha muitas ervas em seu corpo ela estava um pouco travada, caminhou para fora do quarto, andando pelos corredores, seu cabelo todo bagunçado e os passos desleixados chamavam atenção, os olhos frios e vazios, não crendo na situação que se desenrolava a sua frente

Passando pelos corredores vendo os quadros nas paredes, chocada pela arte da pintura, não entendia como muita coisa funcionava, nem queria aprender, apenas voltar sua aldeia, a cada quadro percebia A hierarquia que ali habitava

A barriga dela fez um barulho, então a mesma levou a mão até fazendo um carinho, ela estava com fome, pois não comia nada a dois dias, fez carinho em sua própria barriga, sentia a sua boca seca

Uma empregada caminhava pelo corredor assim que viu hela aumentou os seus passos saindo rapidamente de perto, o motivo disso, era os boatos que estavam se espalhando entre os empregados do castelo, de que os elfos da floresta eram selvagens e podiam passar alguma praga, pois ela estava na enfermaria

Então caminhou até outra senhora

- rei.. está onde? Senhora Oi  - helemissa perguntou

A mulher olhou assustada para helemissa, que agora percebeu estarem fugindo dela, a mulher afastou-se também, a garota suspirou, voltou a caminhar e escutou sussurros maldosos sobre ela, sobre sua antiga casa na floresta, ouvindo que eles falavam sobre ela ser uma selvagem

Se sentindo caluniada sobre essas informações falsas que ela era uma pessoa mal, sentiu mais falta de casa ainda, presa em seus pensamentos, caminhou sem rumo pelo castelo

Hela escutou uma voz que mesmo entorpecida ela sabia que já havia escutado antes, pertencia a thranduil, caminhou em direção ao quarto, era da onde saia essas vozes, com a porta entre aberta, espiou um pouquinho olhando lá para dentro

Thranduil sentia o frio em sua pele, ele não estava a vestir a parte de cima de seu traje longo, sentia as mãos do curandeiro mexendo em suas costas sentindo a aplicação das ervas em suas feridas que nunca curavam, olhava para o nada enquanto esperava o trabalho ser feito

hela, assistindo da porta, assistia o curandeiro cuidar das costas do rei, os olhos de hela começaram a brilhar, em uma nova sensação, voltavam e iam pelo corpo dele, a respiração parecia mais pesada

- isso não está a curar, ainda mais com seus esforços, permita-me dizer majestade, precisas descansar, talvez começar a pensar em sua sucessão - um tapa com luva, as palavras cautelosas do curandeiro não diziam nada mais que, estava na hora de pensar na sucessão, pois a morte podia chegar a majestade

- quanto tempo? Odeio jogos de palavras - a majestade respirou fundo e soltou o ar, estava nervoso, visto sua feição preocupado com si mesmo e sua estimativa curta de vida

- talvez uma década, está se espalhando rapidamente

O mestre balançou, virou o corpo, os olhos dele percorreram seu próprio quarto, os olhos foram até a porta e avistou helemissa, assistindo quietinha, hela, percebido que havia sido pega espiando, sentiu seu rosto aquecer, oque deu uma vermelhidão espontânea, quando ela estava prestes a sair ouviu

Favorita do rei - Thranduil Onde histórias criam vida. Descubra agora