capítulo 27

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Narrador

- Os acampamentos têm aumentado na floresta, frascos de comida com letras estranhas foram encontrados, os humanos estão vindo - advertiu o guarda real

- Isso já era esperado, quero o máximo de soldados prontos, convoque os aldeões, homens e mulheres dispostos a lutar pela causa, dê a eles uniformes e armas, pois a guerra acontecerá de qualquer forma, não há como impedir - mandou Thranduil

Sentados na sala do conselho, todos temiam que o pior pudesse acontecer, algo que já estava predestinado há muito tempo, o sangue derramado quando o rei encontrou Helemissa era apenas uma amostra do que estava por vir, Era inevitável, não queria alarmar o povo, mas já era hora de caírem na real

A sala ficou em silêncio, saudade silenciosa de tudo como era há 60 anos, sem misturas, sem humanos e sem caos, mas não deixariam de dar o braço a torcer, tudo estava ficando pronto

Legolas entrou na sala do conselho, e todos olharam para o jovem Thranduil sorriu ao ver seu filho e levantou-se da cadeira, caminhando em direção a ele Legolas olhou para os conselheiros

- Legolas, daqui em diante, fará parte do conselho - avisou Thranduil, voltando para a mesa

O murmúrio começou na sala, Thranduil não daria importância às palavras daqueles velhos, Legolas, percebendo a rejeição, apenas sorriu e cruzou os braços, vendo os velhos relutantes

- Por que esse jovem forasteiro fará parte de um conselho importante? Duvido que tenha alguma sabedoria - todos se perguntavam a mesma coisa

Thranduil olhou para Legolas e depois para os conselheiros

- Porque Legolas é meu herdeiro e aprenderá tudo o que precisa para ser um bom rei - Thranduil parecia orgulhoso de contar a seus velhos amigos do conselho que era pai, mesmo que isso estivesse estampado em seu rosto

Não sabia que ser pai era algo novo e não estava preparado para isso; não conseguiu dizer a palavra "meu filho" porque não estava acostumado

Driunh levantou-se da mesa, sua feição era de indignação, thranduil já esperava essa reação do conselheiro do reino de Eldora, mas a culpa não era dele se a rainha não conseguia dar-lhe um filho, depois de 50 e poucos anos tentando e nada, não poderia lhe dar um filho de surpresa em um piscar de olhos

- Você casou-se com a rainha Eldora para terem uma união política, para que o filho de vocês sentasse ao trono, um bastardo não deve sentar no trono

- Eu lembro desse acordo; fui eu quem escrevi, mas devo lembrar que a sua rainha não está conseguindo manter uma gravidez, isso não é culpa minha nem dela, se você quer que alguém dessa união sente no trono, primeiro ele precisa existir! - falou calmamente

Rapidamente, o elfo conselheiro que debatia com o rei deu uma risada que deixou a majestade furiosa, pois parecia que estava debochando, apontou o dedo em direção ao rei

- Não viemos atrás de migalhas, e sim de um compromisso, você está quebrando as regras que foram impostas anos atrás, isso não pode ficar assim, uma guerra está acontecendo e se as coisas não melhorarem, talvez nosso exército não estará à disposição para ajudar o reino - fazendo um joguinho, o conselheiro tentou apelar

- Devo lembrar-lhe que acima de mim não existe ninguém, eu sou seu rei, mais do que ela é sua rainha, sua rainha ainda é minha súdita, faço as regras e as quebro quando bem entender, então, sente-se na porra dessa cadeira e escute em silêncio o que eu tenho a dizer - Thranduil mostrava a revolta em suas palavras, o dia já estava sendo difícil e ele não precisava de outras pessoas que dificultassem ainda mais

Favorita do rei - Thranduil Onde histórias criam vida. Descubra agora