Cap one

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Narrando Mariana Souza,

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Narrando Mariana Souza,

Era tão difícil pra Dhiovanna entender que eu sou uma assalariada/estagiária e que meu dinheiro quase não dá pra nada? Quem dirá comprar roupas novas a cada festa que a gente vai. E ela insistia em pagar coisas pra mim.

— Já te falei que tenho uma merreca no crédito aqui, não precisa pagar nada!

Agora estávamos no village caçando algo pra vestir na grande festa que o Gabriel daria na casa dele. Dizendo Dhiovanna que dessa vez iriam pessoas muito influentes e de alto nível, o que eu quase não via em festa anteriores. Na verdade, nunca vi.

— Eu já falei pra você não ficar se endividando com cartão de crédito, eu e o Gabi podemos te ajudar.

Neguei com a cabeça.

As festas do Gabriel eram sempre com os mesmos rostos, mulheres com o mínimo de roupa possível e alguns rappers que fumavam maconha do começo ao final do evento. Não vou mentir que era o meu tipo de festa, gosto de festas com pessoas simples e que não ligam muito para as coisas. Eu até já fiz amizade com alguns meninos como: Maitê, xamã e L7 e eles eram uns queridos. Fora o elenco do Flamengo que era o meu grupinho favorito.

— Esse macacão tá péssimo - torci o lábio olhando no espelho do provador.

— Eu gostei, se deixar o feicho em cima um pouco mais aberto, fica melhor.

— Você não tá nem vendo. - revirei os olhos. — O que tanto você faz nesse celular?

— Tô falando com a minha mãe, ela disse que vai vir pra cá domingo. - ela fez uma careta.

— Então seu irmão não vai poder estender a festa o final de semana todo. - ela assentiu.

Eu neguei com a cabeça rindo e peguei o corset em cima do banquinho.

— Até que agora não tá tão ruim. - analisei tombando a cabeça pro lado. — O que achou?

— Ficou linda amiga.

Peguei as duas peças e fomos até o caixa realizar o pagamento.

— Você acha que tipo... - ela torceu o lábio. — Hoje eu devo fazer a linha do não te conheço ou... Moça é débito! - ela empurrou minha mão e deu o dela pra atendente.

— Amiga, ele gosta de você, você não precisa se desfazer dele. - revirei os olhos guardando meu cartão na bolsa — Você vai espantar ele se ficar fazendo isso. E na próxima vez que fizer isso eu vou te dar um chute.

Peguei a sacola e agradeci a atendente.

— Ai mas eu acho o Lennon tão desapegado sabe? - ela choramingou. — E eu já tô toda bobinha por ele...

Eu gargalhei.

— Ele só é tranquilo... - continuamos andando até a prancha de alimentação. — Acho legal essa vibe dele não beber e não fumar como os outros.

— Acha isso porque você também não bebe. - ela deu língua. — Careta!

— Em que momento pulamos pra minha vida que eu não vi? Estávamos falando de você e do L7! - ergueu uma sobrancelha.

— Qual é amiga? Já fomos à milhares de festas e tudo que você bebe é água com gás e coca, sempre! - ela negou. — Já tentou experimentar ficar bebeda?

— Não começa ou então eu não vou mais em festa nenhuma. - levantei minhas sobrancelhas. — E outra, de bebado já basta seu irmão, uma vez vi o Fabinho levar ele lá pra cima no ombro.

— Ele tava numa fase ruim. Você sabe! - ela deu de ombros. — Mas não quero falar do Gabriel, quero falar de você!

E bora fase ruim nisso...
Eu estava em quase todas as crises de ansiedade dele e era assustador.

Olhei pra ela.

— Amiga? Você precisa beijar na boca! Sei lá, namorar, ficar, transar...

— Não obrigada.

O fato de eu fazer algumas coisinhas a mais com o Gabriel me assombrava. E ninguém sabia disso, a não ser a Dhiovanna. Mas na cabeça dela era algo que eu já tinha superado e que tava de boa com tudo.

Mas esse era o motivo de eu não querer ficar ou sentir vontade de ficar com alguém.

Não vou ser hipócrita de dizer que sou perdidamente apaixonada por ele, mas confesso que depois que a gente "ficou" ver ele pegando uma mulher a cada noite e levando pra casa, era um pouco desconfortável.

Pedi meu lanche e fiz o pagamento, ela fez o mesmo.

— Mulher você tem dezenove anos, precisa de um namorado - ela estalou os dedos, — Hoje vai ter pra você escolher, eu falei, só os tops.

Neguei com a cabeça.

— Vai por mim, eu tô de boa.

— Ah mas não tá mesmo! Deve tá com teia de aranha na larissinha coitada. - ela disse e logo depois soltou uma gargalhada alta.

Mostrei o dedo pra ela.

Isso porque ela ainda não sabia que depois de cada festa eu e irmão dela dormíamos juntos no meu quarto.

— É sério que não sente vontade de fazer nada com ninguém? E os meninos do elenco? - ela deu um sorri no safado. — Que tal o Erick? Ele é um gato.

Neguei com a cabeça.

Peguei a bandeja do lanche e fui sentar, ela me seguiu com a bandeja dela.

— E o xamã? Ele é tão fofo, vocês combinam.

— Muito velho!

— Vitor Hugo?

— O cabelinho? - eu ri. — Ele não tá com aquela menina, slapa mimi? Sei lá... - coloquei uma batata na boca.

— E o Fabinho? Ele tá carente num nível que ficaria até com a minha mãe.

Eu gargalhei.

— Se o xamã eu falei que é velho pra mim, imagina o Fabinho. - neguei rindo. — Amiga, fica de boa, não preciso de homem, não agora.

Não enquanto seu irmão não me deixar em paz...

Ela deu de ombros.

Menina dos meus olhos - Gabigol e ManeirinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora