Através da música - Malila | Gp

20 - Hospital

Marília:

Eu estava feliz, não dava pra acreditar em tudo que Maraisa havia me falado, mesmo estando feliz, algo estava deixando meu coração apertado. Um sentimento que eu não estava entendendo, um pressentimento talvez.

Claro que as primeiras pessoas que me vinham na mente eram as pessoas que eu amava.

Decido ligar pra todos, começando pela minha mãe, ficamos um bom tempo em chamada de vídeo.

Acabei decidindo ir pra casa no condomínio, almoçar com minha família, talvez assim eu me sentiria um pouco melhor.

Almoçamos entre risadas e muitas conversas. Porém sem tirar a Maraisa e toda a nossa conversa da cabeça, passei o dia com isso na mente.

Eu sabia que a Maraisa não me atenderia, então resolvo ligar pra Maiara.

Depois de um toque ela já atende e vejo o rosto dela aparecer na tela.

— amiga eu tava pensando em te ligar, só que ultimamente você anda me evitando também.

Ela faz um bico.

— Desculpa amiga, você sabe o porque.

— Tá, tá, sei...

••• algum tempo depois (ainda em ligação)

— agora me diz, está mesmo namorando a Lauana?

Eu sorrio

— Eu não estou muito na vibe de namoro ultimamente, só que tô tentando fazer minha vida andar, esquecer a...

Vejo uma notificação da Maraisa descendo com um "Socorro"

— A? — Maiara pergunta,

— Mai, cadê a Maraisa?

— Foi embora tem um tempinho já.

De repente meu coração acelera e gela ao mesmo tempo. Meu pressentimento.

— Corre pra sua casa agora.

— O q...

Desligo a ligação e procuro o contato da Maraisa, meu coração estava cada vez mais acelerado.

Aperto pra chamar pra ela e logo cai na caixa de mensagem.

Merda

Minha mente não pensava em outra coisa, Maraisa estava em perigo.

Enfio o celular no bolso e corro descendo as escadas não vendo ninguém pelo caminho, vou até onde havia deixado a chave do meu carro pegando-a, saiu pra fora já logo entrando no carro e dando partida com dificuldade por minhas mãos estarem tremendo, quando consigo saiu catando pneu.

Por sorte, na verdade por Deus eu já estava no condomínio.

Algo me dizia que ela estava precisando de mim, eu estava entrando em pânico dentro do carro, meu coração estava apertado. Minhas mãos apertando o volante com força. Os 5min de distância da nossa casa estavam se tornando horas.

Assim que paro meu carro na porta, saiu correndo pra dentro da casa de qualquer jeito.

— Maraisa... — Grito.

Vou entrando na casa ainda gritando o nome dela, quando entro na sala me deparo com a pior cena do mundo.

— Eu já liguei pra emergência senhora.

O desejo que toma conta de mim e de matar quem é que tenha feito isso com ela.

Eu me aproximo, Maraisa estava deitada no chão, nua, com hematomas por todo o corpo. Arranhões, algumas partes nas pernas e braços estavam sangrando, ela estava acordada, quase fechando os olhos.