missão

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pov: marília.

- nunca estive tão cansada. - digo após chegar da longa viagem que fiz para o México.

o que não deu muito certo, já que, acabei por entrar em uma briga de armas com uma gang mexicana.

mas entretanto, estou viva.

me sento no grande sofá de minha sala gigante e abro um whiskey, escutando meu celular tocar pela décima vez.

"pierre lefèvre" .

pierre é um francês safado que entrou no crime a poucos anos, mas mesmo assim muito temido.

atento meu celular, antes que ele me irritava te tanto tocar.


ligação on:

- pois não?

- marília, minha querida amiga!

reviro os olhos para o telefone escutando o francês falar em português com seu sotaque forte.

- creio que não me ligou para perguntar como estou.

- preciso de seus trabalhos, estou no brasil.

...

- no que devo a honra? - pergunto depois de me sentar.

resolvi encontrar com pierre, até porque não vou perder tanto dinheiro fácil assim, mesmo eu não precisando.

- vou bem também e você? - me perguntou com deboche, segurando um cardápio.

- sei que não se importa como vou. - sorri forçado.

- realmente. - retrucou pegando sua pasta e tirando alguns papéis de lá, os jogando sobre a mesa.

carros safra, li no papel jogado em minha frente.

- o que é isso? - pergunto levantando meu olhar para o loiro.

- uma empresa com muitos lucros nos últimos anos.

- sim, e...? - perguntei confusa.

- e que pablo safra me deve muito dinheiro. - cruzou os dedos em cima da mesa.

- pretende roubar um carro? - perguntei com deboche.

- não, não. pretendo roubar o cofre da empresa. - devolveu o deboche, me fazendo arquear as sobrancelhas. - ninguém melhor doque você para descobrir a senha para mim, mendonça.

- meu preço é muito caro, não sabe? - perguntei fazendo o homem concordar. - ok. preciso de mais informações.

o homem tirou outra pasta e entregou em minha mão, abri vendo algumas fotos de uma linda morena de cabelos longos.

- carla maraisa henrique pereira. - li o nome da moça voz alta.

- ela quem fez a segurança do cofre, ela conhece muito bem aquele sistema.

- o que quer que eu faça com ela? - perguntei. pierre não tinha dó de ninguém, ele já matou três homens por puro tédio.

- não sei, aponte uma arma para ela pergunte a senha e depois a mate. - disse como se fosse fácil e óbvio.

- não seja burro. - revirei meus olhos. - pode deixar, irei lhe ajudar. - falei fazendo o homem sorrir. - mas você sabe que não gosto que fiquem se metendo em minhas missões, portanto fique longe. - falei me levantando.

- sim, senhora. - levantou as mãos em rendição.

peguei as duas pastas que pierre me mostrou e sai. tampouco me despedi. eu não era amigável e não ligava para isso.

um sequestro - malilaOnde histórias criam vida. Descubra agora