simone

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pov: maraisa.

escolhi um dos quartos da grande mansão. escolhi em um andar que tinha quartos para os homens que trabalhavam para marilia, de matheus e a maiara escolheu por ali também. ela escolheu primeiro e eu fiquei com medo de dormir em um andar sozinha naquele lugar enorme. o quarto de marilia ficava no último andar, era um andar que tinha somente o quarto dela. ninguém poderia ficar lá ou entrar, somente para limpar, mesmo ela nunca ficando por ali pelo que matheus contou. marilia ficaria aqui também, pelo menos por enquanto.

— maraisa? — marilia apareceu na porta do quarto que eu estava.

— oi? — respondi.

estava arrumando o pano da grande cama, mas aquilo parecia mais difícil do que tudo. marilia não respondeu de imediato, mas entrou no quarto me ajudando a arrumar. 

— vamos jantar! — falou quando acabamos.

— eu não estou com fome. — respondi meio desanimada.

— eu não perguntei. — marilia disse grossa, me fazendo levar meu olhar para ela. — desculpa! vamos, você come algo leve. — mudou totalmente sua voz para uma carinhosa.

ela era engraçada. por algum motivo, encantadora.

— tudo bem. — deixei meus ombros caírem. — você precisa sair daí para eu passar. — falei quando marilia parou na porta dificultando minha passagem.

— eu saio por um beijo. — falou engraçadinha, apontando para seus lábios.

— marilia... eu não... — comecei, mas ela apenas me olhou com deboche. — não vai sair?

— não vou.

revirei meus olhos me aproximei e dei um selinho nela. fazendo ela liberar a passagem e eu sair sem falar nada.

— fez minha noite. — se aproximou.

outro dia

acordei por volta das 07:00. tomei um banho e desci, vendo marilia, maiara e matheus na sala vendo algo na tv.

— por que acordaram cedo? — perguntei me aproximando.

— eu precisava por o jornal, não vou ter o resto do dia para ver esse momento.  — marilia respondeu antes de levar a xícara com que eu julgo ser café até os lábios.

— eu não dormir. — matheus disse.

— nem eu. — maiara falou logo em seguida no automático.

olhei para os dois que se encaravam.

— vai começar.  — marilia disse se sentando, tirando toda minha atenção dos outros dois.

levei minha atenção para a televisão. vi que era uma notícia sobre um roubou, não qualquer roubou, mas sim o roubou da empresa que eu trabalhava. lá apareceu foto de pablo e de pierre. a foto de pierre estava como quem roubou ou suspeito por ser visto no local dando ordem para um outro homem.

— o desgraçado fez tudo isso para no final ter sido pego. — marilia reclamou.

— idiota. pelo menos nós já saímos com nossos dinheiros. — matheus disse.

os três conversavam algo atrás de mim, mas eu mantia meus olhos na televisão. vi a foto de simone como morta pela polícia depois de ter reagido na hora de ter ido presa por ajuda no roubou e ter matado sua melhor amiga eliza que também trabalhava conosco lá.

— simone matou eliza, que? — falei chocada. — ainda ajudou, e por que ela chamou a polícia para mim?

— não matou. e sim, ela chamou. — matheus disse levantando um tapa de marília logo em seguida. — o que?

— ela não sabe, idiota. — marilia brigou com o homem.

— o que eu não sei? — perguntei.

— ela fudeu com simone. — matheus disse rindo, me fazendo olhar confusa para ele. — não foi de um jeito bom, se você me entende.

— matheus some daqui e leve sua namoradinha. — marilia mandou.

matheus saiu com maiara e marilia me pediu para sentar do lado dela.

— eu não queria que ela morresse. — marilia se defendeu.

— mas morreu, o que fez?

— não foi eu que matei. eu matei sim, mas não eu, né. — falava enrolando. — eu mandei matar a melhor amiga dela, ela que se complicou toda. fiz isso para tirar você do caminho, maraisa. eu prometi ajudar você.

— você me disse que não mataria mais ninguém por minha causa.

fiz marilia prometer isso para mim depois que ela matou aquele homem na minha frente. ela brigou no começo, mas eu falei que se acontecesse eu iria fazer de tudo para atrapalhar esse plano, nem que eu saísse morta disso, no final ela concordou.

— eu não matei, foi matheus. — marilia falou dando de ombros.

— meu deus, marilia. — falei levantando minhas mãos até meu rosto.

— ela iria ser só detida, mas estava fazendo o que no meio do povo de pierre que estava roubando, ela é burra. — revirou seus olhos.

— tá, tá. — cortei o assunto. — como esta minha situação? — confesso que aquela pergunta me deu um certo medo.

— bem. a polícia acreditou que ela tentou te ferrar e tinha conversas dela provando que odiava você e mais sei lá. — explicou de um jeito rápido. — mas se não desse certo era só dar dinheiro, às vezes funciona.

— por que não fez isso? — perguntei.

— porque eu poderia ferrar a mim ou a matheus assim. — explicou.

— eu posso voltar para minha vida? — perguntei.

— não! — marilia quase que gritou. — não. sabe como é, você precisa de um emprego novo e sua casa é alugada, para pagar aquilo é muito dinheiro. pode ficar por aqui por enquanto.

pensei sobre e marilia estava certa.

— você tem razão, mas isso não vai atrapalhar? eu não...

— claro que não, maraisa. eu gosto de você. — me cortou. — de maiara também, claro. — sorriu nervosa.

marilia estava estranha, não sei o por quê.

um sequestro - malilaOnde histórias criam vida. Descubra agora