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pov: marilia.

fiquei pensando nas palavras de maraisa, por algum motivo. não tem como eu estar apaixonada em alguém que eu sequestrei, né? não sei, nunca senti isso.

agora estava ela, matheus e eu no meu carro indo até a empresa, irimos colocar o plano de maraisa em prática.

— maraisa! — a chamei antes dela sair do carro. — não se preocupe, se der errado eu não vou deixar nada acontecer com você. — falei e ela apenas me deu um sorriso doce, descendo do carro.

— parece nervosa, normalmente você fica confiante. — matheus disse ao meu lado.

— não é nada. — balancei a cabeça. — liga a câmera.

pov: maraisa.

as palavras de marilia me deixaram mais tranquila, mas mesmo assim eu me sentia como uma vara verde.

— lauana. — chamei a mulher parando em frente da sua mesa.

— bom dia. — levantou o olhar para mim.

— você está demitida. — falei antes se entrar em minha sala.

— por que fez isso? — ouvi a voz de marilia no meu ouvido.

eu também conseguia escutar ela, caso ela precisasse me ajudar em algo.

— porque sim. — respondi enquanto bebia uma água para me acalmar. — não sinto meus pés.

— fica calma. não deixe ninguém perceber seu nervosismo. — marilia tentou me acalmar.

respirei fundo mais de dez vezes para me acalmar.

— maraisa, você não pode... — lauana começou a falar, quando entrou na sala igual um furacão.

deixei ela para trás falando sozinha, mas ela veio atrás de mim, me puxando pelo braço.

— você já ganhou bastante ajudando marília mendonça, não acha? — falei baixo para a mulher, para ter certeza que ninguém iria ouvir.

lauana nada falou, apenas soltou meu braço. segui para o elevador descendo até a sala onde ficava algumas chaves.

— com licença. — falei antes de entrar, recebendo alguns sorrisos simpáticos. — luiz? — apontei para um rapaz, que concordou com a cabeça.

— precisa de alguma coisa, senhora? — o jovem perguntou. deveria ter no máximo 19 anos.

— na verdade sim. — me sentei na cadeira ao seu lado. — você faz algumas manutenções aqui na empresa não é? — perguntei olhando seu bolso e vendo a chave da grande sala que dava até o cofre.

— sim, senhora. — sorriu animado.

me aproximei mais do garoto colocando minha mão sem que ele percebesse em seu bolso pegando a chave.

— eu preciso de sua ajuda para um novo projeto, acho que ninguém melhor, não é? — falei fazendo o garoto sorrir com os olhos brilhando.

— cla..claro. — gaguejou. — eu adoraria.

— combinado. — estendi minha mão para ele apertar.  — amanhã na minha sala depois do almoço. — falei me levantando, fazendo o garoto concordar.

— conseguiu? — ouvi a voz de marília.

— sim, e para de falar.

— grossa.  — resmungou.

não tinha tempo para discutir com marilia agora. eu precisava ir até a sala das câmeras.

— o que faz aqui? — me assustei quando ouvi a voz de simone atrás de mim.

um sequestro - malilaOnde histórias criam vida. Descubra agora