um sequestro - malila

vontade de você

pov: marilia.

resolvi fazer uma festa e alugar uma boate, não iria deixar passar em branco.

dessa vez seria diferente, não iria ter mulher pelada para todos os cantos, seria algo mais formal. acho que mais fiz isso para agradar a maraisa. não sei explicar, só não quero que ela me veja como a pessoa que eu era.

— posso ver sua roupa? — perguntei para maraisa.

estávamos em seu quarto, conversando coisas banais.

— não, só na hora. — respondeu.

— poxa, mas eu sou eu. — revirei os olhos.

— nem mais, nem menos que ninguém. — debochou.

— ah é? — falei incrédula.

— uhum.

— beleza, tchau. — me levantei para sair.

claro que só era drama, mas vai que eu conseguia tirar alguma coisinha dela.

— só falei brincando. — disse rindo. — desculpa.

— só se você me der um beijo.

— marília...

— é só um beijo. — me aproximei agarrando sua cintura.

— chantagista. — disse apertando os olhos.

dei um selinho nela e logo puxei um beijo, no começo ela ficou meio travada, mas logo correspondeu. beijei como se fosse a última vez, até porque não sei quando ela vai me dar abertura para isso denovo.

— desculpada. — sorri e soltei ela. — para conseguir outro só daqui 10 anos. — fiz drama.

— quem vê a marilia mendonça mafiosa, nem imagina que ela é assim no off. — falou se aproximando e abraçando meu pescoço.

— só com você. — sorri para ela, que me deu um selinho. — vou ganhar outro beijo fácil assim?

— estou com vontade de você. — sussurrou antes de me beijar denovo.

ela passou o dia assim comigo, assisti filme com ela e torcia para que ela não mudasse do nada denovo.

— vou ir dormir, fazer nada cansa. — falei relutante.

— dorme aqui comigo? — ela pediu se aconchegando mais a mim.

pensei um pouco antes de responder.

— bebeu? — ela levantou a cabeça me olhando confusa. — por que deixou eu me aproximar assim do dia para o outro?

— pra que fugir, né? — deitou sua cabeça no meu peito novamente.

— foi mais fácil doque pensei. — sorri sozinha.

— me acha fácil? — levantou a cabeça novamente.

— que? não, não é isso... — tentei me explicar, mas ela só deu uma risada.

— vai dormir comigo.

— vou.

— não foi uma pergunta.