sequestro

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pov: maraisa

— bom dia, senhorita prado. — fingi um tom formal quando vi lauana entrar em minha sala.

— boba. — deu risada. — a senhora não tem muita coisa hoje, só uma reunião depois do almoço e uma às 19:00 no paris 6.

— no paris 6? — perguntei franzindo o cenho.

— exato. um jantar com a assistente do senhor lefèvre.

— ok. é sobre? — perguntei enquanto mexia no computador. 

— a discussão sobre um contrato de empresas. — respondeu depois de um tempo.

— isso não seria com o próprio pablo não? — perguntei fazendo uma cara de tédio.

essas reuniões eram super chatas.

— é sobre o sistema, maraisa. — andou até a porta. — volto daqui a pouco para a gente fofocar. — disse me fazendo sorrir.

o resto do dia se passou tranquilo, quase não fiz nada. agora eram quase 19:00 e eu esperava lauana para o jantar.

— vamos? vou no meu carro. — lauana avisou, por algum motivo ela parecia nervosa.

entrei no meu carro dirigindo até o restaurante, entrando do lado de lauana.

— reserva? — um garçom nos perguntou.

— maraisa pereira. — lauana deu meu nome me fazendo olhar confusa para ela.

— por que deu meu nome? — perguntei enquanto caminhávamos até a mesa.

— porque é uma reunião? — respondeu rindo. dei de ombros.

— boa noite, senhoritas. — uma loira alta e muito elegante nos cumprimentou sorrindo.

— boa noite, marilia mendonça. — lauana a cumprimentou de volta.

logo nos sentamos e discutimos pouca coisa, meu celular não parava de tocar, mas eu apenas ignorava.

— não vai atender, senhora pereira? — marília perguntou.

— vamos continuar. — falei vendo o celular tocar mais uma vez.

— parece ser urgente. — a mulher disse me fazendo suspirar.

— com licença. — pedi vendo-a concordar com a cabeça.

me levantei indo para um lugar mais reservado.

ligação on

— maiara eu estou em reunião, eu te falei.

— eu sei, desculpa. eu estou mal.

— por que está chorando?

— só... vem pra casa, por favor.

ligação off

encarei o celular o guardando novamente. maiara não parecia bem, eu precisava ir para casa.

esse dia não parece bem.

— me desculpem, mas eu vou ter que ir. — avisei quando voltei para a mesa.

— aconteceu algo? — lauana perguntou.

— nada de grave, eu acho. — respondi.

— podemos marcar essa reunião para outro dia. — marilia mendonça se levantou. — vá em paz, senhora pereira.

por que aquilo pareceu deboche?

— muito obrigada. — apertei sua mão. — até mais.

sai do restaurante e tentei ligar novamente para maiara, mas caia na caixa postal. andei até meu carro entrando e pronta para ligar ele e sair, mas fui enterrompida quando alguém entrou pela porta de trás me assustando.

— dirija até sua casa. — marilia mendonça disse apontando uma arma para minha cabeça. — seja rápida, gatinha.

senti meu coração parando ali, mas apenas obedeci ligando o carro e dirigindo até em casa.

eu torcia para a polícia me parar no caminho, o que não aconteceu.

— está tudo bem, senhora? — o porteiro me perguntou assim que parei o carro para que ele pudesse ver a placa.

— tudo ótimo. — sorri forçado, entrando com o carro.

— boa garota.

esse deboche dela me irritava. a maldita estava prestes a me matar ou roubar, mas continuava como se estivesse tudo normal.

um sequestro - malilaOnde histórias criam vida. Descubra agora