um sequestro - malila

fuga

pov: maraisa.

mal dormi a noite, mesmo que eles nos deixe vir para nossos quartos e dormir, eu simplesmente não conseguia.

agora estou aqui em pé enquanto matheus coloca uma escuta com uma câmera no meu sobretudo.

— mariel irá com vossa senhoria. — disse matheus em tom de ironia. — não tente nos passar para trás, maraisa.

eu realmente não tinha pensado nessa possibilidade, mas agora...

— e eu? — maiara perguntou ao meu lado.

— eu irei com você, princesa. — matheus respondeu.

por algum motivo parecia que ele estava sempre flertando com maiara.

— e a mendonça? — perguntei ao homem.

— ela vai ver tudo e ouvir o que você faz ou fala. — matheus disse me mostrando o computador onde dava para ver tudo que eu estava vendo. — daqui eu que vou ver.

— ok. posso ir? — perguntei fazendo ele concordar.

— vá no seu carro, mariel estará logo atrás. — disse e eu apenas concordei saindo.

minha vontade era de correr e depois matar mendonça, mas eu apenas entrei no carro dirigindo até a empresa.

— bom dia, maraisa. — lauana me cumprimentou com aquele sorrinho assim que entrei.

— só se for para você. — respondi entrando em minha sala, sendo seguida por lauana.

— aconteceu algo? — perguntou.

parei em frente a grande parede de vidro que dava vista para uma grande parte de são paulo.

— está vendo aquilo? — perguntei para lauana que caminho parando ao meu lado.

— o que? — perguntou.

parei atrás dela e tirei rapidamente a escuta, tampando a parte do microfone para abafar o som.

— ali. — peguei sua mão e com a outra coloquei a escuta em sua camiseta.

— você está louca? — perguntou rindo e se virando, mas rapidamente virei ela de volta para a parede.

— eu vou buscar um café, fique aí procurando. —  sussurrei.

— por que está...

não deixei que ela terminasse a frase e sai da sala rapidamente. corri escadas a baixo até o estacionamento. entrando rapidamente em meu carro e arrancando dali.

olhei para trás percebendo que o carro que mariel estava não corria atrás do meu. olhei para frente continuando meu caminho. ao passar por uma avenida vi um carro preto sair tão rápido de uma rua que até assustei, mas não era o carro que mariel estava, era um carro totalmente preto tendo os vidros lacrados.

— droga! — xinguei passando pelo sinal vermelho, mas o carro continuou rápido atrás do meu.

— encosta esse carro. — virei para o lado encontrando mendonça com o carro quase batendo no meu.

ela parecia furiosa, confesso que tive medo, por isso fiz o que ela pediu, quero dizer, mandou.

— eu disse para não tentar fugir, não disse? — gritou furiosa comigo.

— eu não aguento mais isso, mas que inferno. por que comigo? eu não tenho nada a ver com a porra do pablo, por que só não me deixa em pa... — fui enterrompida pelos lábios de marilia nos meus.

me assustei no começo, mas por algum motivo eu mexia meus lábios juntos aos seus. quando percebi o que fazia dei um tapa em seu rosto, fazendo ela se afastar. achei que tomaria um tiro na cabeça por isso, mas ela apenas deu um gargalhada, me fazendo ficar ainda mais nervosa.