Um amigo leal.

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Pov Pietro: 

Estou descansando na minha cama, fazia um tempo que eu não ficava em casa.

Desde o momento, que eu pedi a Nessa em namoro, eu tenho me dedicado ao máximo em fazer ela feliz.

Sei que qualquer coisa que eu faça, ela amará, mas gosto de dar algo especial em todas às vezes. Ela merece.

Por isso, é raro eu ficar em casa. 

Hoje liguei para ela algumas vezes, mas ela não me atendeu, então liguei para o meu sogro e ele me contou que ela saiu com a Vivian. Eu não quero atrapalhar o dia delas. Precisamos de um tempo com os nossos amigos também, isso é importante. Reconheço que por minha causa, ela se afastou um pouco deles. 

Ouço alguém bater na minha porta e então vou até lá.

E se for a minha irmã? Ai, não. 

Seria pecado se eu fingisse que não tem ninguém em casa?

Ouço a porta bater novamente.

Por favor, que não seja ela! Por favor, que não seja ela.

Abro a porta, repetindo essa frase na minha mente.

Então quando vejo o Natan ali, eu suspiro aliviado. 

— Desculpa, por chegar sem avisar.

O Natan diz em um tom choroso. 

— Imagina, cara. Pode vir sempre que quiser. 

Dou um sinal para ele entrar. 

E então ele entra e se senta no sofá.

— Tudo bem?

Pergunto preocupado.

E então eu me sento ao lado dele, esperando a sua resposta.

— Não. Vi a Vanessa hoje.

Respiro fundo.

— Ah! é isso.

Digo num tom cansado, confesso que fiquei meio irritado.

Sei que o Natan gosta dela, eu respeito isso, mas não posso deixar de sentir ciúme.

Sinto pena dele! O Natan gosta da Vanessa desde sempre, mas nunca teve coragem para dizer. 

E eu como amigo, já sabia dos sentimentos dele por ela, mas não consegui evitar, me apaixonei também.

Fui mais rápido que ele.

Por respeito a ele, eu o avisei, que pediria ela em namoro. 

Flashback on: 

Eu pego o meu telefone e ligo para o Natan.

— Cara, eu tô aqui na quadra. Onde você tá?

— Tô chegando já.

Ele desliga a chamada.

E eu olho ao meu redor, um pouco nervoso, eu não sei qual seria a reação dele. Ele é louco por ela.

De repente vejo o Natan se aproximar de mim, com a bola de basquete em suas mãos. Vejo ele com um sorriso brincalhão no rosto.

— Pronto para perder?

— Hum, acho que não… eu te chamei só para conversar.

Vejo o seu sorriso se desfazer.

— O que tá havendo?

Ele me pergunta desconfiado.

— Por respeito aos seus sentimentos… decidi te avisar, que vou pedir a Vanessa em namoro.

Falo de um jeito firme, para mostrar a minha certeza.

Olho para ele e me surpreendo com o que vejo… O Natan está chorando?

— Cara, cê tá bem?

Digo confuso.

E então ele seca as lágrimas.

— Ham? Tô… eu só… eu sabia que uma hora iria acontecer, eu nunca me declarei. Eu só não esperava que fosse com você.

— Me desculpa, foi tudo tão natural. Eu me apaixonei por ela.

— Não precisa pedir desculpas, eu não quero a tua pena. A culpa é minha, eu poderia ter evitado isso. Tive muitas chances de me confessar.

— Não seja tão duro consigo mesmo.

— Impossível, vou ter que guardar esses sentimentos para mim.

— Você não precisa! Pode contar para ela, pelo menos, para se sentir melhor. Talvez te ajude a seguir em frente.

— Não, eu nunca vou contar. Vocês vão namorar e isso seria uma traição. Eu jamais trairia você, somos amigos.

— Nada a ver, Natan. A gente…

Ele me interrompe.

— Eu prometo, Pietro! 

E então ele sorri. 

Flashback off. 

— Fica tranquilo, eu não contei para ela.

Eu suspiro.

— Natan!! Conta de uma vez. Isso tá te fazendo mal.

Digo irritado.

— Não, cara. Se eu fosse você, eu não iria gostar. 

— Mas eu não ligo. De verdade. Eu e a Nessa estamos bem, nada mudará. Se você quiser contar, por mim tudo bem.

— Olha, eu nem estava tão apaixonado como antes… pelo menos, eu achava, até ver ela de novo. Ah, isso é tão difícil. Se passaram 2 meses, mas sinto o mesmo.

— Conta para ela…

Digo frustrado.

— Mas eu prometi!

— Como você é teimoso! Esquece isso. Eu não pedi por essa promessa tosca. Foi uma prova de amizade, por sua parte, eu entendi, mas não precisa. Sei o quanto você é leal. Mesmo amando ela, você me ajudou a preparar o pedido de namoro, isso sim, foi uma grande prova, que eu jamais esquecerei.

De repente o meu amigo me abraça apertado e então eu o abraço de volta.

— Quero que você prometa que vai superar, eu não quero ver você assim Natan.

E então ele me solta e concorda com a cabeça.

— Tudo bem, eu vou tentar.

Ele se levanta e vai até à porta, quando ele abre, eu posso ver a Luana do lado de fora, cheia de bolsas.

— AHHHH, IRMÃOZINHO!!!

Ela corre até a mim e me abraça muito apertado. Quase quebra os meus ossos, parece o abraço da mamãe.

Ela me solta e eu recupero o fôlego, assustado. E então ela ataca o meu amigo, com um abraço apertado.

— Meu Deus, Luana! Que isso! Solta ele.

Falo levemente irritado e posso ouvir o Natan gargalhar. 

Notas: 

Em breve mais capítulos! O que vocês estão achando da história? Não esqueçam de avaliar, beijos.

Eu, você e Jesus 2. (ROMANCE CRISTÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora