Você está errado.

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Pov Vanessa:

Talvez eu tenha desabafado na hora errada, acho que ele não gostou nada.

Sei que, é um assunto delicado, afinal é uma situação familiar que o persegue desde o princípio. Eu não quero ser a namorada chata, que o deixa mal, quero ser aquela que tem tanta intimidade que pode falar com ele sobre qualquer coisa, sem medo. Não quero que ele fique chateado, mas é uma necessidade minha, eu gosto de falar o que sinto, me faz melhor. Talvez eu tenha que rever isso, se o faz mal, eu deveria guardar para mim... mesmo que me incomode. Estar com alguém é sobre fazer sacrifícios em nome desta pessoa, talvez eu tenha olhado mais para a minha necessidade e menos para o que ele fosse sentir. Eu não deveria ter falado...

Mas agora foi e ele está me olhando, pensando em como me responder ou reagir. Eu não faço ideia do que pode estar se passando na mente dele, por mais que sejamos namorados, eu não faço ideia, não nesse momento.

Ansiosa, eu quebro o silêncio.

- Amor... me desculpa, acho que fui longe demais.

- Não, tudo bem. Fico triste de não poder te proporcionar o mínimo. É um direito teu, querer conhecer a sua cunhada! Mas infelizmente, não posso fazer muita coisa.

Eu suspiro, talvez aliviada por ele não ter ficado bravo, o que seria compreensível.

- Podemos voltar?

Ele diz, quase me implorando.

- Claro.

Ele pega em minha mão e vamos caminhando em silêncio, é raro ficarmos quietos, quando não temos assunto o Pietro sempre faz gracinha, mas agora ele está pensativo.

- Pietro, eu fiquei com medo de você ficar irritado comigo.

Ele me olha inconformado.

- Fico raramente irritado com você, por que achou que eu ficaria agora?

- Porque fui sem noção, é um assunto delicado para você.

- Não, eu entendo você. Olha, a gente pode tentar... minha mãe tem o número dela.

Sorrio de imediato.

- Mas não cria expectativas, porque é difícil ela responder.

- Só de tentar, eu fico feliz.

Eu o abraço apertado e ele ri.

- Você fica muito fofa assim, tomara que ela responda, não quero que fique triste depois.

Eu o beijo e para fazer graça, ele levanta uma perna, como uma princesa.

Me solto do beijo para rir.

- Você não existe.

Falo entre risos.

E então ele começa a morder a minha orelha e como resposta fujo dele. Ou, ao menos, tento! pois dois passos dele, equivale a 15 meu.

Depois de muita corrida, finalmente chegamos a casa dos meus sogros.

Então abrimos o portão e entramos, totalmente ofegantes.

O meu único pensamento é: água, água, água...

Estou morta, preciso praticar algum esporte, tô sedentária. Fico mais convicta desta ideia, quando olho para o meu namorado, e o vejo super bem. Enquanto eu, estou péssima.

Ele me olha preocupado.

- Tá bem?

- Eu não e você?

- Meu Deus! Isso é pela corridinha de agora?

- Corridinha?

Falo assustada e ele gargalha.

Eu, você e Jesus 2. (ROMANCE CRISTÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora