𝑩𝒆𝒕𝒘𝒆𝒆𝒏 𝑷𝒂𝒓𝒕𝒊𝒆𝒔 𝒂𝒏𝒅 𝒓𝒂𝒄𝒆𝒔-𝑪𝒉𝒂𝒏𝒎𝒊𝒎

Capítulo-19

Estar naquele hospital não era uma coisa muito legal para Jisung. Ele estava ali há alguns dias, estava bem, mas ainda tinha que se recuperar. Estava com o braço esquerdo quebrado, o joelho enfaixado e as mãos também. Na hora do acidente, quando o carro começou a pegar fogo, ele tentou quebrar o vidro do carro para tentar sair e acabou se machucando muito. Minho era uma pessoa que dava 100% de atenção a ele, passava metade do tempo no hospital. Estava até rolando um clima entre eles.

- Oi, esquilinho- Seungmin apareceu na porta com um sorriso no rosto.

- Olha só! - soltou uma risada.

Seungmin deixou a sacola de comidas em cima da pequena mesinha e se aproximou do amigo para dar um abraço apertado.

- Estava com muitas saudades, Jijico, desculpa não ter vindo aqui antes - deixou um beijo na testa do mesmo antes de se afastar.

- Não tem problema, eu soube da sua mãe, sinto muito - segurou a mão do Kim - Já sabe quem foi que fez isso?

- Ainda não, o caso está em investigação.

Na verdade, ele tinha uma suspeita, mas era quase impossível, então preferia ficar quieto e não tocar no assunto.

- Estou muito triste pela Yeji. Queria estar lá nesse momento. Como os meninos estão? - Encarou Seungmin, que sentou na cama.

- Tá sendo difícil, né - soltou um longo suspiro. - Tantas mortes assim seguidas. Você perdeu bastante coisa, inclusive coisas sobre o irmão do Chan, mas não quero encher sua cabeça com preocupações no momento.

- Minho veio aqui e me contou metade dessa história. - segurou na mão de Seungmin - Mas mesmo assim, a morte da sua mãe ainda continua sendo um mistério.

- Não quero falar sobre ela. - ajeitou a postura olhando para o sardento. - Você e o Minho estão próximos, hein?

- Seu primo é uma pessoa legal. - abriu um sorriso e não passou despercebido por Seungmin o tom rosado em suas bochechas. - Ele passa bastante tempo comigo, tô até começando a gostar dele.

Assim como Jisung, Seungmin também gostava bastante de Lee Know. Com o tempo, aprendeu a gostar dele e percebeu que ele não era uma pessoa ruim. Minho o ajudou muito em relação aos tios, e quando viu que ele estava machucado, percebeu que Lee Know precisava mais dele do que nunca.

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Na noite anterior
Casa do Bang

- Então você não teve nada a ver com a morte desse tal cara, o Seungri? - perguntou, tentando entender toda aquela situação.

- Não mesmo, mas é difícil que a polícia me entenda a essa altura. Na época, não tentei me explicar, apenas fugi, com medo. - esticou a mão para pegar o copo com bebida em cima da mesa. - Ter amizade com Seungri foi uma das piores escolhas. O cara já era um viciado e isso mexia bastante com a família dele.

Chan agradecia por ter controle na época. Ele usava drogas e até mesmo bebia, coisas que ele também faz hoje em dia. Mas depois que Seungri morreu, ele deixou de usar drogas. Ele teve sorte de não ter se viciado também.

- Como ele realmente morreu?

- Ele já vinha com um comportamento estranho, estava bem aparente na cara dele que ele estava passando dos limites nas drogas, ele precisava de ajuda. - Seungmin ouvia atentamente. - Ele me mandou mensagem no dia, me chamando para uma festa. Eu aceitei, mas não sabia que as coisas estavam tão ruins. - soltou um suspiro. - Falei pra ele que não queria mais viver aquela vida e tivemos uma discussão.

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Casa de festas em Los Angeles
Março de 2023

- Qual é, Chan? Você não sabe o que é diversão. - tirou os diversos saquinhos de drogas do bolso, jogando-os em cima da mesa, o único móvel presente naquele cômodo.

Assim que Bang chegou no local, trocou ideia com algumas pessoas e bebeu alguns copos. Depois subiu para um quarto na parte de cima com Seungri. Ele queria usar drogas e queria levar Bang Chan junto, mas iria colocar um ponto final naquela história.

- Cara, você não acha que está exagerando? - franziu o cenho ao ver o outro acender um cigarro e levá-lo até a boca.

- Exagerando? - soltou uma risada, deixando a fumaça sair pelo nariz. Logo se sentou na cadeira, jogando a cabeça para trás. - Eu me sinto bem com isso aqui, Bang. Me sinto leve.

- Seungri, você só está destruindo a sua vida - ele apoiou as mãos na cabeça encarando o outro.

- Agora você quer bancar o certinho? - soltou uma risada - Não foi você que fugiu da sua família rica para viver uma vida livre e participar das corridas ilegais - debochou.

- Sim, eu quero ser livre, mas não quero morrer de overdose, algo que provavelmente vai acontecer com você - cruzou os braços vendo Seungri se levantar e dar a volta na mesa.

- O que deu em você? Vai me dizer que não gosta disso? - tragou o cigarro e soltou a fumaça na cara de Bang, que franziu o cenho e se afastou.

- No começo era divertido, mas agora parece que eu nem te conheço mais - deu as costas se distanciando um pouco - Vai acabar com a sua vida.

- Você é um frouxo - se aproximou - Sou eu quem não estou te reconhecendo - jogou o pequeno pedaço de cigarro no chão e segurou no braço de Chan, forçando-o a encará-lo - Cansou de bancar o fodão? Beber até ficar louco e transar com qualquer uma?

- Tudo tem limites - ele o encarou com seriedade.

- Não entendo, você está me julgando, mas você sabe que somos iguaizinhos.

- Não, você está errado, somos totalmente diferentes - falou, já se sentindo estressado com as bobagens que o outro estava dizendo.

- Qual é, Bang Chan? - apoiou a mão no ombro do mesmo - É só questão de tempo para você voltar chorando para os seus pais e voltar a ser o fantoche deles.

- Não dependo mais dos meus pais e não quero mais saber deles - fechou o punho com força.

- Você aqui não é nada, seu nome já saiu em tantos jornais, tantas polêmicas suas que eu sinto até vergonha - soltou uma risada - Aqui você não tem fama alguma.

- Cala a boca, idiota, você não sabe do que está falando - retirou a mão do garoto do ombro com certa brutalidade.

- Não precisa se estressar, pequeno Bang - colocou as mãos nos bolsos da calça - Para onde você iria, não é mesmo? É só o que dá nos jornais, o quanto os seus pais estão afundando a cada dia que passa. Nem adianta você voltar, eles nem te consideram mais da família.

- Cala a boca, porra! - e empurrou o garoto com mais força.

Com a brutalidade da força ao empurrar o garoto, Caleb bateu a nuca da cabeça na ponta da mesa, o que fez o mesmo cair duro no chão com os olhos arregalados e soltando alguns murmúrios que Chan não conseguiu entender. De início, o Bang ignorou, mas logo o corpo de Seungri começou a soltar espasmos e ele viu a poça de sangue formando-se ao redor da sua cabeça, então o sangue começou a escorrer pelo canto da boca.

- Ah não, droga - se ajoelhou próximo ao corpo.

O garoto estava com as mãos trêmulas e a visão embaçada pelas lágrimas que estavam caindo. Nada passava pela cabeça de Bang naquele momento. Seunngri estava realmente morto e ele não tinha o que fazer.

Sua única reação foi sair correndo daquela casa de festas, mesmo com as pernas tremendo e o coração acelerado com medo do que podia acontecer depois, e nunca mais pisar os pés em Los  Angeles.