Capitulo 3 - Tiago e a carta

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Eu: Rita, deixa-me ir. Eu só tenho 30 minutos para lá chegar! - Porra que esta rapariga está chata. - Eu só preciso de tratar de um assunto.

Rita: Pois um assunto, com o caralho do Tiago! Não, não te vou deixar ir! Estás em minha casa e vais continuar aqui! - Fechou a porta.

Sinto-me como a Rapunzel, trancada na torre, mas neste caso, é no quarto da minha prima. Vou até à janela e uso o meu cabelo para descer... Nah, estou a gozar, sentei-me no parapeito da janela e vejo a altura, nem é muito grande, viro-me e fico pendurada pelas mãos.

"O que tu me fazes passar, Rita". - Pensei. Contei até 3 e saltei. Levantei-me do chão e corri até ao meu carro, sendo discreta para ninguém me ver, eu tinha de me despachar, eu demoro 20 minutos a lá chegar de carro.

Quando lá chego, estaciono o carro e vejo que faltam 2 minutos para a hora combinada, tranco o carro e vou andando para lá. Quando chego, ele está sentado no mini muro.

Tiago: Sempre vieste. - Levantou-se sorrindo.

Eu: Agora já acreditas? Tenho mais coisas por fazer. - Reviro-lhe os olhos.

Tiago: Achas mesmo que eu te mandava para aqui e te deixava de mão beijada? - Aproximou-se de mim e eu afastei-me.

Eu: O que é que tu queres? Tiago, eu não estou com paciência para ti okay? Aliás, eu não quero ter qualquer contacto contigo.

Tiago: Isso é o que vamos ver. - Ele agarrou-me numa espécie de abraço e começou a beijar o meu pescoço. Ele encostou-me a uma das paredes e continuou a fazer o que estava a fazer. Eu tentava empurrá-lo e tentava gritar mas ele tinha muita força e colocou a mão na minha boca, impedindo-me de fazer qualquer tipo de som.

Tiago: Nem sabes as vezes em que eu sonhei em beijar-te, em tocar-te, ver cada pormenor do teu corpo. És perfeita, completamente perfeita e completamente minha. - Ele começou a movimentar a sua mão livre pelo fim das minhas costas, mas, antes de fazer alguma coisa, algo o agarra e afasta-o de mim, deixando-me cair no chão.

Xxx: Ninguém se mete com a minha irmã! - A pessoa que eu identifiquei a partir da voz era o meu irmão mais novo, Nuno, tinha acabado de lhe dar um murro, fazendo-o cambalear-se para trás.

Tiago: Nós tínhamos combinado que vínhamos sozinhos, Urbano! Isto está longe de estar terminado! - E foi-se embora a sete pés.

Nuno: Estás bem? - Ele veio para a minha beira e eu abracei-o com força.

Eu: Obrigada Nuno, a sério muito obrigada. - Ele afagou-me os cabelos.

Nuno: Anda, vamos para casa, sim? - Eu assenti e fomos para casa em silêncio. O meu irmão abriu a porta da mesma que se encontrava vazia. - Senta-te que eu vou fazer-te um chá para te acalmares.

Eu sentei-me numa cadeira que se encontrava na cozinha e esperei até que o meu chá estivesse pronto.

Eu: Como é que sabias que eu estava lá? - Perguntei quando tinha a caneca roxa na mão com o líquido quente lá dentro.

Nuno: A Rita ligou para cá a dizer que tinhas desaparecido para ires ter com o gajo e como eu era o único cá em casa, foi um só palpite e descobri-te. Mas eu só não percebo porque é que tu foste ter com ele. - Bebeu um gole da sua bebida.

Eu: Ele hoje de manhã ligou-me e disse para ir ter com ele sozinha para lhe provar que aquilo que eu senti era só passageira, mas eu tive sempre uma parte dentro de mim que dizia "Inês não vás, ele vai fazer-te mal! Apenas ignora-o." mas ao mesmo tempo tinha curiosidade de saber o que é que ele quereria de mim sabes? Mas quando ele me agarrou... - Comecei a derramar as lágrimas.

Maybe It's a GoodByeOnde histórias criam vida. Descubra agora