Eu: Não é nada mana! Porra deixa-te de cenas! - Voltei para o meu quarto para acabar o que estava a fazer.
Rita: Deixa-te de cenas o caraças! Explica-me porque é que te apanhei a tapar a marca que tens no pescoço! Quem é que te fez isso? - Fecha com força na porta.
Eu: Primeiro falas mais baixo e não batas com a porta! E segundo tu não és a minha mãe para me perguntares porque é que eu tenho marcas no pescoço! Ainda por cima tu! Que aparecias em casa aos bejos com o João quando ele passou cá uns dias! - O meu tom eleva-se para que ela perceba que não estou com paciência
Rita: Não tens de meter o nome dele à conversa! E só para te responder, foi só uma vez e com a permissão dos pais! - Ela fala mais baixo mas tenta ser mais ameaçadora. O que não resulta.
Eu: Não sei porque é que tu ficas assim quando falo nela, afinal acabaram à um ano. Não percebo o drama. - A expressão dela muda em segundos e só sinto um ardeer na minha cara. Ela bateu-me.
O tempo parecia parar até a minha mãe aparecer e começar aos berros com a minha irmã, mas eu não consigo ouvir o que é que elas estão a dizer. A minha irmã bateu-me. Ela não tinha o direito.
Acordei do meu transe e peguei na minha mala. Passo por pelas duas mas não disse nada. Pego nas minhas chaves e saí de casa.
Não consigo acreditar no que é que aconteceu. Ela não tinha o direito de me tocar. Ai que raiva! Pego no meu telemóvel e nos fones e continuo o caminho até à paragem de autocarro. Ligo a música de uma lista qualquer e fico a apreçiar as paisagens.
...
Estou no clube desde manhã e a musíca alta nunca deixou de soar nos meus ouvios. A Carolina e a Matilde ligaram-me à pouco a perguntarem-me onde é que eu estava e se estava tudo bem. Também me disseram que os nosso professores pediram para avisarem-me de que o diretor precisa de falar comigo. Ele que vá dar uma curva!
Concentrei-me na coreografia e deixei o meu corpo soar com a música. Eu adoro isto. É isto que eu sou!
Um som soa pelo espaço onde estou e desligo a música. Agora sim, estou assustada. Eu venho cá desde sempre e isto nunca aconteceu. O barulho volta a soar e corro até à minha mala e tiro de lá o meu telemóvel. Marco o número da Carolina e espero que ela atenda. Aproximo-me da porta devagar. Abro-a um pouco e...
Eu: Porra merda! - Levo a mão direita ao peito quando vejo as minhas melhores amigas aparecerem porta dentro. - Não me voltem a fazer uma coisa destas!
Carolina: Não voltes a faltar às aulas o dia todo! Onde é que tu tinhas a cabeça? Se a tua mãe descobre, ficas de castigo até os teus netos terem netos! O que é que se passou? - Fomos até ao banco corrido castanho escuro e sentámo-nos as três.
Eu: A minha irmã bateu-me hoje de manhã... Ela nunca o tinha feito e eu fiquei bastante magoada com ela! E precisava de me distrair.
Matilde: Tabem mas não é razão para faltares às aulas.
Eu: Não queria passar pela Rita. Já imaginaram-na a fazer-me isto?
Carolina: Para ser sincera sim. - Olho-lhe com os olhos arregalados. - Que foi? Tu gostas muito de a provocar,
Matilde: E tu também tens a mania de que sabes tudo.
Eu: O que tu também? - Virei-me para ela e meti as minhas mãos na cara e suspirei. - Eu falei no João...
Matilde: Mas tu passaste-te? Porque raio mencionaste o nome dele? - Ela sentou-se à minha frente, no chão.
Eu: Não interessa! Ela falou numa coisa de que nã devia e teve troco. - A rapariga abanou a cabeça e levantou-se.
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Maybe It's a GoodBye
Fanfiction"Acho melhor nós ficarmos afastados..." "Por muito que me custe tenho de concordar contigo." (...) "Foda-se caralho não te vás embora assim!" "Deste-me escolha?!" (...) "Apenas toma conta da nossa pequena." "Se a manter afastada de ti, ela vai ser f...