Capítulo 7 - Policía e Gabriel

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Xxx: Posso saber a que deve esta agradável surpresa? - Deu um falso sorriso.

Eu: Cala-te que eu sei que estás nas tintas para mim. Agora para o teu neto já não, não é? - Cruzei os braços no meu peito de frente para ele.

Pai: Isso é mentira. - Falou sério. - Preocupo-me tanto contigo como da tua irmã e do filho. Foi por isso que eu fui visitar o Gabriel.

Eu: Então tu sabes onde é que ele está! Porque é que nunca ligaste-lhe a avisar. Porque raio é que lhe escondeste aquilo?!

Pai: Porque a tua irmã não tem condições de tomar conta do miúdo! E eu não te admito que venhas à minha casa insultar-me!

Eu: A casa não é tua! É da tua namorada que te anda a sustentar há anos! E tu não tens de admitir nada! A Catarina tem as condições perfeitas para tomar conta daquela criança! Ela trabalha, tem ajuda da família dela! Tem tudo o que é preciso para lhe ajudar!

Pai: Ela não tem a educação necessária para tomar conta do Gabriel! E ainda bem que o fui buscar! Ele está muito bem onde está!

Eu: Filho da mãe, como é que foste capaz?! - Já lhe estava a tentar bater-lhe no peito, com as lágrimas nos olhos. Do nada, aparece a namorada do meu pai, a Anabela.

Anabela: Joana acho melhor ires embora. - Disse depois de me afastar do covarde que está à minha frente.

Eu: Eu vou, mas prepara-te para as consequências. - Limpei as lágrimas e saí daquela casa a correr.

Fui até à estação de comboios para apanhar o transporte que me leve para casa. Juro que ainda não acredito que ele fez isto. Coitada da minha irmã... Como é que ela irá reagir quando eu lhe contar?

"Isto vai correr mal"

Saí do comboio e fui para casa o mais depressa possível. Quando cheguei, nem fui para o apartamento. Fui logo direta para a arrecadação, pois sei que ela lá está. Abri a porta e fui ter com ela.

Eu: Precisamos de falar. - Vi-a a mexer nuns papéis, provavelmente à procura de pistas.

Catarina: Agora não posso. Estava a trabalhar no caso do teu sobrinho, sabes, aquele que tu não ajudas. - Falou sem me encarar e continuou. - Se eu o seguir e encontrar maneira de lhe aceder ao telemóvel, talvez consiga triangular o sinal de telemóvel para descobrir onde é que ele está.

Eu: Foi o pai que raptou o Gabriel. - Ela parou tudo e olhou para mim.

Catarina: O quê? - Levantou-se da cadeira.

Eu: Eu fui falar com ele hoje com ele e admitiu-o. Disse que tu não tinhas condições nem a educação necessária para o educares...

Catarina: Cabão! - Eu não tenho de ir lá! Eu tenho de o encontrar! - Tentou passar por mim, mas eu impedi-a.

Eu: Não, tu vais ligar à polícia e dizes que já reuniste tudo aquilo que eles se recusaram a fazer da última vez e depois vês se consegues arranjar um mandato.

Catarina: Se da outra vez não resultou o que é que me garante que desta corre? - Falou desconfiada.

Eu: Porque sei que não vais desistir. Agora vamos subir que estás aqui há muito tempo.

Catarina: Vai tu que eu ando a tratar também de uma letra. - Dirigiu-se para o meu teclado, ainda por arrumar.

Eu: Posso ver? - Ajudei-a.

Catarina: Só me veio a melodia a cabeça. Apontei e agora vou dar uns acordes. Está no início ainda.

Assenti-lhe e deixei-a sozinha, indo para casa. A minha mãe não estava, pois estava com uns amigos. Deixei-me ficar deitada na minha cama, de barriga para cima, a pensar no que o meu pai me disse.

Maybe It's a GoodByeOnde histórias criam vida. Descubra agora