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O celeiro é como outra mansão, só que para cavalos

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O celeiro é como outra mansão, só que para cavalos.

É bem iluminado, rústico, porém moderno.

Os animais possuem seus espaços separados e há uma grande área ao fundo, onde vejo algumas pessoas montando e treinando-os.

Joe destrava a porta onde o tal Cometa fica, mas antes eu decido caminhar por entre eles. Ontem não pude reparar com calma, mas agora vejo que todos os animais estão com as cabeças para fora encarando o que quer que seja.

Um único deles não está para fora, e sim deitado como se estivesse emburrado.

Porra. O cavalo é mais bonito que metade dos atores de Hollywood.

Seu pelo é preto como a escuridão, mas brilhante como um céu estrelado. A crina é comprida e muito bem aparada, possuindo algumas tranças em seu comprimento.

—Joe.—Chamo.—Quem é esse aqui?

Joe se aproxima puxando Cometa, um cavalo grande de pelagem castanha escura com uma mancha branca redonda na testa.

—Ainda não tem um nome.—Fala encarando o animal.—O encontramos sozinho no pasto.

Assinto.

—Ele é lindo.—Comento admirada.

—E muito bravo.—Acrescenta.—Agora vem, vamos cuidar desse grandão aqui.

Ainda com os olhos presos no cavalo preto, vou andando até a área do banho.

Essa é a parte mais fácil. Quero dizer, ontem foi tranquilo, pois não havia a presença de um certo cowboy insuportável.

—Você precisa enxaguar abundantemente.—Briga.—Leia o modo de uso dos produtos, Charlotte.

Bufando, pego a mangueira e ligo a água pela décima vez, mas ao contrário do que Joe me pede, o único animal que jogo o jato d'água, é ele.

—Que porra...—Grita tentando tapar a água que vai diretamente em seu rosto, enquanto eu apenas gargalho de maneira maligna.—Para com isso, Charlotte.

—Isso é por me fazer levar quinze bicadas daquelas galinhas grosseiras.—Grito gargalhando.

Ele começa a se aproximar de mim tapando o próprio rosto e eu começo a andar para trás, até bater contra o corpo de Cometa, que relincha bravo.

Em poucos instantes sou agarrada pela cintura e uma mão grande cobre a minha na tentativa de pegar a mangueira.

—Solta.—Joe pede e eu nego rindo.

A água está na direção do céu, e agora cai sobre nós dois.

Joe não resiste e dá um sorriso largo.

Porra.

Que sorriso.

Os olhos cinzentos ficam mais azulados e a expressão rabugenta se esvai em um passe de mágica.

Sob o Céu do TexasOnde histórias criam vida. Descubra agora