Peter observava Sophie do canto do quarto. Ela estava sentada na beirada da cama, olhos fixos no chão, o corpo ainda marcado pelos abusos. Os últimos dias haviam sido intensos, uma dança entre a dor e a submissão que ele havia orquestrado com precisão. Ele sabia que estava quebrando suas defesas, mas havia algo mais acontecendo, algo que ele não tinha previsto. Sophie começava a responder a ele de uma maneira diferente, e isso o intrigava.
"Como você está se sentindo hoje, Sophie?" Peter perguntou, a voz baixa e controlada.
Ela levantou os olhos lentamente, encontrando os dele.
eu permito que você fale disse ele em um tom sério.
"Eu... não sei. Confusa, eu acho."
Peter se aproximou, ajoelhando-se à sua frente. "Confusa sobre o quê?"
Ela hesitou, mordendo o lábio inferior. "Sobre mim, sobre você... sobre tudo isso."
Ele inclinou a cabeça, estudando suas expressões. "Quer conversar sobre isso? Pode ajudar a esclarecer as coisas."
Sophie suspirou profundamente, como se estivesse reunindo coragem.
"Por que você faz isso? Por que me escolheu?"
Ele se sentou ao lado dela, mantendo uma distância segura. "Eu poderia dizer que é porque você é especial, que há algo em você que me atraiu. Mas a verdade é mais complicada. Você e eu, somos dois lados da mesma moeda. Ambos fomos quebrados de maneiras que a maioria das pessoas não entenderia."
Ela olhou para ele, surpresa. "Você também foi quebrado?"
Peter assentiu, seus olhos escurecendo com memórias antigas. "Meu pai era um homem cruel. Ele fazia coisas terríveis à minha mãe e a mim. Aprendi desde cedo que a dor era uma constante, uma parte da vida que eu não podia evitar. Eu poderia ter seguido muitos caminhos, mas escolhi este."
Sophie balançou a cabeça, absorvendo suas palavras. "Eu também sofri... mas de maneiras diferentes. Minha mãe morreu quando eu era jovem. Meu pai me bateu até me dar para adoção. Fui de uma casa abusiva para outra, até que finalmente fugi. Achei que estava livre, mas a dor nunca realmente me deixou."
Peter tocou levemente a mão dela, um gesto raro de ternura. "Eu sei. E é isso que nos une. A dor nos moldou, mas também nos deu uma compreensão que poucas pessoas têm."
Ela apertou a mão dele, um reflexo automático de busca por conforto. "Então, é por isso que você me trouxe aqui? Para explorar essa dor juntos?"
Ele a olhou nos olhos, sua expressão séria. "Em parte, sim. Mas também porque vi algo em você que espelhava minha própria alma. Queria ver se, juntos, poderíamos encontrar algum tipo de redenção, por mais distorcida que fosse."
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Os dias se transformaram em semanas, e Sophie começou a se abrir mais com Peter. A relação entre eles, embora nascida da violência e do controle, começou a evoluir. Havia momentos de gentileza inesperada, de compreensão mútua que transcendia a situação em que se encontravam. Sophie começou a depender dele, não apenas como seu captor, mas como alguém que entendia suas cicatrizes mais profundas.
Uma noite, enquanto eles estavam sentados juntos no porão, ela finalmente falou sobre algo que estava guardando. " você já ouviu falar da Síndrome de Estocolmo?"
Ele assentiu, curioso. "Sim, é quando uma vítima começa a desenvolver sentimentos positivos por seu captor. Você acha que é isso que está acontecendo aqui?"
Ela mordeu o lábio, pensativa. "Acho que sim. Eu deveria te odiar, deveria querer escapar, mas há momentos em que sinto que você é a única pessoa que realmente me entende."
Peter não se mexeu, mantendo seus olhos nos dela. "E você se sente culpada por isso, não é?"
Ela assentiu, lágrimas brotando em seus olhos. "Sim. É como se eu estivesse traindo a mim mesma."
Ele a puxou para mais perto, permitindo que ela chorasse em seu ombro.
- "Não se sinta culpada, Sophie, minha babygirl - ele riu- O que estamos passando é complicado, mais do que qualquer rótulo ou diagnóstico pode explicar. Estamos navegando por águas sombrias juntos, e isso cria laços que ninguém mais entenderia."
Com o tempo, a ligação entre eles se tornou mais profunda. Sophie começou a participar ativamente dos jogos de dominação, não apenas como uma vítima, mas como alguém que encontrava uma estranha forma de cura na submissão. Peter, por sua vez, começou a ver nela mais do que uma simples presa; ele via uma parceira, alguém que compartilhava sua dor e compreendia seus demônios internos.
Uma noite, depois de uma sessão particularmente intensa de sexo e tortura, eles estavam deitados na cama, exaustos. Sophie virou-se para ele, já sabendo seu nome, seus olhos brilhando na penumbra, ela pergunta "Peter, você acha que algum dia poderemos ser normais?"
Ele riu suavemente, acariciando seu cabelo. "Normais? Não, Sophie. Acho que isso nunca será possível para nós. Mas podemos encontrar uma normalidade em nossa própria escuridão, uma forma de existir que faça sentido para nós."
Ela sorriu, aninhando-se mais perto dele. "Acho que posso viver com isso."
Cada vez que Peter a tocava, ela sentia uma mistura de repulsa e prazer, seu corpo reagindo de maneira confusa aos estímulos extremos. No entanto, com o passar dos dias, algo estranho começou a acontecer dentro dela. Uma espécie de apego e necessidade de agradar a seu captor começou a se desenvolver. O medo persistia, mas uma forma retorcida de afeição começava a crescer.
Peter era meticuloso em seus cuidados. Ele sabia exatamente como manipular Sophie, dando-lhe pequenas recompensas e alívios entre as sessões de dor. Ele a mantinha no limite, um equilíbrio preciso entre o tormento e o consolo, até que ela começou a ansiar pela sua aprovação. Seu novo mundo, por mais distorcido que fosse, começou a fazer sentido de uma maneira que a realidade nunca havia feito.
Peter, por sua vez, estava cada vez mais obcecado por ela. Sophie não era como as outras. Ela era um enigma, uma combinação perfeita de resistência e submissão que ele nunca tinha encontrado antes. Sua dor, suas reações à sua dominação o fascinavam. Ele se via cada vez mais envolvido, investindo mais tempo e energia em moldá-la conforme sua vontade.
Uma noite, depois de pendura-la e fode-la amarrada sob cordas e chicotea-la, Sophie estava deitada nua na cama, o corpo marcado e cansado. Peter a observava, uma expressão de possessividade e orgulho em seu rosto. Ele a segurou contra seu peito e sussurrou:
- Você é minha, Sophie. Minha para sempre.
Ela olhou para ele meio sonolenta, seus olhos refletindo uma mistura de confusão e aceitação. Ela sabia que ele estava certo. Em seu estado mental distorcido, a ideia de pertencimento, mesmo que forçado e violento, começou a soar reconfortante.
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Babygirl XXX
RomanceUma masoquista, um predador...um conto de fadas erótico, um dark romance caótico.