HYACITH

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Sophie acordou cedo naquela manhã, a luz do sol filtrando-se através das grades da pequena janela no porão. Ela se sentou na cama, sentindo o corpo dolorido das sessões anteriores, Sua vagina estava com curativos e estava meio dolorida e inchada, algo que a fez rir. Peter havia saído para o trabalho, deixando-a sozinha por algumas horas. Ela sabia que ele voltaria, mas por enquanto, ela tinha um raro momento de solitude.

Com uma xícara de café na mão, Sophie se sentou à mesa no canto do porão. Seus pensamentos começaram a vagar, voltando ao passado que ela havia tentado esquecer, mas que Peter a obrigava a enfrentar constantemente. Seus olhos caíram sobre uma flor em um vaso no canto da sala - uma Hyacinth. Era uma flor delicada, mas resiliente, uma metáfora apropriada para sua própria vida.

Quando Peter voltou, ele encontrou Sophie ainda sentada à mesa, perdida em pensamentos. Ele se aproximou silenciosamente, colocando a mão em seu ombro. Ela olhou para cima, encontrando seus olhos escuros e intensos. Ele se sentou ao seu lado, um olhar curioso e, pela primeira vez, talvez um pouco de preocupação em seus olhos.

- O que você está pensando, Baby? - perguntou ele, sua voz baixa e controlada.

Sophie respirou fundo, sabendo que este momento viria eventualmente. Ela hesitou, mas finalmente decidiu que estava pronta para compartilhar partes de sua vida que nunca havia contado a ninguém.

- Estou pensando na Hyacinth - disse ela suavemente, seus dedos brincando com a borda da xícara de café. - E no porquê de eu odiar tanto esse nome. Me lembra de uma pessoa que representava a única forma de amor em minha vida.

Peter inclinou a cabeça, intrigado.

- Conte-me mais, Sophie. Quero saber tudo sobre você.

( como se já não soubesse)

Ela suspirou, sentindo um peso enorme em seu peito.

- Meu nome completo é Sophie Hyacinth maddox . Eu nunca gostei do meu nome do meio porque sempre me lembrou de minha mãe. Ela adorava hyacinths, Ela era a única pessoa que eu realmente me amava, a única que me entendia. Quando ela morreu, tudo desmoronou.

Sophie fechou os olhos, revivendo memórias dolorosas.

- Eu era muito jovem quando minha mãe morreu. Ela era meu porto seguro, minha única fonte de amor e conforto. Quando ela se foi, fiquei sozinha com meu pai. Ele não era um homem bom, Peter. Ele bebia muito e me batia. Ele me trancava no porão por dias, sem comida ou água. Ele dizia que eu era a causa da morte da minha mãe, que eu era uma maldição.

Peter ouviu em silêncio, seu rosto uma máscara de concentração. Sophie continuou, as palavras fluindo como se uma represa houvesse se rompido.

- Quando meu pai finalmente desistiu de mim, ele me deu para a adoção. Eu pensei que minha vida melhoraria, mas estava errada. Fui adotada por uma família que parecia perfeita por fora, mas que era tão quebrada quanto eu. Eles me tratavam como uma estranha, uma intrusa. Eu era a filha adotiva que nunca se encaixava, sempre à margem, sempre invisível.

Ela parou, os olhos fixos em um ponto distante na parede.

- O Sr. Harris, meu pai adotivo, era um monstro disfarçado. Ele vinha ao meu quarto à noite e fazia coisas horríveis comigo. Ele me estuprou, Eu estava tão fraca, tão magra, que não conseguia lutar. Eu sentia nojo de mim mesma, mas também uma estranha sensação de aceitação. Talvez eu merecesse aquilo. Talvez fosse o que eu estava destinada a sofrer.

Peter fechou a cara com raiva com o que tinha ouvido, mas respirou e se conteve, acariciou seu cabelo, um gesto de possessividade e consolo ao mesmo tempo.

- E foi assim que você começou a encontrar prazer na dor? - perguntou ele, sua voz suave e controlada

Sophie assentiu lentamente.

- Sim. Depois de fugir daquela casa, eu vivi nas ruas por um tempo. Eu me machucava para sentir algo, qualquer coisa. A dor física era um alívio em comparação com o vazio emocional. Eu carregava lâminas comigo e cortava minha pele, observando o sangue escorrer, sentindo a dor como uma forma de controle. Era a única coisa que eu podia controlar na minha vida.

Ela olhou para Peter, seus olhos cheios de uma estranha mistura de tristeza e aceitação.

- Quando você me trouxe aqui, pensei que seria o meu fim. Mas de alguma forma, a dor que você me inflige é diferente. Você me força a confrontar meus demônios, a enfrentar meu passado. É uma tortura, sim, mas também é uma forma de cura.

Peter a puxou para mais perto, seus olhos ardendo de uma intensidade sombria.

- Eu sabia que você era especial desde o momento em que te vi, Sophie. Você é forte, mais forte do que qualquer um que eu já conheci. E agora, você é minha. Só minha, minha babygirl. eu vou cuidar de você, princesinha moldá-la, restaurá-la, destui-lá e juntos, vamos explorar os limites da dor e do prazer.

Sophie fechou os olhos, agarrada nos braços dele, sentindo-se estranhamente aliviada por finalmente ter compartilhado sua história. Ela sabia que seu caminho à frente seria difícil e doloroso, mas pelo menos agora, ela não estava mais sozinha. Com Peter, ela encontrou um sentido distorcido de pertencimento, uma conexão que, por mais macabra que fosse, a fazia sentir-se viva. Sophie apenas queria se render completamente ao seu destino, abraçando a escuridão que sempre a rodeou, encontrando uma forma de redenção na submissão e na dor.

Babygirl XXXWhere stories live. Discover now