Prólogo

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Nossa história começa séculos no passado, antes da divisão dos reinos e dos continente, quando nem mesmo o sol estava em seu auge, o mundo que conhecemos hoje era resumido em sombras e medo, criaturas monstruosas andavam pela terra livremente, criaturas feitas de trevas e sede de sangue, com aparência de feras peludas com vários espinhos em suas costas e sangue em suas garras e presa, os skygger mal conseguiam ser vistos, apenas seus olhos laranjas no meio das trevas, o nosso mundo quase conheceu seu fim v pelas mãos dessas criaturas indomáveis, até que um sopro de poder, que vagava pelo universo muito além do nosso sol, deu origem a uma vida, um ser, feito de puro poder, aquele que seria conhecido como o senhor da luz e progenitor do fogo, Gud, ao ver toda aquela destruição causada pelos skygger e o medo nos rostos dos outros seres que ainda restavam em nosso plano, usou seu poder para gerar seres que ainda restavam em nosso plano, usou seu poder para gerar algo de poder infinito, algo que transmitia coragem e fé para o coração dos seres mundanos, a primeira chama, uma fonte de poder tão grande que fez os skyggers marcharem de forma desesperada para as profundezas, bem abaixo do plano infernal, o abismo, único local que a primeira chama não tinha poder.
Após o surgimento da primeira chama, os seres do plano terrestre prosperaram durante séculos, adorando gud como seu salvador e senhor da luz, porém gud se sentia solitário em seu plano celestial, então, durante uma de suas visitas ao plano terreno, conheceu aquela que os humanos chamavam de oraculo, uma mulher de pele amorenada e olhos dourados, com uma longa trança que descia de sua cabeça até seus tornozelos, aquela com quem ele já havia se comunicado mesmo sem saber, Franttid tinha a habilidade de se comunicar com a chama de uma maneira que nem mesmo o próprio gud conseguia, através de seus balanços e sibilar da chama Franttid era capaz de ver o destino da chama, tudo o que ela tinha a mostrar, até mesmo seu próprio fim.
Com o tempo Gud se apaixonou por Franttid, que aceitou
seu amor, e justos acenderam de volta ao plano celestial, onde a primeira chama acolheu franttid como uma amiga de longa data, mostrando a ela ainda mais do que jamais havia mostrado, se tornando daquele momento, até seu fim, pelas mãos de um de seus filhos, A senhora do destino, a única capaz de entender as histórias que a primeira chama contava, todas elas, até mesmo essa aqui.
Anos após sua Ascenção Franttid deu à luz a seu primeiro filho, Umacriança de olhos dourados, que desde sua infância se mostrava um símbolo de coragem quando viajava com sua mãe ao plano terreno, enfrentando perigos que até mesmo guerreiros adultos não

enfrentavam, aos 17 anos terrestres, Krig, enfrentou sozinho uma
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criatura criada pelo abismo, capaz de aguentar o poder da chama por um curto período, mas dado a seu poder e tamanho, esse curto período se transformaria em uma eternidade de dor e sofrimento, mas Krig, com apenas sua coragem, tão afiada quanto sua lança, enfrentou e derrotou a criatura, se tornando, daquele dia em diante, o Senhor da coragem para os habitantes do plano terreno. Com os anos, Krig ganhou irmãos e irmãs, como Skat, que além de irmão também era melhor amigo de Krig, se tornou o Deus da caça e dos arqueiros Dio senhor das festas Sibra senhora dos ventos e dama dos viajantes, guiando os perdidos com uma brisa, e afastando os perigos com uma ventania, porém, enquanto todos festejavam com seus irmãos, Franttid, que conhecia a história do mundo, e o fim do mesmo, estava inquieta, ao longe das festividades, em seu isolamento, pensava sobre o destino e sobre a profecia que receberá, questionando pela primeira vez a primeira chama, como uma de suas crianças, que ela cresceu com tanto carinho e respeito, tiraria sua vida, esse pensamento a corroía por dentro, e aos poucos a afetava da primeira chama, tentava não pensar sobre mas o pensamento invadia sua mente como ervas daninhas invadem um jardim repleto de rosas.
Por mais que não conseguisse se afastar de seus pensamentos, alguém a fez se afastar, seu filho mais novo, Um jovem deus de aparência militar, ombros largos e olhos que refletiam tanto o dourado de sua mão como o vermelho dos olhos de seu pai, com longos cabelos brancos, devido as cinzas das guerras que o mesmo encerrou, assim como as que causou, Karmus, irrompeu para a sacada do panteão, com visão de todos os planos alcançados pela chama e os que não "O que lhe perturba mãe?" Karmus disse com sua voz calma e objetiva como sempre, como uma confiável espada,
" Assim como todas as vezes, o destino me preocupa meu filho" Franttid disse enquanto observava o plano terreno " O mesmo que já me afasto de várias encruzilhadas, mostrando o caminho correto, dessa vez me levou diretamente para a maior delas" Karmus percebeu o peso nas palavras de sua mãe, a dúvida, e até mesmo o medo, algo que nunca havia sentido em sua mãe, Franntid continuou
" Após o início do sono de seu pai, a chama se mostra inquieta, como se fosse apenas uma vela no meio de uma tempestade, temendo pelo próprio destino, à apenas um sopro de seu fim", " Me perdoe mãe, mas o que isso tem a ver com o sono de meu pai? Ele nos disse que iria adormecer para se preparar para a grande mudança que a senhora previu" A voz de karmus agora era quase tão afiada quanto a lâmina que ele carregava sem suas costas, "Eu sinto que a mudança que previ, tenha chegado mais cedo que o previsto, as velas deles foram acesas, assim como a sua e de seu irmão Krig, meu filho" Ao ouvir isso a feição preocupada de Karmus desapareceu, e deu lugar a uma feição de questionamento " O que isso significa mãe? Qual o
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meu papel nessa profecia?" "As fagulhas do destino nunca são claras meu filho, mas você terá papel importante nessa história, apenas temo qual o seja" Karmus percebeu a distância, algo que assustaria qualquer deus, que não estivesse esperando, qualquer um, menos
Karmus, uma sombra cobrindo por instantes a primeira chama, como se o próprio abismo tivesse se moldado em uma figura, tão poderosa quanto o próprio Gud, porém, essa visão não amedrontou Franttid, apenas deu a ela a resposta que ela tanto buscava "Você envenenou seu pai, e o fez adormecer antes do momento, porque?" Karmus
fechou a porta da sacada e se posicionou ao lado de sua mae suafeição, calma, como se tudo tivesse acontecido como ele havia planejado "Os seres do plano terreno esqueceram seu lugar mãe, esqueceram o valor de suas vidas e de nossos esforços para mantê-los em segurança, começam guerras apenas por capricho, matam sem remorso nenhum, e meu pai apenas assistia, assim como todos nós, sou o único que faz algo" Franttid interrompeu "Suas guerras, mesmo que por motivos nobres, apenas intensificam esse comportamento deles, devemos deixar que eles entendam por si mesmos, aprendam com seus erros, assim como eu aprendi", " E DEIXAR QUE ESQUEÇAM SEU LUGAR?" Karmus gritou, "Esses vermes não são dignos da liberdade que demos a eles, eles tem que aprender, e VAO, mas do meu jeito, meu pai temia meu julgamento e se opôs a mim, então coloquei o velho para dormir, ter um descanso adiantado", "Então, se alia ao abismo, com o objetivo de mostrar aos seres terrestres seu devido lugar?, assassinando e causando a possível maior guerra de todas, indo contra tudo que você defende, esse é seu plano meu filho?" Franttid apesar de tudo, parecia calma, com os olhos marejados, mas não com medo de seu destino, mas sim por achar que havia falhado como mãe " Não posso permitir, libertar o abismo resultara em uma guerra que nem você pode vencer", "Não será uma guerra mãe, farei questão de que se torne um massacre" antes mesmo que Karmus terminasse a frase, sua espada já havia atravessado o coração de sua mãe, que caiu entre os planos, um a um, enquanto via as velas dos escolhidos da chama se acenderem, enquanto a sua se apagava, Franttid caiu no abismo, e com aquilo, o abismo se ergueu, criaturas subiram ao panteão para a sacada onde Karmus se encontrava, agora com sua armadura prata com detalhes em vermelho, as criaturas pararam em sua frente, como se aguardassem um comando, Karmus sem nem mesmo se mover, ainda olhando o horizonte entre os planos disse " Não deixem nenhum de meus irmãos escapar, eles não entendem" seu olhos cheios de ódio.

A mitologia de Karmus - A primeira chamaOnde histórias criam vida. Descubra agora