CAPÍTULO 14

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notas da autora: Decidi começar esse capítulo pedindo desculpa para vocês pela demora... Minha rotina está uma LOUCURA, é artigo de faculdade, estágio; simplismente uma montanha russa! Prometo não demorar tanto quanto demorei dessa vez para atualizar. Mas também não queria entregar "qualquer coisa" para vocês. Esse capítulo é curtinho, mas o próximo promete! Espero que me perdoem. 🤧🫶🏽

...

Não devia… Mas por que parecia tão certo? Por que não queria encher o tight-end de murros dessa vez? Notou o olhar de ressentimento do atleta quando ela o expulsou do veículo, algo morreu dentro dela naquele momento. Mas o que deveria ter feito? Sua consciência estava deveras pesada, não era justo.

Ainda em meio às lágrimas, dirigiu para seu apartamento. Uma mão segurava o volante enquanto a outra tocava os próprios lábios, trêmulos, a mesma mão fora usada para secar as lágrimas que insistiam em cair. Odiou ter amado aquilo.

Jogou sua bolsa de academia no chão do quarto, depois de pegar o celular. Pensou em ligar para Blake, mas sinceramente? Não estava pronta para assumir em voz alta que havia traído Joe. Se sentia péssima.

Tirou as roupas com extrema rapidez, se enfiando na água gelada. Não se importou de molhar os fios loiros, deixou que a água escorresse molhando cada pedaço de si. As lágrimas se misturavam com a água que escorria, a culpa lhe corroendo por dentro. Não podia mais fingir, tinha gostado tanto daquele maldito beijo,.. Como iria ser agora?

Definitivamente não sabia o que estava sentindo, mas sabia o que não devia sentir.

Que não se sentia péssima por Joe, se sentia péssima por não sentir remorso, por não se arrepender do que fez.

Estava agora debaixo da água gelada, sequer se deu ao trabalho de esperar a temperatura do chuveiro aumentar, apenas permitiu que a água escorresse dos fios loiros até a ponta de seus pés, como se pudesse lavar Travis Kelce de si. Ali em meio a água, que agora já estava morna, permitiu gritar, colocar para fora tudo que sentia em meio a um estrondoso grito. Suas cordas vocais tremiam, sua garganta doía e sentia como se estivesse rasgando. Explodindo, de dentro para fora.

Agora se encontrava sentada na cama, os fios loiros ainda úmidos, uma camiseta que era o dobro de seu tamanho e um shorts de dormir. A tela de seu celular brilhava nas últimas mensagens enviadas pelo seu namorado.

“ Oi, querida. Ando muito ocupado atualmente, espero que esteja tudo certo por aí. Não irei conseguir viajar esses tempos para os Estados Unidos, então a gente provavelmente só irá se ver no final de setembro, ou início de outubro. ♡u ”

Nada. Não sentia absolutamente nada com aquela patética mensagem. Mas ao mesmo tempo analisava em demasia, eram 6 anos de relacionamento, era uma história juntos, não podia - podia sim, apenas não tinha coragem para tal - acabar com tudo de uma vez.Tentou deitar na cama para dormir, mas sempre que fechava os olhos o sorriso ladino só atleta rondava sua mente. Como ele podia mexer tanto com ela?

Se levantou, sendo seguida por Olivia até a cozinha. Pegou uma das garrafas de vinho tinto que guardava como estoque; com um saca rolhas, abriu a garrafa, levando aos lábios e dando o primeiro gole de muitos que ainda estavam por vir. Se dirigiu para a sala, sentando de pernas cruzadas no tapete, a pequena bola de pelos em seu colo.

— Aí Oli… – sussurrou, fazendo carinho na felina enquanto levava a garrafa aos lábios, ingerindo a bebida que deslizava harmoniosamente para seu interior — Ele é tão… idiota – torceu o nariz, e quando a gata começou a ronronar, soltou uma risada — Tudo bem, eu não acho ele tão idiota assim… Talvez só um pouco. Mas é que, eu me sinto tão estranha, céus parece que tem uma força estranha que me puxa pra ele. Eu fiz uma coisa tão errada… Olha eu vou te contar, mas você vai ter que jurar segredo – sussurrou a última parte, erguendo a sobrancelha enquanto a gata a olhava impaciente — Eu beijei ele – a voz saiu quase inaudível — E foi tão… Caralho, eu não queria ter parado, e ele retribuiu, sabe? Ele me beijou de volta! Então acho que talvez ele não me odeie tanto assim – murmurou, a garrafa novamente em contato com os lábios — Sabe? E pareceu tão… Certo. Até eu lembrar do Joe – nesse momento, logo após escutar o nome, a pequena gata miou em protesto, claramente insatisfeita. Se levantou do colo da loira e foi para o quarto — Tudo bem eu falo sozinha – resmungou, bebendo o resto do líquido daquela primeira garrafa.

[...]

Estava com raiva. Não dá mulher. Mas sim de si mesmo, de ter ido além do que deveria. Droga, ela era uma mulher comprometida, sim? E ainda era sua fisioterapeuta, não que existisse algum tipo de regra que proibisse de fato o relacionamento, mas definitivamente não era algo profissional.

Tinha um misto de sentimentos em relação a Swift, não podia negar. Aquela loira havia fodido com sua mente, era um fato.Não lembrava da última vez que havia sentido tanto com apenas um beijo, e não se referiu apenas em relação ao tesão, havia uma conexão inexplicável entre eles. Algo sobre Taylor Alison Swift definitivamente irradiava algo no tight-end. Afeto, talvez?

Passou as últimas semanas jurando a si mesmo que apenas tolerava a convivência com a mulher, mas quem ele queria enganar? Estava encantado.  A forma como ela falava sobre si mesma, sobre seus sonhos e ambições, sobre o motivo de ter escolhido aquela profissão. Tudo fazia o coração do atleta dar pequenos saltos; então era assim a sensação de estar fascinado por alguém?

Até mesmo a forma como ela o beijou era diferente, como se em um mundo com bilhões de pessoas, os lábios dela fossem os únicos capazes de tirá-lo de órbita. E talvez fossem os únicos mesmo.

Taylor era diferente de qualquer outra mulher que ele tivesse conhecido na vida, ela era inteligente, engraçada, extremamente bonita e tinha a resposta para tudo na ponta da língua – o que tornavam as pequenas discussões entre eles ainda mais divertidas na perspectiva do atleta. Certo, ele não poderia negar mais, estava mesmo interessado naquela confusão toda.

Há essa altura já havia ido para seu quarto que ficava no andar de cima - tomando cuidado para não forçar o tornozelo em demasia - e tomado um banho caprichado, queria tirar qualquer vestígio da loira que pudesse estar impregnado em seu ser, falhou nessa missão. Tinha acabado de enrolar a toalha ao redor da cintura quando escutou batida vindas do andar de baixo, franziu a testa em confusão. Quem poderia ser em meio há uma tempestade daquelas? Não havia convidado ninguém, Ross tinha a chave de casa e além do mais, o rapaz disse que só viria pela manhã.

As batidas não paravam, então ele desceu ainda com a toalha envolta do corpo. Olhou no relógio pendurado na cozinha americana, eram quase três horas da manhã. Iria olhar na câmera de seguranças mas, seja quem for que estivesse do outro lado, não parava de bater nem por um segundo.

Abriu a porta, deparando-se com a figura loira molhada da cabeça aos pés, absolutamente encharcada, ele franziu a testa em confusão.

— Eu não consegui dormir, então eu fui correr – os lábios dela estavam trêmulos e levemente roxos pelo frio — Então quando eu fui perceber, estava aqui.

><

The Last Great American Dynasty Onde histórias criam vida. Descubra agora