CAPÍTULO 13

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Com a chave na ignição, pronta para dar a partida no veículo, avistou o homem de quase dois metros de altura se aproximando mancando devido a faixa que usava no pé, se questionava se a muleta ainda era mesmo necessário, mas não iria apressar o tratamento apenas porque ele estava apresentando uma evolução surpreendente, revirou os olhos quando notou o sorriso convencido nos lábios do rapaz, porque ela sempre tem um desejo descomunal de soca-lo no meio da cara?

— Então a senhorita vai me dar carona até em casa? – falou assim que entrou no veículo, observando o novo figurino da mulher. Uma blusa cinza que era o dobro de seu tamanho cobria o top lilas que antes ela fazia uso, os fios loiros agora não estavam mais em um charmoso rabo de cavalo e sim em um coque desleixado, mas ainda assim adorável. Colocou a muleta no banco de traz e ajustou o banco para ficar mais  confortável para sua altura.

— Só fica calado – não olhou na direção do tight-end, apenas deu a partida no carro e deu a ré.

Taylor tem muitos talentos, mas definitivamente dirigir não está dentre as coisas que a mulher pode se orgulhar. Não que para ela fizesse alguma diferença, se considerava uma ótima motorista. Entretanto para o atleta ao seu lado… Digamos que rezar pela própria vida era o que ele estava fazendo desde que saíram do estacionamento do Arrowhead.

— Você disse lá naquele momento extremamente adorável depois de me jogar no chão – ele fez uma pausa, observando a mulher o olhar pelo canto do olho — Hum, disse que não era mais para eu te tocar sem permissão, então é só eu pedir? – perguntou fingindo uma certa inocência. A mulher desgrudou o olhar da estrada, o encarando incrédula — NÃO NÃO,  para estrada, olha para a estrada – ele suplicou, firmando um mão na porta.

— Você é idiota ou quê? – resmungou — Não consegue passar uns minutinhos calado? Parece que engoliu uma vitrola.

— Perdão, senhorita silêncio em primeiro lugar – levantou as mãos em sinal de autodefesa — Tem como passar naquela lanchonete com o donut enorme na frente? Essa experiência de quase morte está me causando fome – se referiu a estar andando de carro com a mulher.

— Você está ganhando carona e ainda se acha no direito de fazer solicitações? – Questionou, tentando segurar o sorriso que brotava em seus lábios enquanto acelerava o veículo, não resistindo e soltando um pequeno riso disfarçado ao ver o semblante nada confortável do tight-end com a habilidade - ou a falta dela - da mulher no volante — Só vou aceitar porque eu estava mesmo querendo passar lá para pegar alguma bebida.

O trajeto até a tal lanchonete não era nem um pouco distante, em uma média de oito minutos já estavam no drive thru da lanchonete.

— Pensei que íamos entrar, sentar e comer.

— Nem se eu estivesse louca – ela fez uma careta — Me recuso a passar mais tempo do que o necessário perto de você.

O jogador levou a mão ao peito, como se estivesse ofendido, e antes que ele pudesse a retrucar de alguma forma, a vez deles de serem atendidos chegou. A fisioterapeuta pediu apenas um frappuccino de 500ml, estava viciada na bebida, em contrapartida, o atleta pediu uma caixa com 12 donuts de diferentes sabores, seis com recheio interno e seis apenas com cobertura, além de um cappuccino de apenas 300ml.

— Não sabia que tanto donuts fazia parte da sua dieta – alfinetou, fazendo o tight-end apenas rir.

— Você sabe como é, tenho que manter a forma – devolveu, dando uma piscadela para a mais nova.

Não demorou muito e seus pedidos foram entregues, Taylor tomou todo o cuidado para colocar as bebidas no porta copos do carro para que não corresse risco de derramar, enquanto o atleta estava pronto para abrir a caixa.

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