❥⁠˙| 𝐂apítulo 4; 𝐌isterioso Homem

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— Nana! — Seiko gritou chamando a minha atenção. 


— Já estou indo! 


 Me levantei da grama, e peguei a pequena cesta que havíamos pegado na casa da garota. Nós estávamos na entrada da floresta que ficava bem perto do grande lago, mas não chegava a ser a mesma onde a mãe de Seiko havia sido encontrada, esta ficava perto da cabana da montanha, e ninguém sequer ousava pisar lá. 


— Tem certeza que são essas? — Perguntei enquanto me aproximava, e sentava perto da garota. 


— Vejamos, tem folhas verdes, as flores são brancas, e o broto é amarelo. — Seiko disse arrancando delicadamente as ervas. — É impossível que não seja elas. 


 Assenti e passei a observar a paisagem ao nosso redor, havia acabado de anoitecer, o som de corujas podiam ser ouvidas ao longe. Nós estávamos procurando ervas à umas duas horas, pois Seiko tinha prometido ao curandeiro do vilarejo que iria colher algumas dokudames na floresta, logo pela tarde. A dokudame é uma erva medicinal bastante usada no Japão, o chá dela serve para curar todos os maus, e principalmente para tirar toxinas que estiverem presentes no corpo. É algo realmente bem útil de se ter em situações extremas. 


— Acha que temos o bastante? — Perguntei querendo voltar o mais rápido possível para tomar um banho. 


— Sim. 


 Ela se levantou, e seus cabelos negros como a noite se bagunçaram por conta de um vento repentino, forçando ela a amarrar o mesmo. Peguei a cesta cheia de dokudames, e me levantei para começar a seguir um caminho até o vilarejo. 


 Folhas caiam serenamente das árvores, e a lembrança de uma conversa que tive com a Shizu, me veio a mente. Shizu me disse que antes de ser vendida para a casa Kohji, ela costumava subir uma colina, onde no topo era repleto de árvores grandes com flores rosas que caiam constantemente, ela dizia que a vista era linda... Eu sinto muito Shizu, se o destino não tivesse lhe amaldiçoado, você ainda estaria aqui, você e eu estaríamos provando dessa liberdade juntas. Respirei profundamente tentando me acalmar, pensar na morte da minha melhor amiga não vai me ajudar agora, tudo o que posso fazer é honrar ela enquanto eu estiver viva.  


 Quando me dei conta, nós já estávamos bem perto, estávamos atravessando a grande ponte que interligava a floresta, e o vilarejo quando avistei ao longe uma pessoa conhecida. Giyu Tomioka estava falando com o senhor Nakazo em frente a casa do curandeiro do vilarejo, ambos pararam de conversar quando perceberam a nossa presença. 


— Já voltaram? — O velho senhor perguntou com certo alívio. 


— Sim papai, para a nossa sorte, as dokudames estavam na entrada da floresta não muito longe daqui. — Seiko o respondeu. — O senhor hashira está de volta? 


— Sim, estive matando alguns onis por perto. — Giyu tomou a iniciativa antes de Nakazo responder a filha. — E acabei sabendo que um pouco longe daqui existe uma floresta repleta de aranhas, e onis do mesmo tipo, mas alguém já os matou lá. 

𝐌𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐑𝐄𝐃𝐄𝐍ÇÃ𝐎 ❥ 𝐃𝐎𝐔𝐌𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora