Capítulo 7: Sentimento maldito

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Min-ji POV

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Min-ji POV

Nunca pensei que pudesse me sentir tão imprestável e insegura ao longo da minha vida. Noiva. Ele tem uma noiva.

Não aguento ficar mais que meia hora nesse jantar belíssimo e delicioso porque é insuportável ver ela me perguntando coisas e questionando sobre a minha vida toda sorridente porque provavelmente não faz ideia de quem sou eu.

Fujo para longe do acampamento e para longe da direção da fronteira, me sentando em cima de uma grande pedra e verificando se ninguém tinha vindo atrás de mim. Avisto apenas Yeon-Hee ao longe e ignoro totalmente quando enfio o rosto entre as pernas e choro feito uma tola.

Não choro por amá-lo, amar esse cara é tolice. Mesmo que eu ainda carregue esse sentimento.

Choro por ter ido contra minhas próprias regras e aceitado tão pouco. Ele pode ter tudo o que quer na vida, é um capitão do exército sul coreano. Uma honra e um poder imenso nas mãos.

Agora eu entendo porque ele nunca quis. Para ele o problema era eu, meu sobrenome, minha tentativa de pegar uma residência boa num hospital nomeado. Uma mulher como eu na Coreia é considerada apenas alguém pobre que trabalha para sobreviver.

Diferente dele e do que ele viveu a merda da vida inteira.

— Min-ji — minha melhor amiga se senta ao meu lado e esfrega meus ombros. Solto um suspiro irritada. Muito irritada. — Eu sinto muito. Não fazia ideia.

— Você acha que eu fazia? — devolvo rude pra ela. Yeon-Hee me conhece o suficiente para saber que as vezes não penso antes de falar. — Esse é o pior tipo de homem pra se meter. E eu peguei o pior dos piores e ainda esperei dele algo de bom.

— Ele escondeu tudo de você — minha amiga sussurra, mas parece igualmente brava conforme gesticula. — Tudo. Porque? Não faz sentido!

— Ele disse que queria só sexo no início. Mas depois ficamos por tanto tempo que pensei que ele poderia mudar de ideia — enxugo minhas lágrimas com força o suficiente pra me arranhar. — Tola. Eu fui tão tola. E o pior é a noiva dele ser uma mulher simpática como essa. Antes fosse nojenta e ficasse calada!

— Eu sei — Ela concorda e a encaro no escuro, árvores e mais árvores a nossa frente com a cidade logo lá embaixo. Muito distante, infelizmente. — Isso é péssimo.

— Ele tem vergonha de mim — meus olhos ardem. — Agora eu entendo. Agora eu sei. Taehyung tem vergonha de mim, do meu nome, não sou ninguém na sociedade — sorrio baixo. — Uma Kang. Até parece que poderia se comparar com uma Choi ou com uma Jeon ou qualquer merda que pudesse estar acima da sociedade coreana comum.

— Realmente acha isso? — minha amiga encosta o rosto em meu ombro mas evito o contato e me levanto. Ao contrário dela estou fugindo de contatos físicos nesse momento. Meu coração acelera e uma bomba de ar invade meus pulmões me obrigando a respirar cada vez mais rápido, a dor do meu peito indica a falta de ar.

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