Kim Taehyung não acredita no amor e era justamente por isso que todo momento que via Min-ji tudo que desejava era o corpo dela, mas Min-ji tinha ido muito além disso. Tinha se apaixonado mesmo que ele nunca quisesse sair com ela, mesmo que todos os...
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Taehyung POV
As próximas madrugadas chegaram rápido. Minhas pálpebras pesavam, mas a missão exigia foco. O céu ainda estava escuro quando nos reunimos para os últimos preparativos.
Tentei ignorar o fato de Min-ji estar me ignorando e tentando ignorar o ciúme ridículo toda vez que vejo ela e o Major conversando. Ele tinha ficado só pra inspecionar a situação, mas estava demorando mais que o previsto.
E na tenda, a tensão era palpável, e cada rosto refletia a gravidade da situação.
— Vamos repassar o plano mais uma vez — comecei, projetando a planta da construção na tela. — Hyung-Sik, você liderará a equipe de infiltração pelo flanco esquerdo. Song, você e sua unidade ficarão no perímetro sudoeste, prontos para cobrir qualquer retirada. Eu e a equipe principal vamos pelo centro. O drone monitorará tudo do alto.
Todos assentiram, e as conversas sussurradas cessaram. Coloquei o capacete e ajustei o colete tático. O peso das armas era reconfortante, um lembrete de que estávamos preparados para qualquer coisa. Quarenta minutos depois saio da tenda avistando o grupo de médicos logo ali perto, devidamente fardados, se preparando.
— Médica Min-ji, preciso que se prepare — encaro seus olhos brilhantes e sérios em minha direção. A maneira que me olha não tem raiva, pelo contrário, nada há além de determinação. De salvar a vida das pessoas que vão chegar. — Estejam prontos para recebê-los, a maioria deve precisar de nutrientes mas há alguns feridos. Não sabemos que tipo de ferimentos podemos encontrar.
Como uma verdadeira médica ela só balançou a cabeça.
— Estamos preparados, Capitão.
Notando que não havia mais nada que pudesse ser dito, mesmo que Lia já tivesse me dado um boa sorte desejei escutar aquilo dela.
Sendo inevitável recordar de quando tinha que sair as pressas de seu apartamento com a mochila nas costas pra um lugar onde ela nunca sabia, porque era covarde demais pra falar, prevenindo meu trabalho e alimentando as expectativas dela. Boa sorte, Tae era o que sempre gritava da janela.
Eu tinha evitado isso. Tinha escondido ela do mundo como se não merecesse ser vista.
Voltei para perto do grupo de soldados assumindo a posição nos aproximando cada vez mais do território inimigo e tentando esquecer os olhos dela, nos movemos em silêncio absoluto, cada passo calculado para não fazer barulho. A escuridão nos envolvia, mas nossos óculos de visão noturna transformavam o mundo em tons de verde.
O drone estava a 300 metros acima, invisível e vigilante.
A construção apareceu à nossa frente, exatamente como nas imagens. Paredes pretas, porta marrom. Sinais de vida se moviam nas janelas. Sinalizei para minha equipe parar. Mesmo com cada mínimo movimento, é notável que os soldados norte coreanos estão tão preparados quanto nós.