Capítulo 17: Uma última esperança

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Min-ji POV

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Min-ji POV

Eu mal conseguia processar as palavras de Taehyung. Meu coração martelava no peito, a respiração se tornava cada vez mais difícil. As revelações dele sobre o casamento com Lia, sobre seus sentimentos... Tudo se mesclava com o caos ao meu redor. Cada ruído, cada explosão lá fora, parecia ecoar dentro de mim, intensificando o medo que já me consumia.

O rosto dele estava gravado em minha mente. A forma como seus olhos intensos, sempre tão controlados, pareciam finalmente desmoronar, me atordoava mais do que qualquer coisa.

Eu não sabia o que fazer com essas novas informações, não sabia como reagir. Ele havia sido tão sincero, tão vulnerável... Mas agora, tudo estava se desintegrando.

O som das armas se aproximava rapidamente, interrompendo qualquer linha de pensamento que eu tentava seguir. Eu sabia que o ataque era iminente, mas não estava pronta. Eu precisava de tempo para entender tudo, para organizar meus sentimentos, mas o mundo ao meu redor não estava me dando essa chance.

O grito de um soldado ferido me trouxe de volta à realidade com força. A urgência da situação me puxava para longe da confusão dentro da minha mente, forçando-me a focar no que realmente importava no momento: a sobrevivência.

Corri em direção às tendas médicas, onde os feridos estavam sendo trazidos um a um. O cheiro de sangue, o som de gemidos e ordens gritadas se misturavam em um turbilhão de caos. Eu me abaixei ao lado de um refém sul-coreano ferido, tentando estancar o sangue que escorria de uma ferida profunda em sua perna. Suas mãos tremiam, e seus olhos estavam arregalados de medo, refletindo o que eu sentia por dentro.

— Vai ficar tudo bem — sussurrei, tentando tanto acalmá-lo quanto a mim mesma. Mas minha voz saiu fraca, pouco convincente.

De repente, senti uma presença às minhas costas. Virei-me a tempo de ver um soldado norte-coreano se aproximando rapidamente. Seu olhar era frio, calculista, e eu soube imediatamente que ele não estava ali para salvar ninguém.

— Não! — gritei, quando ele agarrou meu braço com força, me puxando para longe do refém. Tentei lutar, resistir, mas ele era mais forte. Minha mente estava em pânico. Tudo o que consegui fazer foi gritar, — Taehyung!

A dor irradiava pelo meu braço enquanto ele me arrastava para longe das tendas. O soldado não mostrava nenhuma emoção, como se eu fosse apenas um objeto a ser manuseado. Tentei me debater, chutar, mas ele simplesmente apertou mais, me imobilizando.

— Você acha mesmo que ele vai vir te salvar? —  A voz dele era carregada de desprezo, quase divertida. — Ele não se importa. Ninguém se importa.

As palavras dele cortaram mais fundo do que qualquer faca. Uma parte de mim sabia que ele estava tentando me quebrar, destruir qualquer esperança que eu pudesse ter. Mas era difícil não acreditar nele, mesmo que apenas por um momento.

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