7. Nós já nos conhecemos...

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**•̩̩͙✩•̩̩͙*˚ 𝐸𝑚 𝟐𝟎𝟎𝟓...˚*•̩̩͙✩•̩̩͙*˚✶

Um garotinho que parecia ter 7 anos estava num banquinho no parquinho na frente da escola, esperando seus pais chegarem para o buscar.

Ele estava totalmente sozinho lá. Não que ele se incomodasse muito com isso, mas seus familiares nunca demoravam tanto assim e achou estranho.

Aparentemente todas as crianças já teriam ido embora pra casa. Mas o garoto permanecia lá na escola.

"Por quê?"

"O que aconteceu?"

"Pra quê tanta demora?"

Era isso que passava em sua mente. Estava começando a se preocupar cada vez mais, e se sentir mais ansioso. Tudo estava em silêncio, apenas os cantos dos pássaros sendo possíveis de ouvir.

Mas você se pergunta, não havia nenhum responsável lá para ficar com ele até que fosse embora?

Bom, definitivamente tinha. Mas a única pessoa no mínimo responsável era sua professora de educação física, que odiava.

Aquela mulher obrigava os alunos a correr e fazer movimentos meio bruscos, nem deixando-os descansar por um minuto.

Ah, sem falar do dia em que um dos alunos parecia ter quebrado o braço direito, por ter caído de mal jeito e pisarem nele. Mas aquela professora nem se importou!

Mas enfim, ela estava no pátio ali perto do parquinho guardando os materiais das atividades que fez com os alunos antes.

O garoto continuou esperando, esperando, esperando... E nada ainda.

Mas todo o silêncio quebrou de repente quando ouviu aquela mulher gritando com alguém. Eram ouvidos sons de choro meio baixinhos daquele lado.

Então, o garoto meio curioso e assustado se aproximou lentamente para ver o que estava acontecendo.

E lá estava ele, o garotinho do braço quebrado. Com os olhos cheios de lágrimas e com o rosto meio cuspido por conta dos gritos daquela vagabunda (vulgo professora).

O garoto sentiu uma imensa raiva ao ver aquilo ao vivo, e não se conteu de se aproximar mais.

--O que pensa que está fazendo?! Ele é só um garoto! Não vê o estado dele?

Disse com raiva, segurando a mão do garotinho assustado enquanto olhava para aquela mulher.

Sim, todos sabem que agressão contra professor é muito errado, é crime. Mas idenpendentemente isso também é errado! Qual professor ousaria machucar e ofender uma criança? Que porra é essa?

Então antes que aquela professora ousasse fazer algo, o garoto com semblante irritado puxou o menino pela mão para longe dela, deixando-o num banquinho que havia perto do portão de saída.

-Ela te machucou? Tem algum dodói?

Disse com preocupação, examinando o braço do garotinho.

-Não... Mas o-obrigado por se preocupar comigo..

Respondeu com a voz trêmula, tentando se acalmar e limpar as lágrimas.

O garoto maiorzinho não ficou muito convencido, mas decidiu não demonstrar muita preocupação para não parecer chato.

-Tudo bem, se diz.. Posso saber seu nome?

Disse com a voz mais calma, procurando não assustá-lo.

-É Han Jisung... Por quê a pergunta?..

Levantou a cabeça, olhando para ele.

-Podemos ser amigos? Caso queira saber o meu nome, me chamo Lee Minho. Mas muitos me conhecem pelo apelido Nhonho e Min. Posso te chamar de Jiji?

Disse com um leve sorrisinho no rosto, dando um leve tapinha no ombro do mais novo.

O garotinho assentiu com a cabeça, parecendo ter se acalmado um pouco mais agora.

Mas daí você se pergunta, enquanto aos pais deles? Bem, os Lee estavam com problemas no trânsito, por ser sexta-feira. Já os Han estavam tendo problemas enormes em casa.

Briga de casal?

Não.

Limpeza ou faxina na casa demais?

Não.

Na verdade, a senhora Han estava preparando uma janta para seu filho quando o pai trazesse ele para casa.

Mas, ela esqueceu a comida no fogão e ele explodiu, fazendo com que a casa ficasse em chamas.

Que desastre, tia!

O pai teve que ir a pé para buscar o filho, já que seu fusquinha acabou explodindo também.

Mas acontece que a escola era meio longe, por isso a demora.

E agora em diante, Han teria que começar uma nova vida, e nunca mais veria seu amigo que acabou de conhecer, Minho.

Então, eles se mudaram para a Malásia, e recomeçaram tudo lá.

Mas enquanto a professora? Foi demitida e parou na prisão.

E enquanto a Minho? Ele começava a sentir muita falta do pobre garotinho que havia conhecido. Sempre ficava acordado na hora de dormir, pensando no que havia acontecido.

Gostaria de poder vê-lo novamente...

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