7

457 55 35
                                    

Uma semana se passou desde o acontecimento e nenhum dos dois tocaram no assunto, entretanto, acabaram se aproximando de uma maneira natural, o que estava incomodando certas pessoas daquele lugar. A filha do chefe após ter passado diversas noites no quarto de Toji, criou um sentimento de posse com relação ao rapaz que por sua vez, não se sentia nenhum pouco confortável.

— Poxa gatinho, somente essa noite — Se agarrou nos braços do Fushiguro enquanto o mesmo caminhava em direção ao seu quarto.

— Não, eu não te quero hoje, nem amanhã e nem o restante da semana no meu quarto, Kyoko.

— Porque esta me dispensando? — Se afastou do mais alto com um tom de voz irritado — É por causa da S/n? Eu já falei que ela não pode fazer nada contra nós porque...

— Não, não é por causa da S/n. — Revirou os olhos enquanto tirava as chaves do bolso — Eu não quero transformar o que temos em um compromisso, nem ao menos gosto de você — Deu de ombro.

Kyoko por sua vez, parecia ter levado um tapa na cara. Não era amor o que ela sentia por ele, era ego ferido. Se Toji não a amasse, então o problema estava nele, pois a mesma sentia-se como a mulher mais bela de Shibuya e a mais desejada.

— Tsc, não pode estar falando sério — Ela deu uma risada anasalada com as mãos na cintura.

— Ah eu estou falando muito sério — Debochou — Vaza, antes que eu mesmo vá falar com o seu querido pai do quanto esta sendo inconveniente.

— E o que espera que ele faça? — Abriu um sorriso irônico — Que me demita? Caia na real, o vira-lata é você, quem será chutado para fora daqui será você.

— Olha só, parece que a fedelha colocou as garrinhas para fora após não aguentar levar um fora. — Deu de ombro novamente ao notar que a mesma fechou a expressão — Não vou morrer caso eu perca esse emprego se isso for uma ameaça.

A filha do dono fez uma careta de negação. Acostumada a ter tudo o que queria, achava que uma simples ameaça faria com que o tipo do Toji cedesse aos seus encantos, mas ele estava certo, emprego o rapaz conseguiria em qualquer lugar e mulher também. Dando as costas e saindo de perto dele, o mesmo deu um sorriso satisfeito e desistiu de entrar em seu quarto, trancou novamente de chave e se direcionou até a sala de finanças, sabendo exatamente quem estava lá.

Deu dois toques na porta e foi abrindo aos poucos já que a mesma não disse nada, quando teve sua visão mais clara do local, conseguiu enxergá-la em um canto do cômodo ouvindo música com seus headset enquanto comia um pedaço de bolo. S/n não tinha notado sua presença ainda, então fechou com cuidado a porta e foi caminhando em direção da mulher, puxou uma das cadeiras e se sentou enquanto ela parecia se deliciar de olhos fechados. Quando os olhos da Yamazaki se abriram, ela deu um pequeno pulo na cadeira tossindo após se engasgar.

— Não sei se fico ofendido — Deu dois tapinhas nas costas da mesma.

— Você está doido? Por acaso não sabe o que é bater na porta?

— Eu fiz isso, maluca — Revirou os olhos logo se jogando para trás — Mas você estava ocupada demais saboreando esse troço vermelho.

— É Red Velvet, seu burro.

— Tsc, que nome ridículo.

— Quer um pedaço? — Ofereceu já cortando um pedaço para ele.

— Vai fazer aviãozinho para mim? — Debochou enquanto via uma expressão enojada da mesma e entortando os lábios.

— Não acha que você é grandinho o suficiente para comer sozinho?

— Sim, mas achei que poderia ser uma ótima forma de você me agradecer por ter cuidado de você aquele dia.

𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐌𝐄𝐄𝐓 𝐆𝐀𝐒𝐎𝐋𝐈𝐍𝐄 | 𝐓𝐎𝐉𝐈 𝐅𝐔𝐒𝐇𝐈𝐆𝐔𝐑𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora