𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐌𝐄𝐄𝐓 𝐆𝐀𝐒𝐎𝐋𝐈𝐍𝐄 | 𝐓𝐎𝐉𝐈 𝐅𝐔𝐒𝐇𝐈𝐆𝐔𝐑𝐎

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Depois do que aconteceu, Toji e eu começamos a ficar mais cautelosos com os embates entre nossas famílias. Para dizer a verdade, eles não deveriam se importar com a nossa existência, mas pelo jeito os ancestrais pressentiram nosso envolvimento e os alertaram, assim como eu tinha dito uma vez.

Agora aqui estou eu dentro do apartamento que meus pais deixaram para mim. Não queria ter que fugir para esse lugar, no entanto, não quero correr o risco de um atentado e nem colocar nós em perigo. É até engraçado uma Yamazaki se preocupando com um Zenin, já que eles sempre foram mais fortes que nós.

Toji não sabe que estou aqui e nem que pretendo me mudar, apenas avisei ao meu querido chefe e pedi segredo. Não é como se estivéssemos namorando, ele ainda continua irritante e um cafajeste. Porém, em alguns momentos eu me pego com saudades dos lábios dele colado nos meus e até da sua voz com tom de deboche.

Solto um suspiro pesado após verificar que tudo está nos conformes, pego minhas coisas e começo a mandar mensagem pro mais velho. Queria aproveitar meu último dia com ele e quem sabe preparar alguma surpresa, estamos tendo pouco tempo para conversarmos já que nossos expedientes estão sendo longos e cansativos. Na verdade, a última vez que aproveitamos juntos foi no fatídico dia que minha prima apareceu me ameaçando

*Quebra de tempo*

S/n e Toji estavam deitados após terem passado a tarde toda assistindo filmes e comendo os mais diversos doces. A mulher não sabia como abordar o assunto mudança com ele, mas não era algo complexo já que ela continuaria trabalhando no local. Se ajeitou nos braços do rapaz e ficou de frente para ele enquanto o mesmo a observava.

— Em algum momento você nos imaginou desse jeito?

— Antes de saber que você era uma rival? sim.

— Q-Que? Sério?

— Não, estou zoando — Revirou os olhos imediatamente enquanto ele ria da própria piadinha — Eu nem ao menos me lembrava como era ficar com alguém sem necessariamente precisar transar, imagina se iria prever o futuro.

— Nossa, fiquei até surpresa com essa revelação.

— Sonsa.

— Ofensa gratuita uma hora dessa? Que comovente — Deu uma risada fraca antes de parecer pensar em algo e novamente voltar a falar — Mas Toji... Quando você era casado... Nunca ficou desse jeito?

— Como assim desse jeito?

— Romântico? Olha como estamos... Eu acho um pouco romântico — Fez uma careta e Toji riu.

— Acho que nunca me imaginei me aprofundando demais em um relacionamento com alguém, muito menos com minha falecida esposa, eu nem ao menos sabia o que é estar gostando de alguém pois vivia com receio de ser deixado — O corpo de S/n deu uma estremecida e logo o rapaz se deu conta do que havia dito. Toji havia dito tão naturalmente enquanto se afundava em pensamentos, que ficou surpreso consigo mesmo.

— Gostando? — A voz dela saiu como um sussurro que o fez ficar nervoso.

— Eu apenas disse que nunca me imaginei agir dessa forma. Porque pode ser confundido... Achar que estou gostando da pessoa... — Coçou o queixo enquanto se embolava em pensamentos e tentava desconversar — Mas porque dessa pergunta? Quer dizer que a senhorita já nos imaginava nesse clima?

— Eu te achei atraente logo na primeira vez que nos vimos, isso não preciso esconder — Foi sincera — mas eu não imaginava chegarmos a esse ponto, não depois de saber quem você era.

— Entendo — Tocou o rosto da mulher com cuidado e quebrou a distância que tinha para lhe dar um selinho, ele ainda estava desconcertado — Vai me dizer que esta decepcionada? Não sou de se jogar fora.