8 Brigas

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Rebecca Patrícia Armstrong


Tudo começa a rodar em minha frente, tudo é muito rápido, as três mulheres param diante de mim. – Qual é o teu problema garota? Porque atacou minha amiga dessa forma? – A Loira tenta colocar a mão em meu rosto, mas me afasto.

- Qual o problema de vocês? Quem deu autorização para me tocarem? – Falo irritada e apontando para cada uma delas. – Não pode mais se diverti sem ter alguém te agarrando? Em nenhum momento dei abertura para sua amiga me agarrar e tentar me beijar, bati mesmo e bateria de novo. – Vai querer também? – Dou um passo à frente e consequentemente ela dá um para trás.

- Eu vim aqui para curtir minha noite e vocês estão acabando com ela, eu não gosto de falta de respeito, eu só queria dançar a música e beber um pouco. Vocês como mulheres deveriam entender isso. – Sinto um embrulho no estômago. – Se vocês não tem nada a dizer, acho melhor irem. – Abro passagem.

Até o momento, a escrota que bati, se mantinha calada, então ela se virou para mim com um olhar mortal. – Se você não queria, era só ter falado delícia. – Essa mulher só pode ter problema mental.

- Está precisando de outro tapa querida? – Desdenho de sua cara. – A primeira vez que você me abordou eu te ignorei, ai você veio me agarrando agora. – Sorrio cinicamente para ela. – Então você quer brigar e teu bando veio defender é isso? – Olho desafiadora para cada uma delas.

- Doutora chega de arrumar briga em bar, quer que a gente vá parar no necrotério? – Irin que estava vendo o desenrolar da história, puxa meu braço e sussurra em meu ouvido. – Perdeu a noção do perigo Rebecca? elas são quatro, eu não quero morrer. – Continua em um tom extremamente baixo.

- Então tua namoradinha quer te colocar na coleira hein? – Ela continua me provocando.

Tento me aproximar dela, mas Irin me puxa. – Chega Rebecca. – Ela grita me assustando. – E vocês quatro não se envolvam com minha mulher, cansei dessa discussão besta. – Fala com um tom sério e sai me arrastando.

- Temos que pagar a bebida Irin. – Falo apontando para a parte de pagamentos e ela continua me arrastando para fora.

- Enquanto você estava de showzinho lá com aquelas tonhonas eu paguei. – Ela coloca as mãos na cintura quando penso que ouvirei um daqueles sermão que só Irin sabe dar. – Eu não acredito que você enfrentou aquelas caminhoneiras. – Ela começa a rir que fica vermelha. – Aposto que estava morrendo de medo e sua namorada foi lá e salvou o dia. – Continuou rindo.

Sem esperar mais nada, abaixo a cabeça e começo a vomitar. – Você está bem? – Irin me olha preocupada.

Depois de  colocar tudo para fora. – Obrigada por ter me tirado lá de dentro o cheiro daquela mulher era horrível, me causou uma vertigem muito forte, estava vendo a hora de vomitar nela. – Dei de ombros. – Então tudo aquilo foi um show seu? Estava com medo de apanhar daquelas mulheres? – Falei com desdém.

- Aham sei, foi só porque você estava enjoada, não foi por medo, vou fingir que acredito Rebecca. – Falou batendo no meu braço de leve. – Você ia sair dali, só o bagaço. Você deve a vida a mim querida amiga. – Debochou da minha cara.

- Elas que iam sair daqui carregadas Irin, esqueceu que luto jiu-jitsu? – Falo olhando sério para ela.

- Tá bom a mestre Jedi ia derrubar as quatro  caminhoneiras, tu fala e eu finjo que acredito. – Saí andando e me deixa sozinha.

IncógnitaOnde histórias criam vida. Descubra agora