Capítulo 24 - Valentia & Desânimo

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To quase melhor!!! Quase!!!

Esse capítulo é bem transitório para mudança de cenário, então pra não passar em branco deixei um spoiler legal pra vocês do próximo.

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Andrea estava sentada em um banquinho de madeira que ficava do lado de fora do aeroporto. Já era madrugada, então a movimentação de pessoas tanto na rua, quanto dentro do local, era praticamente pífia, mesmo que aquela fosse a maior cidade de Ohio. 

Ela observava os pequenos fios de neve caírem de maneira apressada do céu, eventualmente se misturando a fumaça que saia do cigarro que pendia em seus lábios.

A morena estava assim já há alguns minutos, apenas observando a paisagem, quase imóvel naquele lugar. Sentindo o frio penetrar pelas suas vestes, ainda que essas fossem adequadas para a temperatura, e tendo a mente corroída pela ansiedade de estar de volta ao lar.

Mais especificamente pelo sentimento de derrota que era ter de estar de volta ao lugar de onde fugiu.

— Uau, você ainda usa essa nojeira? — Àquela voz zombeteira familiar a fez erguer os olhos do chão.

Ao seu lado estava um italiano alto, sorridente, com os cabelos penteados para trás no mesmo estilo de um mafioso antiquado e com um casaco extra pendurado em seus braços. 

— Giuseppe! — Andrea se levantou rapidamente, se lançando de forma exagerada nos braços do irmão mais novo. 

— Oi, Andy. — Ele beija o topo da cabeça da irmã. — Aqui. — Entrega o casaco a ela. — Você está longe há tanto tempo que provavelmente se esqueceu do quão rigoroso o frio é por aqui. 

— Oh droga, obrigada, eu pensei que iria congelar. — Ela rapidamente vestiu o casaco por cima do próprio agasalho. — Por que não me avisou que vinha me buscar? Não esperava ser você.

— Nosso pai mandou o motorista dele vir, mas eu o dispensei sem que ele visse. — Giuseppe abriu um sorriso travesso muito semelhante ao de sua irmã. — Peço desculpas por não ter ido ver você em NY, eles saíram sem me avisar, então só soube mais tarde. 

— Você não perdeu nada, foi o mesmo padrão de sempre. — A expressão no rosto dele se torceu em desagrado. 

Giuseppe jamais fora capaz de entender a implicância de seus pais com sua irmã mais velha, mesmo antes da morte de Tommaso. 

— Eu gostaria de ter estado lá para ajudar. 

— Não há solução para algumas coisas, Giuseppe. — De maneira petulante, ela bagunçou o cabelo do irmão como costumava fazer quando eram mais jovens. 

Ele riu e maneou a cabeça em concordância. 

— Vamos para casa, Andy. — Ele sorriu nostálgico enquanto abria a porta do carro para sua irmã entrar. — Quer dirigir?

— Oh não. —  Andrea ergueu as duas mãos. — Eu não dirijo desde... Bom, desde muito tempo. 

Ele concordou e deu partida no carro.

Ambos seguiram o resto do caminho conversando sobre suas vidas, afinal havia alguns meses que não conversavam para além de ligações breves.

[...]

Após duas horas de viagem, ambos finalmente chegaram a pequena cidade chamada Clyde. Um pequeno pedaço de Ohio, com apenas seis mil habitantes. 

— Para nossa grande sorte, todos foram dormir. — Brincou Giuseppe enquanto abria a porta para que ele saísse. — Então temos algumas horas de paz antes da grande guerra começar.

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