06| depois da tempestade sempre vem o arco-íris ou será o contrario?

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"Você pode tentar fugir, pode tentar escapar entre meus dedos, mais garanto, Doce Abby, eu a encontrarei, nem que para isso eu precise ir até o inferno"

ZYAN

Não sei o que há de errado com ela.

Mais sei que tem algo muito estranho na forma como ela tem agido nas últimas horas, é quase como se ela estivesse escondendo algo de mim, seu olhar sempre assustado, a forma como ela espera ansiosa pelo que eu vou dizer, como se eu fosse brigar com ela de alguma forma.

E depois de ontem a noite tudo parece mais estranho.

E apesar dela não ter dito não no momento em que a levei para o quarto, eu podia sentir que ela estava desconfortável.

E agora, ela acordou mais cedo do que eu, fez o café da manhã em silêncio, o que é mais estranho já que a garota fala mais que um papagaio, entrou na pequena lavanderia e ficou lá a manhã toda, saindo apenas para preparar o almoço e depois o jantar.

- Estou saindo - aviso abrindo a porta.

Ela balança a cabeça concordando enquanto olha para a televisão.

- Quer que eu te espere para o jantar?

- Não precisa, eu vou voltar tarde - abro a porta e saio.

Pego a estrada até a cidade e no caminho vejo algumas possíveis vitimas mais eu não queria elas, eu queria algo mais interessante.

Entrei no supermercado que sempre venho e a primeira coisa que meus olhos viram foi o jornal na banca das revistas, o peguei olhando para a foto da garota desaparecida.

Karlla Soys.

Sorrio internamente me divertindo com o fato dela ainda estar viva e no meu porão.

O que me faz lembrar de mata-la mais tarde.

- Muito triste não é mesmo? - uma garota se aproxima sorrindo para mim.

Concordo com um aceno enquanto devolvo o jornal para a banca.

- Será que foi um serial killer? - a garota sorriu em deboche.

Me virei para outra prateleira enquanto a garota insistente ainda me seguia. - Isso é preocupante, não acha?

Revirei os olhos enquanto ela continuava a falar e falar sem parar nem por um segundo - As pessoas deveriam ter mais cuidado ao sair por aí e...

Por que não mata logo essa vadia? - a voz rosnou e eu me vi obrigado a concordar.

- Você também não fica preocupado? - ela perguntou me fitando com seus olhos azuis.

- Não. E você?- me virei para a garota que sorriu largamente por minha atenção.

- Talvez um pouco - ela piscou mexendo uma mexa do cabelo loiro sem graça.

Prefiro o preto do cabelo de Abby.

São tão brilhantes e vivos.

- Então, vai fazer o que depois que sair da aqui? - ela continua me seguindo enquanto eu termino de pagar as compras que faltam.

- Não sei. Estou sem planos e você? - finjo interesse e a garota se inclina um pouco na minha direção.

Ela ajeita o decote mostrando seus seios enormes que faltam pular da blusa, reviro os olhos entediado com sua falsa sensualidade.

- Meus planos vão depender de você - ela sorri e eu a encaro finalmente compreendendo.

Ela é uma prostituta.

Profano PARTE 01  Onde histórias criam vida. Descubra agora