Tristan estava deitado no sofá de sua sala vendo um seriado qualquer. Era sábado e sua mãe estava trabalhando.
Ele ouviu a campainha tocar e se levantou para atender.
- Você vive esquecendo as c... - Mas não era a mãe do menino.
Bradley estava parado a sua frente. O pequeno estava vermelho e soluçando pelo choro preso, usava apenas uma camiseta e uma bermuda.
O inverno estava rigoroso e ele estava extremamente molhado pela chuva que caía na rua.
- B-brad?
O pequeno não falou nada, apenas foi em direção aos braços de Tristan e se permitiu chorar ainda mais.
O loiro o puxou para dentro e fechou a porta, o abraçando forte logo depois.
Tristan estava com rugas de preocupação visíveis em sua testa e afagava os cachos do menor, enquanto tentava o acalmar.
Aos poucos Bradley parou de soluçar e estava preso em um choro baixo.
- O que aconteceu, pequeno?
- L-l-lembranças. - Bradley falava ainda com o rosto enterrado no peito do menino bem maior que ele.
Tristan entendeu. Algumas lembranças não são boas.
- Vem, vamos trocar de roupa e você me explica, okay?
Bradley assentiu calmamente e subiu até o quarto de Tristan, colocando uma calça de moletom e um sweater do maior.
Ele sumia nas roupas do loiro.
Adorável.
Eles se sentaram no sofá novamente e Tristan puxou o menino de cachos para seus braços.
- Pode me falar? - Ele perguntou, com calma.
- E-eu não s-sei. - Bradley chorava novamente.
Tristan estava com seu coração partido, ver seu pequeno daquele jeito era torturante.
- Você pode confiar em mim. - Ele falou fazendo carinhos nas costas do menino.
- M-minha f-família. Eu sinto falta.
O pequeno soluçava e Tristan o abraçava cada vez mais forte.
- O que aconteceu com eles?
- E-eles m-m-morreram.
O loiro sentiu um enorme peso em seu peito. A mãe de Bradley havia se morrido.
- Eu sinto muito, amor. Eu sinto muito.
- E-eu odeio l-lembranças. - Sua voz falhava a cada frase que era proferida e sua suas juntas estavam brancas.
Ele estava com raiva?
- As memórias são boas? - Ele assentiu. - Então pense nelas como boas, amor. Sinta-se sortudo por ter tido a chance de estar com ela e de ter feito essas memórias.
- E-eu sinto s-saudade. E-eu sou o culpado.
- Todos nós sentimos saudades de alguém. Você não é o culpado, amor. - Tristan afagava os cabelos do pequeno e lhe dava pequenos beijos no lugar. - Você ficará bem.
Os soluços haviam parado e a respiração do pequeno estava calma e pesada.
Bradley havia dormido.
Ele havia dormido nos braços de Tristan.
O maior o pegou no colo com cuidado - ouvindo pequenos resmungos saírem de sua boca - e o levou para sua cama, o deitando lá.
Ele me moveu até achar uma posição confortável e adormeceu novamente.
Ele estava ainda mais bonito.
Alguns cachos caiam sobre seu rosto e os outros estavam espalhados sobre o travesseiro, seus delicados olhos estavam fechados e sua boca entreaberta.
Bradley era um anjo.
Ele sentiu seus olhos azuis pesarem e se deitou ao lado de Bradley, fazendo pequenas carícias nos seus cachos.
O pequeno se mexeu mais um pouco e se virou para Tristan lhe dando um sorriso fraco. Ele deitou sua cabeça no peito do maior e o abraçou com os braços e as pernas, pegando no sono novamente.
O maior olhava diretamente para o menino deitado ao seu lado.
E percebeu...
Ele não poderia estar mais apaixonado.
Tristan sorriu e acabou pegando no sono com o pequeno em seus braços.
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FanfictionEu sinto muito, eu não consigo parar de olhar para você, quando você está cansado e triste, meu querido.