Chapter 11

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Tristan caminhava em direção à escola, como normalmente fazia.

Mas hoje era um dia diferente, ao contrário do normal Tristan não estava sozinho. Bradley estava ao seu lado, segurando sua mão e cantarolando uma música qualquer.

- Eu não canso de ouvir sua voz. - O loiro o interrompeu.

- E eu não canso de ouvir você dizer, amor.

O menino sentiu seu corpo estremecer com a ternura que havia na voz do pequeno garoto que segurava sua mão.

Tristan estava cada dia mais fascinado por Bradley. Ele amava como seu nome ficava na voz do pequeno, amava como seus olhos brilhavam enquanto ele cantava. Tristan amava os pequenos detalhes.

Talvez Tristan não amasse somente seus detalhes, como o próprio garoto.

Eles estavam chegando ao lugar de estudo quando o loiro ouviu uma voz conhecida.

- Veja, Taylor. O viadinho tem namorado agora.

O maior apertou com força a mão de Bradley e olhou para trás. Tyler estava com os braços cruzados em seu peito, seu irmão ao seu lado.

- Agora os dois podem apanhar. - Taylor falou sorrindo.

O menino de cachos estava vermelho e sua mandíbula estava trincada.

Raiva.

- Vamos nos aproveitar.

Eles se aproximaram e Tristan abaixou sua cabeça, fechando os olhos com força, desejando não estar ali.

Sentiu sua mão sozinha e um forte barulho no chão. Estremeceu ao pensar em Bradley machucado e abriu seus olhos rapidamente.

Mas era Tyler quem estava no chão, o menino bem menor que ele estava encima de si enquanto socava seu nariz repetidas vezes.

- Não. Tem. Nenhum. Problema. Em. Ser. Gay. - Ele tinha problemas com a fala e a cada palavra proferida acertava um soco no menino.

Taylor tentou ir para cima dele e Tristan o impediu, empurrando-o para o chão.

- Nem tente. - Colocou seu pé no pescoço do garoto e deu um forte impulso, o deixando sem ar.

Logo indo para cima de Bradley e o pegando no colo, sentindo alguns socos e tapas de resistência em suas costas.

- Calma. Não vale a pena.

O loiro soltou o pequeno com calma no chão, ele passou por Tristan e parou ao lado de Tyler que já estava quase inconsciente.

- Eu sujei minhas mãos com seu sangue imundo. Espero que isso não se repita.

Chutou as costelas do maior o fazendo soltar um gemido alto e segurou na mão de Tristan, andando em direção à escola.

-x-

Bradley mexia suas pernas com nervosismo enquanto fazia as questões de química que a velha professora havia passado.

- Eles são uns idiotas.

- Você já falou isso, bebê. Umas dez vezes, aliás. - Tristan colocou sua mão na perna do menino, parando os movimentos da mesma.

- Mas ele são! - Ele falou alto demais e olhou para o loiro, envergonhado.

Tristan tirou alguns cachos de seu rosto.

- Eles não farão mais nada. - O maior sussurrou e puxou a cadeira do garoto para mais próximo.

A professora passava algo no quadro, de costas para eles. Então Tristan resolveu aproveitar o momento e selar seus lábios aos de Bradley.

Era um beijo calmo e sem muito barulho.

- Queria estar em casa. - O menor sussurrou contra o ouvido do loiro, dando um sorriso malicioso e voltando-se para as questões.

Deixou Tristan com a boca entreaberta e o queixo completamente caído. Onde estava esse Bradley durante todo esse tempo?

- Logo estaremos. - Ele falou também no ouvido do menor, o vendo se remexer sobre a cadeira.

Sorriu vitorioso quando viu suas bochechas se tornarem rosadas.

- Brad.

- Hum? - Ele ainda estava concentrado nas questões.

- Vem cá. - Tristan puxou sua cadeira com os pés e abraçou o pequeno.

Ele fitou os olhos do maior e soltou um sorriso, já não era um sorriso malicioso, nem convencido. Era um sorriso de pura ternura.

Ternura e amor. Havia amor ali, entre os dois.

- Eu odeio a distância. - Tristan o apertava ainda mais forte e perto, o menor descansou sua cabeça no peito dele.

- Você não precisa conviver com ela.

O loiro deu uma olhada e a professora rabugenta olhava-os, mas quando ele esperou por um sermão recebeu apenas uma piscadela e um sorriso.

Sorriu e chamou a atenção do menino em seu peito.

- Paquerando alguém, huh? - Ciúmes?

- A professora, de alguma forma, nos acha fofos. - Ele falou baixinho.

- Nós somos fofos, amor. - Bradley falou, dando uma pequena ênfase na palavra.

Ele sabia que Tristan adorava apelidos carinhosos. Ainda mais em sua voz.

O que Bradley não sabia era que Tristan não adorava apenas isso. O loiro adorava cada pequeno e grande detalhe. Da forma como ele mexia em seus dedos quando estava nervoso ao seu sorriso e seu beijo.

Tristan amava cada pedacinho de Bradley. E a reciprocidade era visível para qualquer um.

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