Estágio 4: Depressão [Parte 2]

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Demorei mas voltei! 🤗

Tive alguns problemas pra resolver nos últimos dias e acabei atrasando o capítulo. Ele também é um pouquinho menor em relação aos outros por conta disso.

Prometo não atrasar tanto tempo assim pra postar os próximos. Ah, e não esqueçam de comentar o que estão achando. Confesso que os comentários são uma espécie de bússola acerca do que e como devo rumar com a história.

Enfim, espero que gostem.



•••••



Natália 

Depois de ver Ulisses na minha casa, que eu tinha certeza que estava tentando me provocar, decidi que iria atrás de Carol. Eu não iria perder ela para ele tão fácil daquele jeito. 

É claro, eu queria que ela viesse até mim por conta própria. Queria que ela sentisse minha falta como eu sentia a dela, que quisesse minha companhia. Mas eu percebi que seja lá o que estivesse acontecendo, eu teria que dar o primeiro passo. Seja lá o que fosse, eu não iria me afastar sem deixar claro que queria estar perto dela, com ela.

Tomei coragem e no dia seguinte fui até sua casa. Eu sabia que Carol saía do trabalho às 18h, então assim que a noite caiu por completo eu estava lá, prostrada na porta do seu apartamento, tomando coragem para tocar a campainha. 

Logo que o fiz, respirei fundo e me deparei, surpresa, com uma mulher que eu nunca havia visto na vida. Ela era magra e seus cabelos eram curtos e ondulados. 

— Pois não?

Franzi o cenho, estranhando tudo aquilo e chutando para o fundo da minha mente um sentimento que eu não conseguia identificar na hora, mas que definitivamente não me agradava nem um pouco. Era amargo e corroía meu estômago.

— Ué, achei que aqui era a casa da Carol — cuspi ácida, sem nem mesmo me esforçar pra disfarçar meu tom de voz a fim de não ser grosseira, sem motivo algum, com àquela mulher que eu nem mesmo conhecia.

Mas surpreendentemente ela abriu um sorriso e seu rosto se iluminou.

— Ah, você deve ser a Natália, né!? — fiz que sim e ela abriu a porta dando espaço para que eu passasse — Saiba que já ouvi falar muito de você. Pode entrar — ela sorriu amistosa e fechou a porta atrás de mim.

— É mesmo, é? Coisas boas eu espero — respondi, ainda um pouco mal humorada, mas me esforçando o máximo que eu podia para não ser rude com ela.

— Ah, coisas muito boas. A Carol tá tomando banho, por isso que atendi a porta pra você. 

— Ah, entendi — me sento no sofá, jogando minha bolsa ao meu lado, ainda incomodada. Então Carol surge na sala com os cabelos úmidos, uma roupa confortável e as bochechas e o nariz vermelhos.

— Natália.

— Oi Carol. Vim saber se você tava viva — olhei dela para a mulher na sala e depois para ela de novo — Mas não fazia ideia de que já tinha companhia.

— Essa é minha amiga, Adriana. Adriana, essa é a Natália.

— Prazer, Natália — ela continuou amistosa.

— Hm, prazer — respondi a contragosto, forçando um sorriso.

— Bom, agora que eu sei que você tá bem, acho que tá na minha hora. Vou deixar as duas sozinhas. Juízo dona Carolina — a mulher disse antes de sair de fininho do apartamento. O clima estava tão tenso que era possível cortá-lo com uma faca.

Os Cinco Estágios do Luto - NarolOnde histórias criam vida. Descubra agora