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### Capítulo 4: O Confronto no Corredor

*Meia Noite*

Margareth avançou com a lâmina reluzindo à luz suave do corredor.

A lâmina refletia a opulência da casa, mas eu estava focado em algo muito mais perigoso: os olhos sombrios da sacerdotisa de Lilith.

Ela era rápida, ágil, e cada movimento seu parecia calculado para causar o máximo de dano.

Me preparei, cada mínima celula estava tensa, sabendo que essa luta não seria fácil. Margareth se movia como uma serpente, atacando com precisão letal. Desviei por pouco, sentindo o fio frio da faca passar rente ao meu rosto. Com um movimento rápido, agarrei seu pulso, tentando desarmá-la, mas ela girou o corpo com uma agilidade surpreendente, quebrando meu aperto e recuando.

"Está com medo, Meia Noite?" provocou Margareth, um sorriso malicioso brincando em seus lábios.

Seus olhos brilhavam com uma mistura de diversão e crueldade.

"Você é rápida, mas isso não vai te salvar," respondi, mantendo minha voz firme e cínica. "Sabe que brincar com facas pode ser perigoso, não sabe?"

Ela atacou novamente, desta vez mirando meu abdômen.

Me esquivei, mas a lâmina rasgou a manga do meu casaco. Reagindo rapidamente, lancei um soco que ela desviou com elegância, quase dançando ao redor de mim.

A luta se intensificou, e cada movimento era uma coreografia de sobrevivência. Margareth era como uma pantera, e eu sabia que precisava usar minha força para contra-atacar sua agilidade. Em um movimento rápido, agarrei uma cadeira próxima e a lancei em sua direção.

Ela se abaixou, a cadeira colidiu com um vaso próximo, espalhando cacos de cerâmica pelo chão.

"Que desperdício de decoração cara," comentei sarcasticamente.

Ela se levantou, rindo. "Você é patético, Meia Noite. Nem sabe o que está enfrentando."

"Você é só mais uma com uma faca e uma atitude. Nada que eu não possa lidar."

Margareth aproveitou a distração, sua faca deslizando pelo ar em um movimento letal. Consegui bloquear com meu antebraço, mas a lâmina cortou superficialmente minha pele, um traço de sangue começando a escorrer.

Isso parecia entretê-la ainda mais.

Ela riu, claramente se divertindo. "Está se cansando, velho?"

"Nem de perto," retruquei, mas sabia que precisava mudar de tática.

Em um movimento rápido, ela girou, chutando um dos quadros que caíram da parede, criando mais caos.

Aproveitei a confusão para avançar, mas ela antecipou meu movimento, desferindo um golpe com a faca que só não me acertou em cheio porque consegui desviar no último momento.

"Você gosta de caos, não é?" disse, tentando irritá-la. "É o que mantém sua vida interessante, não é mesmo?"

"Você nem faz ideia do que me mantém interessada, Meia Noite."

A luta continuou, ambos destruindo mais quadros e móveis no processo. Um quadro antigo de um ancestral dos Bravanel caiu no chão, o vidro estilhaçando-se em milhares de pedaços. Margareth aproveitou a distração, sua faca deslizando pelo ar em um movimento letal.

Consegui bloquear com meu antebraço mais uma vez, senti a lâmina cortando superficialmente minha pele, um corte pequeno talvez ela não estivesse tentando me matar afinal.

Ela riu, claramente se divertindo. "Está se cansando, velho?"

"Nem de perto," retruquei, mas sabia que precisava mudar de tática.

Em um movimento rápido, agarrei um vaso e a lancei em sua direção. Margareth se abaixou, mas o vaso colidiu com a janela, a explodindo cacos de vidros enfeitaram o chão.

Ela se levantou, rindo. "Você é patético, Meia Noite."

Usei a distração a meu favor, avançando com força bruta. Consegui segurá-la pelos ombros, mas ela se torceu com uma agilidade impressionante, usando o impulso para me jogar contra a parede.

O impacto me deixou atordoado por um momento, e antes que eu pudesse reagir, ela estava em cima de mim, pressionando minha cabeça contra a parede com a faca perigosamente próxima à minha garganta.

Margareth riu, uma risada fria e cheia de desprezo. "Veja só onde você foi parar."

Ela soltou meu cabelo e afastou a faca, cortando a palma da própria mão. O sangue começou a escorrer, pingando no chão em um padrão hipnotizante.

"O que você vai fazer é uma magia de banimento," eu disse, tentando esconder a irritação em minha voz.

"Não precisávamos ter brigado."
Margareth sorriu diabólicamente, um brilho maligno em seus olhos. "Onde estaria a diversão sem te humilhar um pouco, Meia Noite?

Era só uma brincadeira. E não se meta no meu caminho, quero o dinheiro."
Ela deixou o sangue escorrer, ambos se observando em silêncio.

Foi então que falamos ao mesmo tempo:"Aqui não há nada, nem espíritos."

Ela riu novamente. "Você realmente acha que isso é uma perda de tempo?"

"Com certeza," respondi, mas seu olhar assustador se cravou em mim, e soube que ela tinha algo mais a dizer.

"Eu preciso muito me aproximar dos Bravanel," explicou Margareth. "Eles são poderosos e influentes. Se eu cair nas graças deles, posso mudar o rumo da minha vida."

"Você realmente pensa que é assim tão simples?" perguntei, ainda sentindo a dor latejante onde a faca havia me cortado.

Ela se aproximou, seu olhar sombrio e intenso. "Sim, e você vai me ajudar a garantir isso, quer você goste ou não."
A tensão entre nós era palpável.

Margareth estava disposta a fazer qualquer coisa para alcançar seus objetivos, e eu sabia que não poderia subestimá-la. A luta estava longe de terminar, e os verdadeiros desafios ainda estavam por vir.

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