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Capítulo 12: O Confronto Final

**Luna**

Cada movimento era uma dança de vida e morte, uma coreografia celestial entre o destino e a coragem. Eu me sentia como uma extensão da própria natureza, canalizando sua energia bruta através de cada fibra do meu ser. O vento sussurrava segredos antigos, infundindo-me com uma força primordial. Ao meu lado, Meia Noite também se preparava para o embate, seus olhos brilhando com uma determinação feroz que rivalizava com o próprio fogo das estrelas.

Acima de nós, o anjo caído pairava como uma sombra colossal, suas asas brancas emanando luz iguais o sol e lançando um crepúsculo inquietante sobre o campo de batalha. Seu olhar era uma promessa de destruição, e sua presença emanava um poder que fazia a terra tremer sob nossos pés. Mas nós não recuaríamos. Não agora. No silêncio que precedeu o confronto, sentíamos o peso do universo sobre nossos ombros, mas também a esperança indomável que nos impulsionava adiante.

Com um grito de guerra que ressoou pelos céus, desenhei pentagramas flutuantes dos cinco elementos, pronto para enfrentar o destino. E ao lado de Meia Noite, eu sabia que, juntos, poderíamos desafiar até os próprios Deus. A batalha seria épica, um confronto onde cada golpe ecoaria pela eternidade, moldando o futuro com a bravura e a força de nossos corações indomáveis.

Luna. "É hora de mostrar do que somos capazes, Meia Noite!"

Com um aceno resoluto, convoco o fogo ancestral, fazendo-o dançar ao meu redor em espirais furiosas, suas chamas lambendo o ar com uma voracidade incontrolável. Em seguida, estendo minhas mãos, e a terra abaixo de nós se agita como se estivesse viva, dando origem a uma profusão de plantas que se erguem com fervor, formando uma muralha verdejante para nos proteger.

O anjo caído reage com uma fúria primordial, lançando raios de energia que rasgam o céu em nossa direção. Com um movimento rápido, me jogo para o lado, evitando por um triz o ataque devastador, enquanto Meia Noite é jogado e rola para evitar a explosão, desviando-se dos golpes com ossos que joga no chá, que cresciam rápido e formavam uma muralha de proteção, cada passo eu pude testemunho a sua maestria.

Com um gesto ágil, congelo o ar ao nosso redor, transformando-o em uma prisão de gelo que se fecha em torno do anjo, suas paredes cristalinas refletindo a luz em mil fragmentos cintilantes. Mas ele se liberta com um rugido ensurdecedor, sua forma brilhando com uma intensidade quase cegante, como uma estrela prestes a explodir. As trevas e a luz colidem em um espetáculo épico, e, apesar do poder esmagador do anjo, nossos espíritos indomáveis permanecem firmes, prontos para enfrentar o desafio titânico que se desenrola diante de nós.

"Vocês dois não são capazes de me enfrentar" Rugia o anjo.

Meia Noite abre a boca em uma risada macabra, seus olhos emanando uma fumaça fantasmagórica verde. "Hora de jogar sujo," ele sussurra, sua voz carregada de uma ameaça velada.

Ele começa a dançar, movimentos fluidos e graciosos que parecem conjurar a própria escuridão. Cada passo é um convite ao abismo, e no chão, ele espalha terra de cemitério, transformando o ambiente em um campo de batalha espectral. De repente, fantasmas começam a surgir ao nosso redor, suas formas etéreas flutuando como sombras inquietas.

Entre os espectros, vejo Fábio, vestido como um verdadeiro Pai de Santo. Ele avança com ferocidade implacável, brandindo seu machado ancestral de shamgò, cada golpe carregado de um poder ancestral. Margareth está lá também, cercada por seus demônios sombrios que exalam cóleras de sangue, prontos para atacar a qualquer momento. O padre Richard se ergue majestoso, sua armadura brilhante de ouro e diamantes refletindo a luz com uma intensidade divina, enquanto o Magista Victor manipula pequenos demônios com um simples gesto de sua mão, cada movimento uma demonstração de sua vontade indomável.

O campo de batalha se transforma em um cenário épico, onde o sobrenatural e o terreno se misturam em um frenesi de luz e escuridão. A tensão é palpável, cada respiração carregada de expectativa. Estamos prontos para enfrentar qualquer desafio, cada um de nós uma peça vital nesse jogo de vida e morte, unidos pela determinação de vencer contra todas as probabilidades.

"Boa, Meia Noite! Vamos!" Eu pulo para frente.

Com um gesto, misturo fogo e terra em um chicote, formando um espiral de magma que assolava o corpo do anjo. Lanço-me mais uma vez para a frente, acompanhada por meus cinco pentagramas flutuantes, invocando todos os elementos ao meu comando. O fogo dança em minhas mãos, a terra treme sob meus pés, o ar cria uma armadura invisível ao meu redor, e o gelo congela meu inimigo. Os elementos sucumbem à minha vontade.

Mas nem isso impede a rajada de energia que o anjo dispara, movendo-se com uma velocidade tão incrível que mal consigo acompanhar. Ele desfere um soco brutal em meu estômago, me lançando para longe. Minha armadura de vento é a única coisa que me salva de ser despedaçada. Meus pentagramas alados são destruídos, caindo ao meu redor em fragmentos brilhantes.

Meia Noite gritava"Você não pode vencer, avançando."

A batalha é uma sinfonia de caos e esplendor, um furacão de magia e cores. Lanço-me mais uma vez à frente, invocando todos os elementos sob meu domínio. E utilizo o ar para me mover muitoaos rápido, e deslizar por baixo das pernas do anjo, aproveito o impulso e pulo, com um mortal solto uma bola de fogo poderosa nas costas dele, enquanto o ar ressoa com o poder da minha vontade o utilizo para voltar ao chão rapidamente.

O anjo resiste, mas nossa determinação é inabalável. Fábio salta e atinge uma das três cabeças do anjo, que o segura pelo pescoço com uma das mãos. Margareth, com um grito de guerra, acorrenta os braços do anjo, puxando-o para salvar o espectro de Fábio. Cada golpe e feitiço que lançamos atinge o anjo com força esmagadora, enfraquecendo sua forma divina. Richard, armado como um cavaleiro templário, é teleportado por Margareth através das sombras. Surgindo atrás do anjo, ele arranca as asas com uma brutalidade feroz, o brilho da deidade desvanecendo-se a cada segundo.

"Você nunca poderá nos vencer, criatura! Subestimou os magistas, julgando nosso poder individual. Agora testemunhe nossa força combinada!" Meia Noite ria e gargalhava, seus olhos ardendo com uma fúria indomável, sua voz ecoando com autoridade e poder.

Com cada golpe coordenado, derrubamos o anjo, acreditando por um momento que o havíamos destruído completamente.

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