𝖁𝖆𝖑𝖐𝖞𝖗𝖎𝖆 - ˢᵒˡᵒ ˡᵉᵛᵉˡⁱⁿᵍ

1.2

O campo de batalha era escuro e quente, o chão era úmido, mas não por causa de água, afinal, a meses os céus não choravam.

Mas sangue encharcava aquela terra, tudo cheirava a sangue.

Absolutamente tudo.

Segurando o cabo que estava em suas, Harin se olhou naquele reflexo e se assustou.

Seu corpo parecia ser feito de luz, mas toda sua armadura era como as sombras mais escuras, seu elmo pareciam asas rodeando sua cabeça enquanto o que parecia seu cabelo voava, chicoteado pelo vento.

Olhando adiante, Harin entendeu por que tudo fedia a sangue.

Ela estava cercada por corpos.

Uma pilha deles.

Onde...?

Sentindo um arrepio conhecido, Harin sugou o ar do corpo, virando seu corpo quando o som pesado de um cavalgar se aproximou.

Logo ali, um grande animal se erguia, enormemente, um cavalo enorme, e sobre ele estava um homem, em uma grande armadura.

Tudo parecia enorme.

- Ash---

Se surpreendendo com a voz imponente, Harin tentou entender o que acabou de ser dito. Era um nome, o nome desse homem? Ash?

Quando ele estendeu a mão, Harin tinha certeza de que ele disse algo, mas não entendeu uma única palavra, era estranho.

Estendendo a mão para ele, Harin sabia que aquilo era um sonho, mas ainda ficou surpresa ao sentir o toque, mesmo entre luvas graças de metal.

Ela achou que ele iria cumprimenta-la, mas ele logo se inclinou para sua mão, encostando seu torço na testa de seu elmo.

Como uma promessa.

- Para sempre o protegerei... meu Monarca.

E no fim daquelas palavras, uma luz explodiu.

Era o fim.

°•°•°•°•°

Pulando na maca, Harin acordou em um susto, se sentando rapidamente enquanto olhava para os lados.

Ela suava.

Piscando várias vezes, Harin respirou fundo, inundando seus pulmões diversas vezes enquanto buscava o alívio de sair daquele mundo de sonhos.

Esfregando a testa, Harin suspirou quando o suor que escorria finalmente desapareceu.

O que foi isso?

Parecia tão...

Real...

- Monarca...

O que era isso?

Será que era sobre...

A Valquiria?

Enquanto pensava sobre o assunto, Harin se distraiu quando a porta foi aberta, e dela, duas cabeças prateadas irromper o quarto aos prantos.

- Unnie!!

- Haneul! Hana!!

Jogando a coberta para longe, Harin abriu os braços quando as irmãs pularam em si, acolhendo as meninas em seu peito.

Como esteve em observação nos últimos dois dias, não pode ver suas irmãs, mesmo pedindo, ela ainda assim não era permitida.

Mas finamente! Finalmente!

- Unnie! Unnie! Eu estava tão preocupada! - soluçava Haneul, abraçando a irmã pelo pescoço.

- Eu também, eu também! - abraçando a irmã, Haneul beijou a cabeça das duas enquanto elas choravam.

Finalmente, paz.

°•°•°•°•°

Paz uma ova!

Depois de abraços e lágrimas, as meninas tiveram que voltar para a escola, e ela?

Ela tinha que cumprir as infinitas tarefas da Valquiria.

Mas hoje era diferente.

- Hum?? Que tipo de recompensa é essa?

Olhando a pedra em sua mão, Harin girou para os lados até que uma estranha runa amarela apareceu.

E então, a tela roxa surgiu mais uma vez.

[Você tem uma nova Missão!]

- Conferir Missão.

[OLÁ, VALKYRIA!

Você tem uma nova missão.

Você ganhou uma "Pedra de Portal", siga até o local indicado e cumpra a missão, após a conclusão, você receberá uma "Pedra de Teletransporte".

[ACEITAR MISSÃO]    [RECUSAR MISSÃO]

OBS.: Ao recusar a missão, punições serão aplicadas.]

- Só pode ser brincadeira...

Se jogando em sua cama, Harin escondeu o rosto ao gritar fortemente.

Quando foi que ela aceitou ressuscitar em troca de personal trainer?

- O que poderia ser uma punição? Monstros? Tipo o que? Goblins? Orks?

Fenhir?

Arrepiando, Harin ficou imóvel.

Sangue.

Gritos.

Aquele monstro.

Aqueles monstros.

O martelo.

A dor.

O que poderia ser pior do que isso?

Pensando nisso, Harin se ergueu, sentando na cama.

- Droga.

Levantando, ela foi até o banheiro do quarto, onde estava sua bolsa, a mesma que suas irmãs prepararam e trouxeram em sua visita.

Revirando a bolsa, Harin retirou de lá uma camisa de mangas roxa, uma regata banca e uma calça moletom qualquer.

Vestindo o conjunto, Harin encontrou suas botas de trabalho próximo a porta, então o calçou, pegou seu celular, enfiou a tal pedra no bolso e partiu.

Com sorte, ela sobreviveria a essa missão.