Capítulo 8: O futuro dirá

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Enquanto a carne não descansar na cova, o pecado não estará morto
                                   – C. H. Spurgeon

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Minho estava terrivelmente curioso, e ele odiava se sentir assim, afinal, fazia anos que não tinha esses desejos repentinos, mas desde que leu a alma de Jisung ele gostaria de saber o que o garoto estava aprontando naqueles últimos meses que passou longe.

Fazia seis meses desde que foi invocado no quarto do garoto, e depois disso ele não voltou lá mais nenhuma vez, passou os dias todos em sua ala no inferno, torturando as almas que chegavam.

Sem Minho ali, aquele lugar virava uma bagunça.

— Eu tenho que selar um acordo. O que pretende fazer? — Felix perguntou naquela área VIP da boate em que estavam, a música alta fazia Minho se arrepender de ter saído do conforto de seu lugar.

— Quero checar uma coisa, não espere por mim, vou voltar direto quando terminar. — Avisou antes de caminhar para dentro do banheiro, ele não podia simplesmente usar o teleporte no meio das pessoas.

Seguro em uma das cabines do banheiro ele mentalizou o quarto do garoto irritante, e então desapareceu dali.

Porém quando surgiu no quarto o mesmo estava vazio, ele tentou sentir as presenças da casa e sabia que haviam cinco humanos ali, então, pacientemente ele se deitou naquela cama de casal enorme e esperou pelo garoto.

Alguns minutos depois ele ouviu passos pelo corredor, e então a porta foi aberta, Jisung entrou no quarto calambiando, a bochecha dele estava vermelha e Minho presumiu que o garoto deveria ter encontrado o pai no caminho até ali.

Jisung alheio a presença do demônio fechou a porta do quarto e então ascendeu a luz. Quando ele se virou para a cama ele teve um sobressalto com o susto.

— Merda — Resmungou com a mão sobre o peito, sentindo o coração bater rápido — Que susto droga

Minho riu da situação. E se ele tivesse morrido de susto? Aquilo parecia cômico para si.

— Você não estava aqui, então eu decidi esperar.

Deu de ombros vendo o garoto cambalear para perto da cama, os olhos dele estavam marejados como se estivesse prestes a chorar, mas Minho não se deu o trabalho de perguntar o que havia acontecido. Afinal ele já imaginava a resposta.

— Você sumiu por meses, onde esteve?

— No inferno — Disse como se fosse óbvio fazendo o outro revirar os olhos.

Jisung se ajeitou no colchão, sentando com as pernas cruzadas, para que assim pudesse observar o outro de frente.

— E por que você veio aqui hoje? — Jisung olhou para as próprias roupas. Estava confuso e com medo, e se Minho quisesse possuir seu corpo ou mata-lo?

Seria Minho um demônio impiedoso? Mas, ele parecia tão jovem e tão bonito, Jisung nunca havia visto alguém tão bonito assim sem ser um ator ou um idol. Tão bonito.

— Eu não quero te matar, e nem preciso do seu corpo, eu já tenho uma casaca, e bem nova, ok? — Respondeu frustrado se levantando da cama, Jisung o encarou com espanto, acompanhando os passos dele pelo quarto com os olhos. — E sim, eu consigo ouvir seus pensamentos.

— Oh — Se encolheu envergonhado pelos pensamentos sobre a aparência do demônio. Minho riu se divertindo com a situação.

— Como um adolescente que não tem idade para beber conseguiu bebida alcoólica?

A Minha Alma • HyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora