❝ Ó doçura da vida: Agonizar a toda a hora sob a pena da morte, em vez de morrer de um só golpe.
– William Shakespeare ❞
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O ressoar do sino era tão alto que poderia fazer os ouvidos doerem, algumas pessoas desciam pelas escadas enquanto faziam o sinal da cruz ou simplesmente conversavam umas com as outras. Felix observou um casal cochichando entre si, julgando as vestes de um senhor que descia as escadas também, poucos passos deles, porém, alheio aos comentários maldosos.
— Mal pisam fora da igreja e já estão pecando — Felix comentou baixo, conversando consigo mesmo enquanto ria debochado. As mãos dentro do bolso da calça enquanto ele subia os degraus rumo a porta da bela igreja.
A humanidade era um mar de hipocrisia.
Pecadores que se consideravam puros por apenas tirar uma hora de suas vidas para ouvir as palavras de um padre ou pastor, e segundos depois eles já estavam mais uma vez pecando como se não houvesse julgamento.
Pisar em solo sagrado era algo que poucos demônios conseguiam fazer, apenas classes superiores como os Dian, ou aqueles que vagavam entre a terra e o submundo, como era o caso dos Eter's e mais alguns demônios pagãos.
Ao entrar na igreja, ele viu seu alvo, um homem sentado em um dos bancos, com as mãos juntas em frente ao rosto enquanto rezava baixinho. Felix se aproximou cuidadosamente observando os ministros e coroinhas ajudar a guardar as coisas usadas na última missa.
— Senhor, guarde e proteja minha alma, cuide bem dela — O homem sussurrou por fim, alheio a presença do outro ao seu lado direito, naquele corredor.
— Claro, vou cuidar muito bem. — Respondeu sarcástico fazendo o outro se assustar e o encarar imediatamente, se arrastando no banco para longe.
— Como... — Olhou em volta — Como entrou aqui?
Felix ergueu as sobrancelhas, com a expressão descarada e falsamente inocente ele apontou uma direção da igreja.
— Pela porta.
O homem seguiu a direção apontada vendo a porta aberta, logo em seguida voltou sua atenção ao demônio.
— Você não pode entrar aqui, você é um demônio!
— Parece que eu posso sim — Se sentou no banco, esticando o braço para puxar o homem para perto de si — E fale baixo seu merdinha, as tias estão olhando para cá — Sorriu falsamente enquanto cuspia as palavras de forma ríspida.
As pessoas que ajeitavam as coisas no altar, voltaram aos seus afazeres depois de constatar que nada estava errado entre os dois homens.
Felix segurou firme no braço dele antes de se teleportar dali, levando-o consigo.
— Pobre Chansung, você pensou que ficando dentro da igreja estaria livre de mim? Hm? — Perguntou vendo o homem olhar em volta confuso. Assim que ele entendeu que estavam em cima de um dos prédios mais altos de Seoul ele caiu no chão sentado sobre as próprias pernas se tremendo inteiro. — Medo de altura é? Seria uma pena se eu sem querer te empurrasse — Se aproximou ameaçando-o.
Chansung não respondeu, ele se encolheu chorando.
— Por favor, eu tenho uma filhinha para criar.
— Sua mulher irá fazer isso bem sem você — O demônio respondeu admirando a vista da cidade.
— Podemos fazer outro acordo?
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A Minha Alma • Hyunlix
Fiksi Penggemar➤ Era uma noite chuvosa em Seoul, Hyunjin estava vivendo seus piores momentos na vida, tudo parecia desmoronar e a esperança já havia deixado seu corpo. Ao chegar em seu apartamento velho, foi surpreendido por uma figura sentada em sua janela, um ho...
