Capítulo 08
— Victoria Rose
Observo os dois andando enquanto conversam e os sigo até o momento que entram por uma porta.
O que eles foram fazer lá?
Penso em fazer o mesmo caminho, mas paro antes ao ver dois seguranças se colocarem na frente da porta.
Merda.
Se há seguranças guardando a porta algum motivo tem.
Olho novamente para a porta frustrada por não poder entrar lá.
Ah como eu queria saber o que está acontecendo lá dentro.
Dou meia volta e saio do bar pegando meu celular.
Não dá para descobrir o que esta acontecendo atrás daquela porta, mas dá pra ter informações sobre quem está lá certo?
E no momento eu quero saber mais sobre o tal de Jonas Vants.
Faço uma chamada de vídeo e sorrio ao ver Quinn aparecer na tela.
— Olá.
— Vic! Tudo bem? Alguma novidade?
— Estou legal e sem novidades, mas preciso de uma informação.
— O quê?
— Quero saber tudo sobre Jonas Vants, ele está a portas fechadas com Rael neste exato momento.
— Me dá um minuto.
— E você? Tem alguma evidência nova para mim?
— Evidência? Não, mas Liws descobriu que Carter recebeu um carregamento a poucos dias atrás em outro ponto da cidade.
— Isso não significa muita coisa, mas chequem e me informem a respeito depois.
— Ok. Achei o tal de Vants.
— E então?
— Dono de muitas propriedades em Mônaco e fora. Já foi preso há dez anos atrás por matar a madrasta...
— Claro que matou alguém.
Ironizo.
Era de se esperar que um cara desses tivesse a ficha suja, com aquele jeito de malandro dele.
— O melhor vem agora, ele vende e transporta armas.
— Que droga.
Resmungo.
— Está pensando o mesmo que eu?
— Se você ta pensando que eles podem estar negociando armas lá dentro...
— Isso aí.
— Por isso o cretino exibe tanto ouro.
Porque é cheio do dinheiro sendo um negociante de armas e ama exibir que é podre de rico.
— Ele exibe?
— É. Quinn... manda tudo isso pra mim, quero saber mais.
— Pode deixar.
— Tenho que voltar agora antes que o Rael retorne. Ligo quando puder.
— Certo.
Finalizo a chamada e percebo um segurança perto do bar me olhando.
Segurança do Rael, claro.
— Intrometido.
Rolo os olhos e coloco meus óculos escuros entrando novamente no bar.
Chego na sacada e observo os carros correndo na pista.
Olha... tenho que admitir que o cenário é bonito. A pista entre os hotéis e o mar do outro lado.
O dinheiro proporciona muitas coisas, coisas como essas aqui.
Sinto um corpo encostar atrás de mim e fico alerta, mas relaxo após perceber de quem se trata.
Eu deveria me sentir tranquila sentindo a presença dele? Provavelmente não, mas estou.
— Está apreciando?
Rael pergunta me abraçando por trás.
— Sim, é tudo muito lindo olhando daqui.
— Isso ainda não foi nada, vamos fazer um passeio de iate.
— Passeio de iate?
— É. Só nós dois, o que acha?
Sussurra e penso um pouco.
Não me parece uma coisa ruim, em um encontro mais íntimo com Rael eu posso consiguir a total confiança dele.
E o mais importante! As informações que preciso.
— Gosto da idéia.
Sorrio.
— Ótimo.
Assistimos o resto da corrida e mais tarde almoçamos em um restaurante
antes de passear um pouco pela cidade.— Você parece vir muito a Mônaco.
Comento.
— Sim, tenho alguns parentes aqui.
— Hum...você vem de família francesa?
— Não. Meu pai era inglês e minha mãe era italiana, mas fui criado em Portland então me considero americano.
Nossa! A família dele tem um histórico de destinos impecável.
— É claro.
— O que quer dizer com isso?
— Que você tem jeito de americano.
Dou de ombros.
— Americanos tem um jeito?
— Eu acho que sim.
— E você? É americana também?
Melhor mentir certo?
— Toronto.
— Hum... Canadá, não é tão ruim.
— Eu não achava bom, meus pais não eram muito presentes.
Essa parte é verdade, papai trabalhava muito, minha mãe também...
Eu acostumei com isso.
— Os meus também não, mas eu procurava compreender afinal meu pai tinha muitos negócios para administrar.
Negócios da máfia?
Penso automaticamente.
— E pelo visto você resolveu seguir os passos dele e ser um homem de negócios também.
— Pode se dizer que sim.
Ele assente e continuamos andando com os seguranças camuflados entre as outras pessoas e a uma curta distância.
Esse homem precisa ser protegido até em outro país?
Voltamos para o apartamento algumas horas depois e aproveito meu momento sozinha no quarto para ver as informações que Quinn me mandou por email.
E pelo visto o amigo do Rael tem a ficha mais suja do que eu pensava.
Claro que isso não é o meu interesse principal, meu objetivo é saber se Vants também estaria envolvido com Rael nos crimes da região doze.
Pode ser uma possibilidade certo? O cara já matou, vende ilegalmente...
Por quê não suspeitar dele?
Preciso saber! E preciso adiantar minha investigação e descobrir logo tudo isso antes que essa viagem termine.
Quero ter o Rael e seus segredinhos na palma da minha mão.
Vou ter que me esforçar ao máximo.
[...]
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Nas garras do Inimigo
RomanceEle comanda uma cidade. Ela preza pela justiça e pela lei. Ele é chamado de tigre. Ela pretende enjaula-lo. Victoria tem uma missão e Rael Carter é o seu alvo. PLÁGIO É CRIME ‼️🚫