Capítulo 22

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Capítulo 22
Rael Carter



Mulheres são muito problemáticas, já dizia o meu pai, mas Victoria é uma que me tira o juízo.

— Você tem problemas. Como prende a mulher na sua casa?

Ethan gargalha.

— É mais fácil de vigiar.

— Fácil? Não parece estar sendo nada fácil pra você, eu ouvi os gritos do escritório. Tiveram uma briga?

— Não houve briga nenhuma.

Saímos de casa logo após a minha discussão com a Victoria e viemos para a boate onde mantenho meu escritório principal.

A boate serve como faixada para muitos negócios que são fechados aqui.

— No mínimo uma discussão porque ela saiu soltando fogo. Agora tem uma coisa que eu não entendo... Se ela é sua prisioneira por quê deixa ela fazer o que quer?

Porque ela tem o poder de conseguir isso por mais que eu tente manter a rédea curta.

E eu estou odiando essa merda.

— Ethan não faça perguntas.

— Bem... ok, mas gostei dela, a garota é quente.

— Você não tem que gostar de ninguém, ela é alguém que pretendo eliminar e você fica na sua.

— Ok. Mas e então? Descobriu de onde mandaram ela? Polícia? Gangue?

— ASI.

Respondo.

— Se não me falha a memória isso é...

— É a inteligência.

— Que porra.

— É uma sociedade secreta, eles agem só em casos de nível alto e neste caso mandaram ela me investigar porque eu estava sendo suspeito de um crime da zona doze.

— A carga ilegal não é? Já fiquei sabendo.

— Eu sabia de crimes por lá, mas não achei que fosse nada desse tipo.

A zona doze é um lado meio duvidoso da cidade, acontecem muitas coisas por lá e eu ainda não tenho controle de todas as ocorrências.

É muita área pra cobrir e não dá para manter o olho em tudo, mas eu tento ao máximo limpar a corja de marginais do meu lado da cidade.

— Espera aí! Achei que quem estava nisso da investigação por lá eram os federais.

— Eram! Foram tão incompetentes que mandaram o caso para a ASI.

— E daí entra a garota fogo.

— Victoria é o nome dela.

Corrijo.

— Devo os parabéns para ela, conseguiu dar a volta no tigre e pega-lo na armadilha.

— Você tá gostando disso não é?

— Confesso que a sensação é muito boa, mas pra você deve ter sido péssimo.

— Ela está pagando por ter feito isso.

Ou pelo menos acho que estou fazendo ela pagar.

— O que fez?

— O querido papai dela está na minha mira.

— Rael, não vai mata-lo... vai?

Sua expressão é de dúvida.

— Por enquanto não, tenho coisas mais importantes para resolver.

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