Era para ser apenas um trabalho em dupla, mas Elias e Alexander não contavam com o fato de que, por conta de uma caixinha, vários segredos se revelariam e novos mundos também. Com toda essa aventura, a amizade dos garotos voltaria a ser como antes e...
><><><><><><><><><><><><><>< -I want you in my arms.
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Quando Alexander o viu machucado, ele esqueceu o motivo de ter parado de falar com ele. Definitivamente, ele é mais importante do que uma discussão idiota de crianças, mas Alexander não gostaria de admitir isso para ele mesmo, pelo menos não agora.
– O que houve? - pergunta, referindo-se aos seus machucados.
– Nada de mais, não se preocupe.
– Nada de mais?? - fala indignado, chegando mais perto do garoto e tomando o soro e a gaze que estavam em suas mãos. - Você está fazendo tudo errado, idiota. - Joga a gaze suja na lixeira que havia ali e pega uma nova, despejando um pouco de soro e começando a limpar as feridas em seu rosto, enquanto via que ele fazia algumas caretas.
– Foi o Jacob, ele está bravo com a namorada dele e, do nada, ele foi pra cima dela... Para bater nela. Então, eu entrei no meio pra ajudar, mas no final eu saí com um olho roxo.
– Que filho da puta!! - Revira os olhos e joga a gaze no lixo. - Nessas horas, as pragas daqueles professores não aparecem.
– Olha a boca!! - Alex escuta ele falar baixo, advertindo o mais velho.
– Achei que você já tinha se acostumado. - Pega a caixinha de band-aid que estava em cima da pia, abrindo um e colocando na sobrancelha do loiro.
– É, talvez eu tenha, mas ainda assim não gosto que você fale palavrões, é feio!
– Isso deixou de ser da sua conta há bastante tempo. - Ele abre a torneira e lava as mãos, secando-as em seguida. - Não se meta onde não foi chamado; da próxima vez, pode ser pior. - Fala simples antes de começar a andar em direção à porta do banheiro.
– Espera!! - Alexander sente seu braço ser puxado, fazendo-o parar de andar. - Obrigado.
– Não precisa agradecer, isso não é nada demais.
Puxa seu braço e volta a andar, mas antes mesmo de ele dar o segundo passo, sente seu braço sendo puxado novamente.
– Se quiser ajuda para estudar, é só me avisar; eu não me importo.
– Eu não preciso da sua ajuda, eu consigo estudar sozinho. - Diz sem olhar no rosto do outro garoto.
– Tudo bem, mas caso mude de ideia, você sabe onde me encontrar.
Ele não diz mais nada, apenas tira a mão de Elias do seu braço e sai do banheiro, soltando um ar que nem sabia que estava prendendo. Começa a caminhar lentamente, até escutar o sinal tocar, indicando o começo da aula. Ele começa a correr desesperadamente, quase caindo algumas vezes. Quando chega na sala, o professor ainda não tinha chegado, então ele apenas se senta ao lado de Noah, vendo-o rir do seu desespero.
