CAPÍTULO 04
26/janeiro
2000Sept-tours, França
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O medo que aquele pesadelo me causou ainda pode ser sentido através de minha pele, que arde e queima como se eu ainda estivesse presa aquele homem.
Aquele cheiro de menta de hortelã e suor grudento, aqueles olhos escuros e cheios de malícia.— Está tudo bem? — Cloe questiona de seu lugar e eu ergo os olhos encontrando seu rosto preocupado.
— Sim, eu só não dormi direito — justifico voltando a mexer na comida do meu prato.
— Insônia ou pesadelo? — pergunta me olhando interessada.
— Pesadelo.
— Quer conversar sobre...? — ergue uma sobrancelha e eu sorrio.
— Seria ótimo — solto um suspiro longo me escorando na cadeira e olhando em seus olhos castanhos.
Ela se ajeitou em seu lugar e menoou a cabeça para que eu falasse.— Bom, não é muito como um pesadelo, é mais uma lembrança... — começo me sentindo avontade com a mulher que avalia o que eu falo — Uma lembrança que se repete toda vez que vivêncio uma situação parecida com a do pesadelo.
Ela balança a cabeça concordando e eu engulo a seco antes de contintinuar.
— Então eu fico presa na aquele sonho o resto do dia, e a noite eu revivo ele e acabo sempre vomitando ou em baixo do chuveiro.
Finalizo e ela apoia os cotovelos na mesa e põe as mãos em baixo do queixo.
— O que está vivendo aqui, se assemelha ao pesadelo? — pergunta e eu balanço a cabeça afirmando — Em todos os sentidos?
— Não em tudo, mais tem muitas semelhanças...
— Como o que por exemplo?
— O quarto. — mumuro voltando a mexer no garfo — Ele é escuro e não possui nenhuma janela assim como...
— O quarto do seu pesadelo — ela conclui e eu concordo.
— Os seguranças me encarando...
— E as armas? — pergunta e eu balanço a cabeça concordando — Entendi Lyanna
Ela se ajeita na cadeira e toma um gole do suco em seu copo.
— Quando eu era jovem, também tinha um pesadelo que me atormentava. — faz uma pausa respirando fundo — Então eu fui obrigada a me casar e me mudar para cá.
Ela olhou ao redor e sorriu.
— E foi aí que as coisas pioraram, por que essa casa me lembra muito o porão onde fiquei presa, e toda noite eu preferia não dormir, o único lugar onde me sentia bem era o jardim, que na época não tinha nenhuma árvore apenas galhos secos, então meu marido mandou plantar todo tipo de flor e árvores para mim.
— Que gentil — comentei e ela concordou — Ele ficava sempre perto?
— Ele não morava aqui, vinha me ver algumas vezes mais sempre ia embora no dia seguinte... — ela suspira tomando mais um gole do suco — Então tudo continuou pior até que ele decidiu que era hora de ter um herdeiro e passou um ano morando aqui, então eu fiquei grávida do Santiago e o pesadelo parou.
— Ele foi embora para sempre, quero dizer, o pesadelo?
— Não. Ele sempre volta, mais eu decidi que estava na hora de acabar com aquilo e para o meu bem e para o bem do meu filho eu enfrentei o pesadelo.
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Impuro
FanfictionSegundo livro da série: CORRUPTED Sejam bem vindos a IMPURO, onde cada pecado é contado e cada impureza é apenas mais uma para sua lista e mais um motivo pelo qual você ficará fora do paraíso. ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ França, ano 2000. Lyanna vê toda sua vida vir...