Capítulo 07

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CAPÍTULO 07.

5 meses depois

28/agosto
2000

 
New York, EUA

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Um passo.

Dois passos.

Aperto com mais força minhas mãos envolta da barra de ferro e encaro a porta do apartamento.
Ouço mais uma vez o som de seus passos e quem quer que esteja lá fora pretende entrar, a massaneta balança e eu olho para mamãe que mantém a arma apontada para porta, meu coração acelera e eu prendo a respiração quando a prota se abre.

— Ei! Calma, sou eu! — Lanna levanta as mãos em sinal de rendição, eu e mamãe abaixamos a guarda.
Minha irmã olha para fora da porta antes de fecha-la e vim até nós.
Ela joga uma mochila preta em cima da mesa e a abre rapidamente.

— Ele está na cidade? — pergunto e ela nega.

— Eu o despistei para Atlanta. — ela tira os documentos da bolsa, assim como uma garrafa de água e uma marmita — Mais é só questão de tempo até ele descobrir que estou ajudando vocês.

Ela coloca tudo em minha bolsa de viagem e ajeita o cabelo loiro que grudava em sua testa.
Seus olhos desceram para minha barriga e ela sorri.

— Deus, isso tá muito grande! — ela ofega se aproximando e acariciando-a por cima da blusa de algodão que estou usando — Parece que vai explodir a qual quer momento.

— Na verdade só da aqui dois meses — sorrio e ela tira suas mãos.

— Como estão as coisas? — ela pergunta tirando o capuz da cabeça enquanto revira sua mochila.

— Está tudo indo como planejavamos e em breve terei as bebês — pego a garrafa de água e tomo um gole generoso.

— Já escolheu os nomes?

— Não consegui pensar em nada, mais acho que colocarei os nomes da vóvó.

— Sandra e Keylla? — ela Franze o nariz em desgosto e eu nego.

— Não, estou falando da mãe da minha mãe, Emely Amahle.

— São perfeitos. Mais não sabia que ela tinha dois nomes — ela sorri e eu suspiro

— O nome dela é Emely Amahle Dias.

— Nossa — minha irmã sopra surpresa e eu sorrio.

— É, acho que os pais dela não tinham muita criatividade na hora de combinar os nomes — toco em seu ombro pegando a marmita e a abrindo.

Havia feijão, arroz e batata, também tinha farofa e um bife amilanesa, minha boca se encheu d'água e eu rapidamente levei a colher a boca, comendo uma enorme quantidade de feijão.

— Eu trouxe refrigerante de laranja — Lanna me estende a garrafa, que eu pego mais logo ela é arrancada de minha mão.

— Nem pensar. Isso aqui dá gases no bebê — Mamãe me repreende e eu suspiro tomando mais um gole de água.

Ajeito o gorro sobre minha cabeça recolocando meu cabelo para dentro.

Torço meu pescoço dolorido e suspiro.

Jesus, eu estou precisando de um descanso.

Mas, dada a perseguição de papai nos últimos meses, eu sei que não poderei fazer isso tão cedo e se mamãe estiver certa, Santiago também está na "nossa cola", ajeito minhas botas de combate aos meus pés doloridos e sento no sofá.
Matigo o resto de bife em minha boca então ouço um ruído, como de várias botas batendo no piso do andar de baixo, me levanto e encaro mamãe e Lanna que estão paradas apenas respirando lentamente.

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