Não houve um grande casamento ou comemorações ao casamento da Princesa Rhaera Targaryen, a primeira, e até então, única filha da Herdeira do trono de Ferro.
Sua pequena barriga saliente e o olhar duro deixavam claro a motivação desta união e isso não era algo a ser comemorado, segundo muitos.
O fato de não haver cerimônia de cama também não era uma surpresa.
O Rei, ainda sendo um avô protetor, exigiu um casamento de direito, digno de uma princesa, cuidou de todos os trâmites envolvidos e contrato, mesmo quando diante do fatos, os próprios pais da referida pareciam desejar estar o mais longe possível.
Também não foi uma surpresa que na mesma noite, após trocarem os votos de casamento e terem um jantar íntimo com o rei, e somente ele, pois todos os outros familiares os ignoravam, o Senhor e a nova Senhora Nohaelor, tenham saído imediatamente e seguido para suas terras, com seus dragões, onde permaneceram por quatorze anos desde então, sem nunca pisar novamente em Westeros ou terras próximas.
Onde lá, criaram e garantiram seu próprio legado.
***
Eamon Nohaelor não era um homem simples ou estúpido como muitos pensavam, ao aceitar se casar com uma mulher já grávida, sabia o que estava fazendo muito bem.
Sabia o que estaria assumindo, e principalmente o que estaria em seu futuro. E principalmente, o que ele queria para seu futuro...
Ele não duvidava quando Rhaera apareceu afirmando que seu filho era de Jacaerys Targaryen, seu irmão e herdeiro do trono, não... ele planejou.
Porque os Nohaelor's poderiam ser leais e determinados, mas acima de tudo, também eram orgulhosos e ambiciosos, e não deixariam de aproveitar uma oportunidade se passar tão facilmente.
Se fosse verdade o que sua esposa dizia, o que ele tinha certeza de ser, seu bom-irmão poderia nunca ter outro filho. Afiliações como aquela não seria difícil de corrigir com incentivos, como mostrou por seu novo protegido, se fosse pelas palavras terrivelmente afiadas e traiçoeiras de sua esposa, o reino poderia logo mais enfrentar uma difícil situação na linhagem do trono.
E o resultado mais simples estava na barriga de sua esposa...
Se fosse um menino. Um legitimo do futuro rei, segundo as frágeis tradições westerosis, mesmo que bastardo, era melhor do que nenhum.
E mesmo se quisessem o ignorar a princípio, o que ocorreria?
As próprias afiliações do mais velho os deixavam contra as tradições e a fé.
E então Rhaera, que grávida de um bastardo, poderia ser a melhor opções mesmo assim, mas ainda assim os conservadores questionariam suas ações diante tal situação,
Passariam para Lucerys Velaryon, o segundo filho da Princesa Herdeira? Que se mostrou tão pouco habilidoso ou mesmo interessado em sua própria herança como Senhor das Marés, e muito menos para o trono?
E mesno se escolhesse seguir a progenitura absoluta, então a ordem diretamente passaria para sua esposa, a segunda filha dela, um ano mais nova do que o príncipe Jacaerys., isso antes de focar no príncipe Lucerys, um ano mais novo que a irmã, e então a princesa Visenya, que era três anos mais nova do que eles.
A princesa poderia ainda ter mais filhos, na verdade estava grávida novamente, mas caso não, a princesa então só tinha uma única filha antes de precisar passar para seus primos distantes ou seus meio-irmãos, sua esposa.
E era bem conhecido que o atual rei, Viserys I, decretou com sangue e voz que nenhum dos seus filhos do segundo casamento teria direito ao trono, e se assim considerassem seriam imediatamente classificados como traidores, após uma grande briga entre a rainha Consorte e a Princesa.
Se ele esperava que isso mudasse a ambição dos homens, o rei era um tolo, mas com certeza ainda foi uma boa jogada em apoio a sua Herdeira.
Eamon não era tolo.
Ele era o senhor de um reino independente, suas terras eram consideradas um reino próprio e ele muito bem poderia utilizar o título de rei.
Contudo... porque se deixar a mostra? Atiçando a curiosidade e o interesse de outros quando poderia agir das sombras, parecendo desinteressante a vista de todos?
Eamon Nohaelor era filho de Kaetanos Nohaelor e Aelora Vallar. Descendente da Antiga Valíria e Senhor do Mar Fumegante, um dos únicos lugares que poderia reinvindicar resistir ao reinado dos dragões.
Ele já era marido, logo se tornaria pai por direito próprio, nas acima de tudo; ele era padrasto, padrinho. Kepus.
Seria um grande interesse levar essa criança ao trono, desde que tenha lealdade a sua família e aos seus. Mas o futuro era incerto, e mesmo se não, bom... eles próprios tinham seus objetivos.
Eamon nao era tolo, seu sangue tinha magia e fogo do primeiro dragao, era quente como a larva e mais espesso como sangue.
Ele ainda tinha, em sua mente, como um pensamento errante, se lembraria dos contos antigos de seus pais quando mais novo, a história do Príncipe Dragão. Um descendente do fogo, mas criado entre as cinzas, que traria Valíria a ressurreição.
E ao ver a barriga saliente de sua então esposa, ele firmemente pensou que ele já poderia estar entre eles.
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O Príncipe Dragão - O Renascimento de Valíria
FantasyRhaera e Jacaerys Velaryon foram prometidos quando ambos tinham dois e três anos entre eles. Uma forma de fortalecer a reinvindicação de sua mãe ao trono e a dele como Herdeiro. No entanto, tramas surgem no horizonte e erros terríveis podem separar...