Alexios era não só fascinado pela história valiriana. Não, o jovem rapaz era fanático por isso e tudo o que a envolvia.Ele sabia cada nome e história dos deuses, contos, lendas, mitos e histórias. Quase todas as orações possíveis, contadas e escritas, e era provavelmente aquele com melhor desenvoltura na língua.
Eamon desempenhou um papel importante nas aulas do seu filho adotivo, certificando-se de que ele fosse bem educado, conhecedor e soubesse como se defender.
Acima de tudo, era um jovem responsável zeloso.
Naquele momento, em meio ao treinamento de esgrima, o mesmo balançou a espada, bloqueando o ataque, e contra-atacou com força.
"Mantenha seu escudo levantado! Mantenha seu escudo levantado! Bom, garoto!"
A canção do aço se chocando ecoou por todo o pátio. Eamon golpeou, depois defendeu, depois cortou, depois mudou de posição com o aço embotado na mão.
Seu filho reagiu e copiou seus movimentos conforme eles aconteciam, empunhando sua própria lâmina como se fosse uma extensão de seu próprio braço.
Eamon não pôde deixar de sorrir ao ver o talento que o garoto tinha com a espada. Ele se lembrou de como Aenon costumava conversar com ele sobre a facilidade com que Alex seguia as aulas.
Ele via que o menino claramente favoreceu a mãe, nesse aspecto. Mas o que mais o agradou foi ver que ele também tinha um pouco dele, não algo de características físicas, mas no condimento e carater. Afinal o exemplo diario era o que cortava.
Embora não pudesse fazer mesmo com frequência, Eamon vinha treinar e ensinar seus filhos pelas próprias mãos sempre que podia, todos eles, mas ainda assim foi uma surpresa agradável ver o quanto o garoto melhorou durante sua ausência.
Eles prosseguiram até que ele viu seu filho ser distraído por uma voz distinta por todos aqueles que previam problemas.
Eamon suspirou vendo a atenção do seu filho desfocar totalmente enquanto olhava para a irmã.
Ele o viu fazer uma pausa, lhe dando uma vantagem, e para lhe ensinar uma boa lição, o derrubou, fazendo-o cair de lado no chão.
Um resmungo audível foi proferido por ele, que olhou-o com uma leve descrença.
O mesmo riu, ajudando o jovem a se levantar.
“Na batalha não há pausa. Ou você abre caminho ou morre.” Disse o firmando em pé. "Seu inimigo encontrará qualquer vantagem que puder. Mantenha sempre a guarda elevada." acrescentou ele, olhando-o com severidade. "Você entende?"
“ Sim, senhor. Sinto muito, senhor.”
“ Ótimo, agora vá. E fique mais atento.”
Alexios então curvando-se ligeiramente em saudação e educação prática, o mesmo pegou sua espada e o levou consigo, enquanto seguia até a entrada do pátio externo, vendo Polirys o olhando ansiosamente.
“ O que houve, valonqar?”
“ Estou entediada…” Disse dramaticamente, o fazendo bufar de descrença pela interrupção sem significado.
“ Se a mamãe ouvir isso tenho certeza que achará mil coisas para fazer.” Acrescentou certo.
Uma das coisas que todos sabiam, era que Polirys, Yraelys e Vysena ociosos não terminava em boa coisa. Geralmente alguém era pego em uma brincadeira inofensiva ou sairia chorando.
Olhando para sua irmã, tinha medo do resultado deste.
“ Polirys, o que você fez?” Perguntou cauteloso. Observando seu sorriso ladino.
“ Vem, você vai ver.”
E logo ambos estavam correndo pelos corredores e salas do palácio, entre paredes de pedra, colunas e mármore.
Alexios sabia que sua irmã na verdade deveria estar frequentando alguma aula ou fazendo algum tipo de tarefa, mas era provavelmente a mais atrevida e instigadora entre os filhos de sua mãe.
Todos tinham um arsenal de tutores sobre diversos assuntos, mas como principais estavam Aenon, um enunco hábil em Linguagens, Teologia e História. Sor Amund, junto ao Senhor Daellar, como mestre de Armas do Castelo e o Comandante da Guarda da ilha, e outro o Comandante Supremo do exército. Além disso, havia Lorde Bashii, um nobre de ascendência valiriana, nascido em Essos com incríveis habilidades em Aritmancia, Astronomia, Geografia entre outros.
Isso fora as aulas dadas pelos seus próprios pais, que se faziam excessivamente presentes em suas rotinas e educação.
Voltando sua atenção para onde iriam, Alexios arregalou os olhos ao perceber a aproximação com o escritório do próprio Lorde Bashii.
Oh não....
" Polirys..."
" Vem... vem logo."
E ele se viu arrastado até uma coluna onde se esconderam e observaram por um tempo até o homem se aproximar, olhando para um pergaminho concentrado.
O mesmo aproximou-se da porta, ainda olhando o pergaminho, e então a abriu, empurrando-o para dentro e entrando lentamente antes de ser atingido por uma situla cheia de um líquido ralo e em um tom avermelhado.
Imediatamente ele arregalou os olhos enquanto ouvia sua irmã começar a rir ao seu lado.
Oh céus...
Pelas quatorze chamas...eles estariam mortos.
E ainda mais quando o homem saiu enfurecido e todo sujo e os viu. Sua irmã também não estava fazendo um bom trabalho em se esconder enquanto se encurvava de tanto rir.
" Vocês..."
Ele o viu se aproximar, mas tudo o que pode fazer foi ficar parado, isso por um momento, antes de piscar e ver a irá apontada em seu olhar.
Bem... eles já estavam encrencados mesmo.
" Corre Polirys... corre..."
E ele foi, correndo feito louco pelos corredores do palácio com um homem de oito e cinquenta dias de nome vindo atrás deles furioso e sujo.
Ele não sabia se seus pais iriam lhes matar pela brincadeira, pela falta de respeito em forçar um senhor a correr atrás deles ou por sujar os amados tapetes essosis de sua mãe. Mas ele já tinha certeza que estaria com as orelhas e a bunda doendo no final da noite, no mínimo...
E ao mesmo tempo disso... não conseguia parar de rir.
Rir muito.
Tanto qie sua barriga doía.
Tanto que os lados de seu rosto estavam doloridos horas depois.
Tanto que graças a sua irmã esqueceu por um tempo tudo o que tinha acontecido.
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O Príncipe Dragão - O Renascimento de Valíria
FantasyRhaera e Jacaerys Velaryon foram prometidos quando ambos tinham dois e três anos entre eles. Uma forma de fortalecer a reinvindicação de sua mãe ao trono e a dele como Herdeiro. No entanto, tramas surgem no horizonte e erros terríveis podem separar...