Amigos e Lutas

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O que estão achando da história? Não houve muitos comentários e estou com receio de não estar realmente sendo atrativo.

Principalmente porque a "aventura" central será depois de mais alguns capítulos.

O que acreditam que será? O nome indica bastante, não é?! 😄😁

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Ragnar era um grande amigo de Alexios, era um escudeiro, assim como ele, e não se incomodava com a palavra bastardo.

Ambos lutavam juntos no quintal fervente e participavam da mesma aula. Eram primos em tudo, menos em sangue, e o mesmo também era protegido do seu kepus, desde que seus pais faleceram em uma explosão de um dos estreitamentos fumegantes próximos à colônia.

Ele tinha cabelos claros, embora mais loiros do que prateados, e olhos verde-mar cristalino dos Nohaelor's.

" Você já era..."

O mesmo disse, lhe apontando a espada de madeira com determinação. Alexios zombou com um sorriso, deixando sua postura pronta, embora curvada.

Deixou sua espada leve, abaixada ao seu lado, mas seus pés firmes e puxados para trás, com os joelhos pouco inclinados.

Ragnar impulsionou para a frente descendo a espada de madeira em direção ao peito do menino, que se desviou nos últimos instantes indo para trás e levantando a espada, para bater por cima da outra.

Ele seguiu em frente, vindo e vindo, enquanto Alex seguia para trás e fazia pequenos golpes simples, para disfarçar enquanto o atraía mais e mais pessoas para analisar a disputa.

Isso até ser encurralado em uma área, com uma bancada falsa de madeira segurando espadas cegas e martelos logo atrás de si, e a frente um homem raivoso.

Os lordes que passavam pelo pátio e viam a situação poderiam dar ao menos isso ao filho bastardo da Lady Nohaelor, o menino era controlado e sério, além de ser natural para a esgrima.

No próximo golpe, Alexios se abaixou e inclinou para o lado, rolando e ficando em pé em segundos, enquanto a espada de madeira atingiu a barra da mesa, flexionando a mão do primo instantaneamente.

Aproveitando a deixa, o menino levou sua arma ao punho de Ragnar, o atingindo com toda a sua força, antes de virar e atingir entre seu ombro e pescoço, o próximo lugar desprotegido mais fácil.

Isso derrubou o legitimo parente dos Nohaelor com precisão.

Isso impressionou a todos ao redor.

Ele respirou fundo, bufando com a expressão bicuda do primo antes de zombar e o ajudar a se levantar enquanto logo caiam na risada enquanto olhavam para o instrutor e eram liberados.

Alexios ainda olhou para cima, para a grande varanda aberta na lateral oeste do castelo, onde sua mãe o observava junto a sua irmã Polirys, a mulher assentiu levemente para ele, com um sorriso orgulhoso, o deixando mais aquecido e feliz consigo mesmo.

Ele era bom.

Voltando sua atenção de volta ao local então, para continuar as aulas. Sor Amund então colocou ele e seu irmão, Yraelys, frente a frente.

Seus músculos já doíam de exaustão, mas era uma dor agradável, que acompanhava um trabalho bem executado. E não era algo que o impediria de continuar.

Sor Amund era um excelente professor, o que no fundo foi uma surpresa para ele. Bons guerreiros nem sempre eram instrutores adequados, aprenderam isso quando um dos melhores soldados de pátio foi designado para os ensinar na ausência do homem. Ele era um guerreiro estimado, até o pai deles admitiria isso, mas ele tinha feito pouco em termos de ensino. E por isso foi afastado rapidamente.

Já Sor Amund era excelente. Um guerreiro experiente em guerras e torneios, com um vasto histórico de lutas ganhas, e mesmo suas perdas simplesmente ajudavam a manter sua idade.

Ele os deixou praticar com aço vivo, embora fosse firme e exigente com seu uso. Nenhum deles temia o fio de uma lâmina, sendo quase imprudente na sua garantia de que ele não permitiria que nenhum mal acontecesse aos seus jovens protegidos.

Yraelys nunca se encolheu, mas seus olhos endureceriam e seus golpes se tornariam mais pesados, mais propositais. Alexios era o mais rápido dos dois, mas suspeitava que seu irmão fosse o mais forte. Sua resistência nunca diminuía e até o tutor deles parecia impressionado.

Jaegel ainda era novo para entrar na luta entre os dois mais velhos.

Dois giros pela esquerda e um movimento de meia lua com sua perna direita, então sua espada desceu contra o braço de arma de seu tio atingindo madeira contra madeira.

" Segure mais firme Yraelys... Muito bem, Alexios."

Embora fosse seu instrutor, Amund ainda era parente deles, e estava lá desde que se lembram. Assim, não havia muitas formalidades entre todos eles.

" De novo?"

Perguntou com um sorriso leve, o outro zombou enquanto recuperava a espada do chão e se posicionava.

Mais uma.

Duas.

Três vezes.

Yraelys tentou lhe pegar por trás quando se virou ao ouvir a voz do soldado, mas os sentidos do filho mais velho de Rhaera Nohallor não era para ser desperdiçado.

Alexios se virou para o lado e levantou a espada para o alto bem a tempo da espada de seu irmão bater na sua, se não fosse, com certeza atingiria seu ouvido.

Virando então, viu o olhar ainda mais irritado do outro e sem mais, partiram para uma luta só deles.

Ele jogou sujo, chutando a perna de do irmão para o lado o desestabilizando e o derrubando no chão, mas Alex foi rápido, e quando se viu, havia rolado no chão e feito como uma roda com seu corpo, para virar para trás e cair de joelhos, podendo se levantar rapidamente e agilmente atingir a espada no peito do irmão, que havia ficado travado, surpreso.

No pátio todos pararam para observar a luta entre os filhos mais velhos e ofegaram com o filho ilegitimo da princesa Targaryen, antes de o parabenizar de longe.

Embora não fosse incomum o mesmo ganhar contra escudeiros, pouco eram as lutas entre os dois meninos.

Palmas e muitas conversas poderiam ser ouvidas, enquanto Alexios estendia a mão para o irmão. Embora baixassem e muitas vezes chateassem um ao outro, ainda eram da mesma família. Sangue não importa, seu kepus sempre lembrou a todos.

Ainda chateado, aceitou e apertou sua mão, o puxando contra seu peito, de lado, e ambos se abraçaram amigavelmente.

" Ela vai te matar..." Yraelys comentou em seu ouvido. " Suas roupas estão tão pretas que nem parecem ter sido brancas um dia."

E ele gemeu enquanto soltava-se do irmão e observava na entrada do pátio a governanta o olhando seriamente. Oh merda... Ele não deveria ter escolhido branco hoje...

O Príncipe Dragão - O Renascimento de Valíria Onde histórias criam vida. Descubra agora